Liliana Coelho -
Expresso
Reitor da
Universidade de Lisboa considera que a austeridade não é solução e que é vital
combater o desemprego nas gerações mais novas com "uma política de
choque".
O reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nóvoa, defende em
entrevista à Antena 1 que o desemprego jovem é hoje um dos maiores problemas do
país, sendo urgente uma "política de choque".
"Nós não iremos a lado nenhum se desperdiçarmos esta geração. O desemprego
jovem é a morte a prazo da sociedade portuguesa. Nós temos que fazer um
choque, já não é uma política para o emprego jovem", afirma Sampaio da
Nóvoa.
Segundo o
académico, é fundamental agir já e apostar em políticas a médio e longo prazo
que consigam travar este problema social, dando um horizonte de futuro aos
jovens. "Temos que fazer uma política a sério, não é pequenas políticas
pontuais para conseguir que estes jovens tenham uma oportunidade",
acrescenta.
Sampaio da Nóvoa
sublinha ainda na mesma entrevista que a austeridade foi o caminho errado na
Europa e que hoje as suas consequências saltam à vista. "Julgo que hoje
começamos a perceber na Europa que chegámos a um beco sem saída. Hoje todos
reconhecem o falhanço de uma política de austeridade que não está a melhorar
nada e não há uma mudança de caminhos", lamentou.
"Nós, na universidade,
estamos habituados a fazer o contrário: a olhar, a avaliar, a corrigir e não
uma espécie de cegueira, seja tecnológica, seja tecnocrata, seja ideológica, em
que parece que há uma receita que se aplica, independentemente dos resultados
que ela está a ter", remata.
Tal como o Expresso
noticiou no passado fim de semana, António Sampaio da Nóvoa deverá ter um papel
ativo na política nacional, sendo cobiçado por vários sectores e não estando de
parte uma candidatura às eleições presidenciais.
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