A Fenprof -
Federação Nacional dos Professores disse, este domingo, em resposta ao pedido
de Paulo Portas para evitar greve em tempo de exames, que vai mesmo avançar se
o Governo continuar intransigente e que poderá agendar novas formas de luta.
"Se [o
Governo] mantiver a sua intransigência, pode estar certo que, para além das
lutas anunciadas, outras serão desenvolvidas. Se alterar as suas posições,
então, decerto, será possível regressar à normalidade", disse hoje a
Fenprof em comunicado, acrescentando que "ninguém mais que os professores
está interessado nessa normalidade".
O presidente do
CDS-PP e ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, apelou no sábado aos
professores para não fazerem coincidir a greve com as datas dos exames.
Em resposta, a
Fenprof disse hoje que o que deve acontecer é que "o Governo de que Paulo
Portas é, a par de outros, rosto principal desista de aplicar a mobilidade
especial aos docentes, desista de despedir professores e desista de aumentar o
horário de trabalho para as 40 horas, atentando, assim, gravemente, contra a
qualidade do ensino com o único objetivo de eliminar milhares de postos de
trabalho".
Se tal não
acontecer, escreve a Fenprof, cabe aos professores "lutar contra
elas" em defesa da "escola pública e da profissão de professor".
Os professores
decidiram fazer greve às avaliações e ao primeiro dia de exames do ensino
secundário, a 17 de junho, estando em curso um processo para definir serviços
mínimos, dada a falta de acordo entre as partes.
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