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A Comunidade de
Países de Língua Portuguesa, CPLP, celebra nesta quarta-feira (17.07.) 17 anos
de existência, com o seu empresariado a assumir o compromisso de inovação e
expansão para novos mercados.
Os empresários da
CPLP, a Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa, assumiram esta
quarta-feira (17.07.), em Maputo, o compromisso de incrementarem as trocas
comerciais entre si, captar novos investimentos e melhorar os negócios.
Esta posição foi defendida durante o primeiro encontro económico e empresarial
público-privado do grupo que tinha como objetivo explorar oportunidades de
negócios entre os países membros da organização.
O moçambicano Salimo Abdula é o novo presidente da Confederação empresarial da
CPLP, e apresentou aos microfones da DW África as ideias do grupo lusófono:
"Pretendemos dinamizar e capitalizar em nome dos empresários dos países da
CPLP com outras plataformas, nomeadamente a China e a Índia de forma
aproveitarmos grandes oportunidades de negócios de maneira coletiva e mais
robusta."
A união faz a força
O ex-presidente da
Confederação das Associações Económicas de Moçambique lembra ainda que a união
faz a força: "Todos países, sozinhos, somos mais fracos, do que numa
confederação forte em que podemos fazer valer a língua como uma grande
vantagem, mas também a cultura empresarial que nos une."
Os empresários pretendem através do reforço da cooperação dinamizar o
desenvolvimento dos Estados membros.
O Brasil destaca-se
O Brasil, um dos países que se destaca no cenário mundial entre as nações em
desenvolvimento, manifestou de imediato disponibilidade para transmitir a sua
experiência.
Soraya Rozar, da Confederação nacional da indústria do Brasil, deu exemplos da
cooperação com um dos outros membros da CPLP: "Temos uma vasta experiência
no Brasil, por ser um país-continente, e podemos trazê-la para os países
africanos em termos de cooperação. Já há coisas que estão a ser feitas aqui em
Moçambique, inclusive. Por exemplo, a Vale está com um grande projeto que não é
meramente um projeto de investimento e comércio, mas que vai além, com toda uma
questão de responsabilidade social", sublinhou Soraya Rozar.
Rogério Manuel, Presidente da Confederação das Associações Económicas de
Moçambique, afirma por seu lado que o seu país tem muito a oferecer e a
receber: "Moçambique é um país com muitas oportunidades, diria que em
todos os sectores económicos Moçambique considera-se ainda virgem. Portanto,
existem oportunidades para investimentos em todas as áreas."
Os desiquilibrios económicos e as grandes distâncias geográficas que separam os
países membros têm sido apontados como alguns obstáculos à integração dos oito
países da CPLP, uma organização que completou esta quarta-feira (17.07.) 17 anos da sua criação.
Ainda falta o
essencial
Nelson Lima, da delegação de São Tomé e Princípe, faz uma avaliação positiva da
cooperação ao nível daquela comunidade: "Tenho uma avaliação um pouco
positiva tendo em conta que tudo o que definimos aqui foi lindo, e por isso
acho que o futuro tem um bom caminho."
O santomense cita
alguns exemplos: "Temos o caso do projeto capoeira mas também outros que
trouxeram benefícios para o meu país e por isso acho que igualmente acontece
com os grandes projetos de outros países."
Paulo Nascimento, da delegação Portuguesa, defende, igualmente, que a
cooperação no espaço da CPLP está a ganhar uma dinâmica muito própria que tem a
ver com o crescimento de um grupo de países da organização.
Mas Nascimento
aponta alguns desafios que têm de ser ultrapassados: "A questão
coletiva da estabilidade, que diria é o fator essencial e a boa governação, são
essenciais para a promoção do desenvolvimento humano e do desenvolvimento
económico."
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