Ângela Silva -
Expresso
Primeiro-ministro
evita rotundo "não" a Cavaco. Ministros furiosos acusam
Presidente de reabrir a crise.
Pedro Passos Coelho
aguardará que Cavaco Silva inicie as diligências com vista a um entendimento de
médio prazo alargado ao PS. Apesar do enorme mal-estar instalado no
Governo o primeiro-ministro não tenciona demitir-se, apurou o Expresso.
Depois de ter dito,
após a demissão de Paulo Portas, que não abandonava o Governo nem o país,
Passos vai manter-se em funções. O Conselho de Ministros está reunido e deverá
tomar uma posição de abertura à proposta do Presidente. Mas o facto de Cavaco
Silva ter recusado a solução preparada entre os parceiros de coligação para
reforçar a estabilidade do Executivo deixou vários ministros furiosos.
"O Presidente
reabriu a crise e se os mercados voltarem a ter um safanão o responsável é
ele", comentava ontem um governante. A suspeita na maioria é
que Cavaco quer mesmo forçar um Governo presidencial, sem os atuais
líderes do PSD e do CDS.
Apanhados de
surpresa pela decisão do chefe de Estado, que os deixa a prazo e com a ameaça
de eleições antecipadas em 2014, PSD e CDS tentaram ontem ganhar tempo e vão
reunir as respetivas direções.
Evitar
precipitações e não dar um rotundo não à proposta do Presidente da
República é a prioridade. Mas nos bastidores do Executivo é grande o descrédito
na viabilidade de um acordo alargado ao PS.
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