Solange Sousa Mendes
– jornal i
João Semedo não
acredita que o dinheiro venha a ser recuperado
A Parvalorem e a
Parups, criadas pelo governo para absorverem o “lixo tóxico” do Banco Português
de Negócios (BPN), obtiveram do Estado empréstimos de 283 e 227 milhões,
respectivamente (510 milhões), avançou o “Diário de Notícia”
Esta situação, que
foi revelada pelo relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAU),
divulgado sexta-feira passada, já deu origem à reacção do Bloco de Esquerda
(BE), que pediu esclarecimentos ao ministério das Finanças, através de
requerimento.
O coordenador do
partido chamou a atenção para o facto deste mesmo relatório informar que o BPN
- que foi vendido por 40 milhões ao BIC - acumula prejuízos ao Estado
superiores a 125 milhões de euros, dos quais 106 milhões registados pela
Parvalorem e 18 milhões pela Parups.
João Semedo
acrescentou ainda que os prejuízos causados ao Estado pelo BPN foram ainda
superiores aos causados pelas empresas públicas: Metro do Porto (86 milhões),
Metro de Lisboa 93 milhões), Parque Escolar (62 milhões) e RTP (23 milhões).
“Ou seja, no ano de
grande aumento de impostos e de grande aperto às famílias (2013), foram
utilizados 635 milhões de euros para o BPN – 510 em empréstimos e 125 em
prejuízos registados”, explica o requerimento do BE.
Na opinião de
Semedo, a empresas com activos tóxicos a quem o Estado empresta dinheiro, nunca
conseguirão pagar as dívidas.
O relatório da UTAO
informa também que foram concedidos empréstimos a médio e longo prazo de 885
milhões à Refer, de 760 para a Metro do Porto, 703 para as Estradas de Portugal
e 413 para o Metropolitano de Lisboa. Ou seja, 3310 milhões de euros ao todo.
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