sexta-feira, 7 de março de 2014

Moçambique: GOVERNO E RENAMO CESSAM HOSTILIDADES




O Governo de Moçambique e a Renamo estabeleceram um acordo para pôr fim à onda de ataques armados no país, anunciou a imprensa moçambicana.

O jornal “Notícias” refere que as delegações das duas partes identificaram os mecanismos para a cessação dos ataques, mas o chefe da delegação do Governo não mencionou quais.

“Não é relevante citar os mecanismos nesta fase, porque estamos ainda a construí-los”, disse José Pacheco. 

Sobre o alegado bombardeamento do Exército, com recurso a armas pesadas, na região da Gorongosa, o chefe da delegação do Governo disse que as Forças de Segurança “se defenderam e estão a perseguir quem perpetrou o ataque a um carro da Polícia”. 

Depois de lamentar o ataque da Renamo, garantiu que as partes vão continuar a trabalhar para pôr fim os confrontos.

O porta-voz da Renamo confirmou que o partido aceitou parar os ataques e exige o envolvimento da comunidade internacional no processo de “cessar-fogo”.

Saimone Macuiana explicou que as partes continuam a discutir os assuntos que têm a ver com os mecanismos, garantias de fiscalização e controlo do fim das hostilidades. Além dos observadores nacionais aceites pelas partes, a ronda de quarta-feira também contou com a presença de peritos militares do Governo e do partido de Afonso Dhlakama.

Na véspera, a Renamo atacou uma viatura das forças de segurança e matou quatro militares.

Cinco militares ficaram feridos durante o ataque no distrito de Gorongosa, em Sofala, contra uma unidade da Polícia de Guarda Fronteira estacionada na região de Mussicadzi, a 60 quilómetros da sede de Gorongosa e a 500 metros da Estrada Nacional. A força da Guarda Fronteira foi surpreendida pelo ataque que durou menos de cinco minutos. “Quando as forças do governo se refizeram do ataque surpresa e começaram a responder, já os assassinos da Renamo tinham fugido pela mata adentro”, contou uma testemunha. 

Os cinco feridos foram transferidos para o Hospital Central da Beira, e os quatro soldados mortos levados para a morgue do Hospital Rural de Gorongosa.

Jornal de Angola

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