Helder
Júnior e Tossiro Neto, enviados especiais, Rio de Janeiro (RJ) - Gazeta Esportiva
A
Copa do Mundo que
os brasileiros tanto imaginaram chegará ao fim neste domingo. Sem a final
esperada pelo público local, mas com a decisão que mais vezes se repetiu na
história da competição. A partir das 16 horas (de Brasília) deste domingo,
Alemanha e Argentina irão fazer um tira-teima no Maracanã para definir o
verdadeiro "às de Copas" no Brasil.
Países
que em português iniciam com a primeira letra do alfabeto, Alemanha e Argentina
estão acostumadas a se enfrentarem em Copas do Mundo, mas fizeram campanhas distintas
desta vez. Tricampeões, com o último título conquistado justamente em cima dos
argentinos, em 1990, os alemães foram para o Rio de Janeiro credenciados por
embaralhar a seleção anfitriã – derrotaram o Brasil por 7 a 1 nas semifinais. Os
argentinos, que chegaram ao seu segundo troféu diante do oponente, em 1986,
sofreram um pouco mais na fase anterior – bateram a Holanda nos pênaltis, após
um empate sem gols com a bola rolando, e quase se tornaram cartas fora do
baralho.
"É
a nossa vez de ganhar a
Copa do Mundo", avisou o atacante Miroslav Klose, com a experiência de
quem alcançou o 16º gol em Mundiais contra o Brasil e tornou-se o maior
artilheiro do torneio. Para melhorar ainda mais o carteado alemão, a equipe
jogou no buraco a Argentina em seus dois últimos encontros: vitória nos
pênaltis nas quartas de final de 2006 e por 4 a 0 na mesma fase em 2010.
Apesar
da empolgação com a evolução da atual geração alemã, o técnico Joachim Low
tentou manter a humildade às vésperas da final do Maracanã. "A Argentina
mostrou rendimento excelente, foram organizados, bem compactos", observou
o treinador, o mesmo que eliminou o rival no Mundial anterior. "Eles
estão com uma defesa mais forte do que em 2010. E esse time não é só Messi. Quem
acredita que é só Messi está cometendo um erro grave, porque esse time tem
outros atacantes maravilhosos, como Higuaín, Di María, Aguero. É um time muito
organizado. Vai ser uma final fascinante, vai ter muita briga", advertiu.
O
respeito é recíproco. "Desde que a Copa começou, a Alemanha era favorita
junto com o Brasil. Continua sendo assim, mas faremos o nosso jogo", disse
o atacante Sergio Aguero, apesar de otimista. "Isso pode colocar pressão
neles. Não chegamos até aqui por casualidade. Fizemos um grande Mundial, e final
é final", completou.
Aguero
se recuperou de uma lesão muscular na coxa direita, porém deverá seguir como
opção para o segundo tempo. Assim como o também atacante Di María, que
contundiu a mesma região e fez esforço para virar uma carta na manga
do técnico Alejandro Sabella.
Na
Alemanha, a principal dúvida foi Boateng. O defensor sentia dores na virilha,
porém treinou na véspera, diminuindo a probabilidade de ceder lugar para
Mertesacker. Hummels, que havia machucado o joelho direito, já vinha
trabalhando normalmente antes de definir contra a Argentina qual dos "ases
de Copas" dará as cartas no futebol mundial a partir de 13 de julho de
2014.
FICHA
TÉCNICA - ALEMANHA X ARGENTINA
Local: Estádio
do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 13 de julho de 2014, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália)
Assistentes: Renato Faverani e Andrea Stefani (ambos da Itália)
Data: 13 de julho de 2014, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália)
Assistentes: Renato Faverani e Andrea Stefani (ambos da Itália)
ALEMANHA: Neuer;
Lahm, Boateng (Mertesacker), Hummels e Howedes; Schweinsteiger e Khedira;
Muller, Kroos e Ozil; Klose - Técnico: Joachim Low
ARGENTINA: Romero;
Zabaleta, Demichelis, Garay e Rojo; Mascherano, Biglia, Enzo Pérez e Messi;
Lavezzi e Higuaín - Técnico: Alejandro Sabella
Na
foto: Miroslav Klose e Lionel Messi são duas das principais cartas que estarão
sobre o verde pano do Maracanã / Arte GE.Net
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