O
Presidente da República, José Eduardo dos Santos, afirmou hoje que o país vive
um momento de grande estabilidade política e social e as instituições do Estado
funcionam normalmente, o que tornou desnecessária a consulta, antes, aos
membros do Conselho da República.
Discursando
na 31ª reunião do Conselho da República, salientou que o Executivo aprovou uma
estratégia para fazer face à situação económica actual, que contém as bases
gerais em que assenta a Revisão do OGE para 2015, aprovado em Dezembro pela
Assembleia Nacional.
O
estadista precisou que convidou o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil,
Edeltrudes Costa, o Governador do Banco Nacional de Angola, José Pedro de
Morais, e o ministro das Finanças, Armando Manuel, para que estes últimos
apresentem uma breve informação sobre a situação económica e financeira do país
e as orientações adoptadas pelo Executivo.
“Diz-se
que uma cabeça pensa bem, mas duas podem pensar melhor. Estamos aqui porque
acho que todos os angolanos devem enfrentar a situação juntos e tenho a certeza
que vamos ultrapassá-las com êxito”, advogou José Eduardo dos Santos.
De
acordo com o Presidente da República, a queda significativa do preço do
petróleo no mercado internacional, que se verifica desde Novembro, “tem
afectado sobremaneira as receitas do Estado”, prevendo-se que o contributo do
sector dos petróleos para as receitas do Orçamento Geral do Estado (OGE), que
em 2014 foi de cerca de 70 porcento, seja este ano apenas de 36,5 porcento.
“Diminuiu
assim enormemente a capacidade do Executivo de realizar despesas públicas e de
financiar a economia. Se esta situação não for devidamente controlada e o país
convenientemente orientado podemos afectar as bases em que assenta a sua
estabilidade económica e social”, precisou.
“Espero
que a vossa participação nesta reunião corresponda à expectativa criada a volta
dela ao nível da opinião pública e que os participantes contribuam com
sugestões ou recomendações válidas para apoiar as entidades competentes do
Estado no cumprimento da sua missão, nesta fase de dificuldades económicas e
financeiras que Angola atravessa”, salientou o Chefe de Estado.
Angop,
em O País (ao)
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