Dezanove
pessoas morreram no centro e norte de Moçambique devido a um surto de cólera
nas províncias afetadas pelas chuvas e mais de 1.600 casos da epidemia foram
confirmados, informaram as autoridades moçambicanas, citadas hoje na imprensa
local.
Falando
aos jornalistas momentos após a reunião do Conselho de Ministros, na
terça-feira em Maputo, o vice-ministro da Saúde e porta-voz do Governo,
Mouzinho Saide, disse que, além da higiene pessoal e coletiva, o surto de
cólera no norte e centro de Moçambique está associado à época do verão,
propícia à ocorrência da doença e ainda ao deficiente saneamento público, que
foi destruído pelas chuvas.
o
total, segundo o porta-voz, foram registados 1.671 casos confirmados nas
províncias de Nampula, a mais afetada pelo surto, com 800 casos, Niassa e Tete,
no norte e centro de Moçambique, que resultaram em 19 mortes.
Mais
de 150 pessoas morreram em consequência das cheias, que assolam Moçambique
desde 12 de janeiro.
"O
nível das águas está agora a cair na bacia do Zambeze. Há também um declínio no
nível da bacia do Licungo [na província da Zambézia], mas ainda há áreas
inundadas, na bacia do Rovuma [na fronteira com a Tanzânia] e o nível está a
subir ligeiramente", alertou o porta-voz do Governo moçambicano,
assegurando que as autoridades estão a levar a cabo medidas para o controlo do
surto de cólera.
Embora
os prejuízos associados às inundações não sejam ainda conhecidos, estima-se que
mais de 177 mil pessoas tenham sido atingidas pelas calamidades e mais de 19
mil casas totalmente destruídas.
As
chuvas causaram a destruição de várias infraestruturas, nomeadamente escolas e
pontes, com destaque para o desabamento da ponte sobre o rio Licungo, em
Mocumba, na província da Zambézia, que deixou intransitável a Estrada Nacional
Número 1, a única que liga o sul e centro ao norte de Moçambique.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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