Já
há promessas do PS. Mais tarde, se vier a ser eleito com os requisitos para ser
governo, descobriremos que o que prometem são carradas de
mentiras. Dizem o que os portugueses querem ouvir para serem eleitos… E tem
resultado. Por esse motivo existe o chamado Arco da Governação, os três
partidos que têm partilhado o governo – CDS, PSD e PS. Mais correto será
chamar-lhe Arco da Corrupção. Com toda a legitimidade. Mesmo com todas as “mordomias”
de impunidade oferecidas pelo judicial alguns dos corruptos, ladrões e
sacripantas são de volta e meia caçados. E de que partidos são? Ora, pois. Dos
partidos do Arco da Governação. Eles têm-se governado ao longo destas décadas
em que os militares e o povo português caiu na esparrela de abrir as portas à
democracia (e isso não tem mal) e abrir os cofres para entregar o ouro aos
bandidos.
Ramalho Eanes, o Grupo dos Nove e outros que apostavam tanto na
direita ressabiada que se armou em “democrata e “socialista” devem estar a
torcer as orelhas e não deitam sangue. Alguns desses patriotas otários até já
faleceram e certamente que estão às voltas e reviravoltas nas tumbas. Paz lhes
seja proporcionada investigando a fundo e sem contemplações as súcias de
vigaristas que se têm governado e desgovernado o país. Que têm mentido sistematicamente
para desse modo serem eleitos. Flagrante é o exemplo de Passos Coelho, um
mestre da mentira. Outros há e haverá enquanto não for prevista penalização
para os que mentem em promessas elitorais. Afinal, aquelas mentiras, são
publicidade enganosa. Se existe penalização para a publicidade enganosa das
empresas qual a razão de não existir penalização para os políticos que mentem sistematicamente
durante as campanhas eleitorais?
Mares
das desgraças é o Mediterrâneo e Portugal, entre outros. Abordagem à desgraça
no Mar Mediterrânico. Abordagem às embarcações que se afundam e aos milhares de
corpos de refugiados que se afogam perante a desumanidade da União Europeia. Dos
dirigentes, eleitos e nomeados em “panelinha” ou em lobie, que, com toda a
hipocrisia espelhada nos rostos surgem agora com olhos pretensamente mortiços a
lamentar as desgraças das centenas e dos milhares de vidas que naquele mar se
perdem devido à desumanidade e indiferença dos que na UE têm passado estes últimos
anos a tramar as vidas aos povos europeus com grande azáfama, principalmente
aos povos do sul da Europa. Certamente que devido a essa azáfama nem tempo têm
para serem humanos e olharem para o que acontece nas águas do Mediterrâneo.
Por
pressão da realidade trazida ao mundo pelas redações dos média globais surgem
aqueles fingidores a lamentarem-se, a reunirem-se para encontrarem soluções que
contenham as catástrofes humanitárias naquelas águas, de que também são muito
responsáveis. Fogo de palha para povos verem e se maravilharem, esperançados…
mas enganados. Quantas vezes é que os dirigentes da UE já abordaram o assunto e
fingiram que tomaram medidas? Algumas vezes. Sempre que ocorrem centenas de mortes
trazidas a público. O Papa ou alguém mais mediático destapa a realidade dos
refugiados de África e do Médio Oriente. Depois acontece sempre o mesmo: eles
voltam a tapar a realidade e regressam à azáfama de tramarem os gregos, os
italianos, os espanhóis, os portugueses. E até os franceses e mais povos que
estejam no rol dos “a punir” da senhora Merkel e da alta-finança global.
Por
hoje ficamos por aqui. Ingira o Expresso Curto servido por Henrique Monteiro. A
seu modo ele também toca nestes assuntos.
Não
esqueçamos que o exercício democrático não se esgota nas eleições, como
sabemos. Mas para os salafrários nos poderes é assim a democracia. Que não é
democracia mas antes uma mixórdia que permite a mafiosos governarem-se,
servindo os que lhes proporcionam vantagens no mundo do capitalismo selvagem
que nos afoga ao ponto de pouco faltar para a Grécia, Portugal e outros países
ditos de regime democrático se confundirem com o Mediterrâneo. Cadáveres da
responsabilidade dos “comandantes” impunes da nau lusa já existem. E mais haverá
se se continuar neste rumo no mar das desgraças.
Redação
PG
Bom
dia, este é o seu Expresso Curto
Henrique
Monteiro, redator principal do Expresso
O
cenário do Mário, a temosia da Maria e a 'Servidão Voluntária'
É
hoje! É hoje! O PS, ou a sua “comissão de sábios” sob a batuta do
economista Mário Centeno, apresenta o cenário macroeconómico para o
país. Um cenário que visa simular o impacto, para o melhor e para o pior, das
propostas políticas a que o PS já se comprometeu – palavra dada é palavra
honrada, disse o secretário-geral, domingo, no Porto – como a devolução dos
salários aos funcionários públicos ou a redução do IVA da restauração para 13%. A
imprensa de hoje tenta adivinhar aquilo que ontem à noite destacados
socialistas diziam desconhecer ainda (Vera Jardim na RR, por exemplo). E assim,
o 'Correio da Manhã' diz que o PS "mete a TSU no programa" e o 'DN'
diz (em manchete) que os " Socialistas querem dar um subsídio aos trabalhadores mais
pobres".
Porém, o que sabemos é que este cenário de Mário se oporá ao deMaria (Luís), visto que o PS deverá propor uma política de crescimento pelo lado da procura (mais dinheiro nos bolsos das famílias) e o PSD quer agir pelo lado da oferta (e insiste em empresas mais competitivas a produzir bens transacionáveis). Claro que tanto num caso como noutro, há o ‘pequeno pormenor’ de não se explicar bem de onde vem o capital (porque para o sucesso de uma ou outra via e para a diminuição do desemprego, não podemos depender de importações nem de mais endividamento público; são necessárias empresas competitivas, logo é preciso haver capital que invista). Mas adiante: a tudo isto, soma-se o cenário desmancha-prazeres de Christine Lagarde e do FMI que escreve um relatório de onde se infere (e as contas de João Silvestre costumam dar sempre certas) que Portugal vai crescer 0,2% até 2020. Assim sendo, a década passada, tendo sido perdida, foi menos severa do que a atual, embora esta tenha tido três anos de recessão contra apenas um (2009) da década anterior. Acresce que Portugal é a sétima economia mais lenta do mundo. A espiral de que se falava não é recessiva nem de recuperação. É mais de casca de caracol… Mas é o que temos. Apesar disso, Passos diz que vamos recuperar, Portas prevê crescimentos superiores a 2% nos próximos anos e Costa diz que é possível acabar com a austeridade... Pode ser que seja o FMI a estar enganado...
O que se passa com os imigrantes de África é mau demais para ser referido. Os líderes europeus acham que o problema está na quantidade de recursos a utilizar ou no combate ao tráfico de pessoas (o que é louvável, mas lateral). Deviam ler o que diz Umberto Eco - que isto são migrações. Ponto final. É algo que vai continuar. É algo que é preciso aceitar. Pode ser que, até quinta-feira, data da cimeira que se dedicará a este assunto, os europeus sejam iluminados... Embora, pessoalmente, não o creia. A este propósito recomendo o artigo de Paulo Rangel hoje no 'Público', ou, para quem puder, a opinião do 'Wall Street Journal', que afirma que estes migrantes são os novos 'boat people' numa alusão aos dois milhões de vietnamitas que entre 1975 e 1990 abandonaram o país em barcos sem condições e muitos deles acabaram, por decisão de uma conferência internacional, alojados em vários países, incluindo europeus, e ainda nos EUA e Canadá. Gideon Rachman no 'Financial Times' sistematiza as hipóteses da Europa num artigo a ler.
OUTRAS NOTÍCIAS
Porém, o que sabemos é que este cenário de Mário se oporá ao deMaria (Luís), visto que o PS deverá propor uma política de crescimento pelo lado da procura (mais dinheiro nos bolsos das famílias) e o PSD quer agir pelo lado da oferta (e insiste em empresas mais competitivas a produzir bens transacionáveis). Claro que tanto num caso como noutro, há o ‘pequeno pormenor’ de não se explicar bem de onde vem o capital (porque para o sucesso de uma ou outra via e para a diminuição do desemprego, não podemos depender de importações nem de mais endividamento público; são necessárias empresas competitivas, logo é preciso haver capital que invista). Mas adiante: a tudo isto, soma-se o cenário desmancha-prazeres de Christine Lagarde e do FMI que escreve um relatório de onde se infere (e as contas de João Silvestre costumam dar sempre certas) que Portugal vai crescer 0,2% até 2020. Assim sendo, a década passada, tendo sido perdida, foi menos severa do que a atual, embora esta tenha tido três anos de recessão contra apenas um (2009) da década anterior. Acresce que Portugal é a sétima economia mais lenta do mundo. A espiral de que se falava não é recessiva nem de recuperação. É mais de casca de caracol… Mas é o que temos. Apesar disso, Passos diz que vamos recuperar, Portas prevê crescimentos superiores a 2% nos próximos anos e Costa diz que é possível acabar com a austeridade... Pode ser que seja o FMI a estar enganado...
O que se passa com os imigrantes de África é mau demais para ser referido. Os líderes europeus acham que o problema está na quantidade de recursos a utilizar ou no combate ao tráfico de pessoas (o que é louvável, mas lateral). Deviam ler o que diz Umberto Eco - que isto são migrações. Ponto final. É algo que vai continuar. É algo que é preciso aceitar. Pode ser que, até quinta-feira, data da cimeira que se dedicará a este assunto, os europeus sejam iluminados... Embora, pessoalmente, não o creia. A este propósito recomendo o artigo de Paulo Rangel hoje no 'Público', ou, para quem puder, a opinião do 'Wall Street Journal', que afirma que estes migrantes são os novos 'boat people' numa alusão aos dois milhões de vietnamitas que entre 1975 e 1990 abandonaram o país em barcos sem condições e muitos deles acabaram, por decisão de uma conferência internacional, alojados em vários países, incluindo europeus, e ainda nos EUA e Canadá. Gideon Rachman no 'Financial Times' sistematiza as hipóteses da Europa num artigo a ler.
OUTRAS NOTÍCIAS
O nosso ex-ministro da Economia Manuel Pinho, que se retirou do Governo depois de ter feito uns corninhos dirigidos a um deputado do PCP, quer 1,8 milhões de euros do Novo Banco, como podem ler no Expresso Diário. A verba tem a ver com o direito que ex-ministro do Governo PS advoga ter quanto à reforma do BES. Pinho diz que tem uma carta de Ricardo Salgado a garantir esse direito. Pergunto eu, que sou ignorante: Ricardo Salgado e Manuel Pinho não eram do BES mau?
Manuel Alegre não vai às comemorações oficiais do 25 de Abril no Parlamento. Mário Soares ainda não decidiu. Há coisas que nem se comentam...
Há suspeitas sobre o Montepio e a sua dependência excessiva à Associação Mutualista que o detém, além de, segundo a SIC, terem sido detetadas irregularidades na auditoria pedida pelo BdP.
Também a ERSE (Entidade Reguladora do Setor Energético) suspeita que a EDP e a Galp cometeram irregularidades que resultaram na não atribuição da tarifa social a quem dela tinha direito.
A Europa decidiu processar o potentado russo Gazprom por abuso de posição dominante. Bruxelas, sentenciou ainda que,num negócio mais pequenino, a Altice tenha de vender a ONI e a Cabovisão para poder comprar a PT, o que já terá começado a fazer.
Afinal o rei Zulu Goodwill Zwelithini, estava cheio de boa vontade e nunca apelou a ataques contra os imigrantes que transformaram nos últimos dias a África do Sul num inferno, provocando sete mortos por violência étnica. O que aconteceu é que foi mal citado... Os jornalistas nem com os zulus acertam e o rei já pediu uma investigação aos media.
O ' mobilegeddon' (uma mistura de mobile e armagedão, a batalha final contra o mal prevista no Apocalipse, em inglês armageddon) chega hoje. Isso significa que o célebre motor de busca Google deixa de privilegiar qualquer página que não se adapte a vários formatos de Internet, sobretudo ao mobile. Eis uma explicação e simulação do 'DN'.
O mais importante prémio Pulitzer de jornalismo deste ano foi ganho por um pequeno jornal de Charleston, Carolina do Sul, por uma série de reportagens sobre violência doméstica. O 'New York Times', que ganhou o prémio para reportagem internacional, traz a lista.
Por último, e como numa metáfora da nossa era, os cientistas descobriram a maior estrutura do universo: é um imenso buraco com 1,8 mil milhões de anos-luz de diâmetro. Está tudo no Guardian.
O QUE DIZEM OS NÚMEROS
Mais de 5200 mortos no Mediterrâneo nos últimos 15 meses. Eu repito: Mais de 5200 mortos no Mediterrâneo nos últimos 15 meses. Uma vez mais, para não se esquecerem: Mais de 5200 mortos no Mediterrâneo nos últimos 15 meses. E, por último, dedicado à Cimeira Europeia extraordinária a realizar depois de amanhã, quinta-feira, um número para eles refletirem: Mais de 5200 mortos no Mediterrâneo nos últimos 15 meses.
FRASES
“O chamado "Acordo Ortográfico" ("AO") nem é acordo, porque não ratificado por todas as partes assinantes, nem ortográfico, pois o seu texto prevê a existência de facultatividades. Só por via de uma imposição autoritária tem sido tentada a sua adopção ” Texto aprovado por um conjunto de cidadãos contra o AO e reproduzido no ‘Público’ (se não fosse o p de adoção nem havia diferença) que exigem um referendo (Pode haver referendos para a gramática? Para a Matemática? É todo um mundo que se abre).
“Já sabiam há quatro anos que ia ser assim. Se não se prepararam foi por má-fé dos professores ou preguiça dos alunos. Recuar seria desastroso, acabando com o que resta de coesão no espaço de língua portuguesa. Afinal, o que foi mais grave para a lusofonia: o acordo ou a entrada da Guiné Equatorial na CPLP?” Carlos Reis, catedrático do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da Universidade de Coimbra, especialista em Eça de Queirós e defensor do AO, em entrevista ao Expresso semanal (ver fim do texto). A pergunta é pertinente e demonstra o nível de paixão e indignação que a ortografia gera, versus a que motiva uma ditadura brutal num país onde nem português se fala. Assim vivemos…
“Estou convencido de que a Grécia não sairá da eurozona. O tratado não prevê que um país possa ser formalmente e legalmente expulso do Euro”, Vítor Constâncio, num comentário feito a parlamentares europeus, citado pelo ‘Wall Street Journal’. Veremos se acerta, porque segundo nos informa a dupla da ‘Sala de Pânico’ (Jorge Nascimento Rodrigues e João Silvestre) também Mohamed El-Erian escreveu na ‘Bloomberg’ que há 55% de hipóteses da Grécia evitar o default.
“ Sete anos depois do pior crash desde 1929, o facto alarmante é que os reguladores financeiros ainda não sabem quase nada sobre o verdadeiro risco a que estão expostos os grandes bancos”, Robert Lenzner, no ‘Financial Times’. Lenzer, que além de ter sido editor da ‘Forbes’ e um dos mais reputados jornalistas financeiros dos EUA, foi Shorenstein Fellow, em Harvard (na Kennedy School de políticas públicas), dá-nos esta perspetiva tranquilizadora do que pode vir por aí…
" Não. Jamais aconselharia um jogador a infliltrar-se para jogar pondo em risco o seu corpo. Jamais. E não tenho mais nada a dizer sobre isso", Juan Lopetegui, treinador do FC Porto, respondendo aPep Guardiola, treinador do Bayern de Munique, antes do decisivo jogo desta noite que vai apurar uma das equipas para as meias-finais da Liga dos Campeões. Guardiola acusara o seu compatriota a ter obrigado a estrela do Porto, Jackson Martinez, a jogar com infiltrações a fim de aguentar o esforço.
O QUE EU ANDO A LER
Por ter como compromisso, sábado passado, fazer uma pequena intervenção num encontro da Associação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica, onde aliás fiquei numa simpática mesa moderada por Luís Delgado (não o jornalista, mas o professor do ISPA), com Joana Amaral Dias e o professorCoimbra de Matos, andei à procura de uma frase de Michel de Montaigne que diz que os incultos disfarçam a sua incultura através de palavras caras. De Montaigne, cheguei ao seu melhor amigo: o filósofo, poeta e humanista Étienne de
E, por hoje é tudo, que a minha servidão não é voluntária... Logo às seis da tarde teremos, como sempre nos dias úteis, o Expresso Diário, onde já se explica o cenário PS e, amanhã, o Expresso Curto é servido pela redatora principal Luísa Meireles, uma estreia absoluta que, sendo de quem é, vai correr auspiciosamente.
Bom dia!
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