A
Organização Mundial de Saúde aconselhou hoje a Coreia do Sul a proibir todas as
pessoas suspeitas de estarem infetadas com a Síndrome Respiratória do Médio
Oriente (MERS), ou que contactaram com doentes do coronavírus, de viajarem para
o estrangeiro.
Keiji
Fukuda, diretor-geral adjunto para a Segurança Sanitária da Organização Mundial
de Saúde (OMS), fez a recomendação na cidade de Sejong, durante uma conferência
de imprensa transmitida pela televisão, após cinco dias de estudo
epidemiológico da propagação da MERS na Coreia do Sul, noticia a agência Xinhua.
Fukuda,
que coliderou a missão conjunta de 16 membros, composta por peritos da OMS e da
Coreia do Sul, instou as autoridades sul-coreanas a apurar quem teve contacto
com infetados com a MERS, e a colocá-los de quarentena e monitorizar potenciais
infetados do coronavírus, assim como a levar a cabo medidas de prevenção e
controlo em todas as instalações médicas.
O
responsável da OMS sublinhou as pessoas que tiveram contato com os infetados e
todos os potenciais portadores do coronavírus não devem viajar, e em especial
não devem ser autorizados a realizar viagens internacionais durante o período
de incubação, acrescentando que a Coreia do Sul estabeleceu um sistema para
detetar, colocar em quarentena e monitorizar os potenciais portadores de MERS.
O
número de infetados na Coreia do Sul foi hoje fixado em 138, enquanto o número
de mortos foi elevado a 14 pessoas, e a taxa de mortalidade estabelecida em
10,1%.
A
Coreia do Sul é o país com maior nível de contágio do novo coronavírus fora do
Médio Oriente.
As
recomendações da OMS surgem um dia depois de as autoridades da Coreia do Sul
terem destacado a diminuição dos novos contágios.
Na
sexta-feira tinham sido registados apenas quatro novos casos de MERS, contra os
14 registados na quinta-feira e os 13 verificados na quarta-feira, segundo
indicou o Ministério da Saúde sul-coreano.
Hoje
foram reportados 12 novos casos de contágio.
A
MERS é um vírus mais mortal, mas menos contagioso, do que o responsável pela
Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS, sigla em inglês) que, em 2003, fez
cerca de 800 mortos em todo o mundo.
A
doença provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre, tosse e
dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto, vacina ou tratamento
para o vírus. De acordo com a OMS, tem uma taxa de mortalidade de cerca de 35%.
Na
Arábia Saudita, mais de 950 pessoas foram contaminadas desde 2012 e 412
morreram.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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