O
Governo da Guiné-Bissau mandou encerrar mais de 40 farmácias que operam na
capital, fora do quadro legal, uma situação condenada pelo presidente da
Associação dos Operadores das Farmácias, Abdulay Salin.
A
ordem do encerramento foi decretada pela Inspeção-Geral do Ministério da Saúde
e hoje os operadores das farmácias reuniram-se com o novo secretário de Estado
da Administração Hospitalar, Martelene dos Santos, a quem pedem que mude a
situação.
Entre
os motivos para a ordem do encerramento, constam a ausência de condições de
armazenamento dos medicamentos, desrespeito ao regulamento de distância entre
as farmácias e ainda falta de pessoal qualificado.
O
Inspetor-Geral do Ministério da Saúde Pública guineense, Francisco Aleluia
Lopes, acusou "algumas farmácias, de venderam veneno" no lugar de
medicamentos aos pacientes.
O
presidente da Associação dos Operadores das Farmácias, Abdulay Salin, de
nacionalidade mauritana, condenou aquelas declarações, tendo afirmando que caso
vendessem venenos "grande parte da população guineense já estaria
morta".
Sem
tomar partido de nenhum dos lados, o novo secretário de Estado da Administração
Hospitalar, prometeu hoje criar uma comissão para aproximar as partes, mas
salientou que a Inspeção-Geral existe para fazer cumprir a lei.
"É
verdade que não podemos aceitar que algumas farmácias funcionem com
dificuldades. Queremos criar um mecanismo bastante acessível e transparente
para a operação, com base em regras bem definidas", observou Martelene dos
Santos.
O
responsável frisou estar a admitir a reabertura das farmácias encerradas.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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