domingo, 15 de fevereiro de 2015

OBAMA AMEAÇOU PUTIN ANTES DA REUNIÃO DE MINSK




Vários veículos da mídia alemã escreveram que, durante um telefonema recente, o presidente dos EUA Barack Obama ameaçou o presidente da Rússia Vladimir Putin com consequências graves para o alegado envolvimento da Rússia no conflito ucraniano.

O presidente estadunidense Barack Obama avisou Vladimir Putin que “os custos para a Rússia vão aumentar” se o país não cessar seu alegado envolvimento na crise ucraniana, escreveu a mídia alemã.

Isso se referia a uma conversa telefônica recente entre os líderes dos dois países que teve lugar um dia antes das conversações de Minsk.

“Obama está instando Putin à paz proferindo ameaças”, escreveu o jornal alemão Die Zeit. Segundo o jornal, o presidente norte-americano disse a Vladimir Putin que este teria de pagar um preço elevado se o conflito não fosse resolvido.

A revista Der Spiegel referiu igualmente que o apelo de Obama à paz continha tons de ameaça. O líder estadunidense acusou mais uma vez a Rússia de envolvimento militar no conflito da Ucrânia. Obama avisou que, se a Rússia continuar suas “ações agressivas” na Ucrânia e providenciar armas e ajuda financeira aos apoiantes da independência, então “os custos para a Rússia irão subir”.

Moscou negou repetidamente essas alegações e proclamou seu não envolvimento no conflito ucraniano. O jornal alemão Die Welt citou a declaração do porta-voz para a imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov, que enfatizou o interesse da Rússia em uma solução pacífica da crise e disse que mais sanções e o fornecimento de armamento letal apenas iria contribuir para a deterioração da situação.

Os EUA anunciaram recentemente que estão ponderando a possibilidade de fornecerem armas letais às tropas ucranianas.

A questão da assistência militar direta dos EUA continua na agenda norte-americana, escreveu o jornal suíço Blick, acrescentando que, contudo, países europeus como a Alemanha, o Reino Unido, a Dinamarca, a Áustria e a Suécia se opõem à ideia de um envolvimento dos EUA na crise ucraniana.

Sputnik / Nikolai Lazarenko

A MUDANÇA DIPLOMÁTICA DE ATENAS APONTA PARA MOSCOVO




Depois da vitória do Syriza, tudo parece indicar que a nova orientação da política exterior da Grécia aponta a favor da Rússia e em detrimento da UE.

Ariel Noyola Rodríguez* - Carta Maior

Sem dúvidas, a intransigência das autoridades europeias abriu caminho para que Atenas assumisse posicionamentos de uma maior convergência com Moscou. Até este momento, os credores mantêm sua negativa de modificar os termos dos pagamentos da dívida (a Grécia possui uma dívida de 315 bilhões de euros, ou 175% do PIB). Semanas antes de acontecer a eleição, a troika europeia (formada pelo Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia) havia deixado claro que, se Atenas se atrevesse a abandonar os programas de ajuste estrutural, as portas de financiamento externo permaneceriam fechadas.

No entanto, é evidente que qualquer estratégia de recuperação destinada a sustentar o crescimento econômico e a geração de empregos por parte da nova administração grega é incompatível com as propostas da troika europeia. Nos últimos 5 anos, as políticas de austeridade fiscal levaram a economia grega a sofrer um retrocesso de 25% do PIB.

Os programas de ajuste estrutural não apenas não dinamizaram a atividade econômica, mas também consolidaram uma espiral depressiva: a deflação se transformou em uma tendência crônica (em dezembro de 2014, os preços para o consumo registraram uma queda de 2,6% anuais), a taxa de desemprego geral alcançou mais de 25% e a taxa de desemprego entre os jovens, 50%. Apesar disso, os dirigentes de Bruxelas insistem em levar adiante, e em escala maior, a privatização das empresas e dos serviços públicos, a diminuição dos gastos sociais, a desregulamentação trabalhista etc.

Cabe destacar, por outro lado, que o cenário de conflito na Europa não se reduz à economia. Inclui tensões geopolíticas na região oriental pelo controle territorial e pela soberania sobre recursos naturais estratégicos. Depois dos confrontos entre nacionalistas e separatistas ocorridos na cidade de Mariupol (localizada no leste da Ucrânia) no último fim de semana de janeiro, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) acusou os russos pelos atos de violência. Um dia depois, a União Europeia emitiu um comunicado para implementar, em nome de seus 28 membros, uma nova onda de sanções econômicas contra o Kremlin.

Contudo, o escritório do governo de Alexis Tsipras (o primeiro-ministro da Grécia) rechaçou a convocatória. No último dia 28 de fevereiro, Panagiotis Lafazanis (a cargo do Ministério de Reconstrução Produtiva, Meio Ambiente e Energia) sentenciou de forma categórica: “A Grécia não tem qualquer interesse na imposição de sanções à Rússia. Não temos diferenças com a Rússia ou com o povo russo”.

De modo extraordinário, a diplomacia grega fez da crise da Ucrânia e da postura diante da Rússia as moedas de troca nas negociações com os credores. Por um lado, exigiu um diálogo respeitoso por parte da União Europeia. É inaceitável tratar a Grécia como “Estado pária” por seu alto nível de endividamento.

Por outro lado, confirmou sua postura contra o unilateralismo de Bruxelas. “A Grécia não deve se transformar em parte do problema nem cortar as relações históricas com a Rússia, e pode desempenhar um papel especial na mediação e no desenvolvimento das negociações entre as duas partes […] a União Europeia deve considerar de uma vez por todas o que quer fazer com a Rússia no longo prazo, em vez de reagir de forma moralmente direta e franca, mas espasmódica”, declarou o ministro das Relações Exteriores da Grécia, Nikos Kotzias.

Em contrapartida, o Kremlin promove, por meio da chancelaria grega, a diminuição da intensidade da ofensiva econômica impulsionada pela União Europeia e pelos EUA. E caso as novas penalizações incluam os setores da energia e defesa, assim como o bloqueio ao acesso à Sociedade para as Comunicações Interbancárias e Financeiras Internacionais (SWIFT, em sua sigla em inglês), os danos sobre a economia russa alcançarão uma dimensão dramática.

O presidente Vladimir Putin contempla os alcances do aprofundamento da investida e, por isso, se Alexis Tsipras não conseguir um acordo com Bruxelas, seu governo não descarta ajudar a economia grega. “Podemos imaginar a situação, se há um pedido de ajuda ao governo russo, nós a consideraremos, mas teremos em conta todos os fatores de nossa relação bilateral. É a única coisa que posso dizer. Se eles pedirem ajuda, nós a consideraremos”, disse Anton Siluanov, o ministro das Finanças russo, em entrevista à CNBC. Em resposta, Wolfgang Schäuble, o ministro das Finanças alemão, lançou um ultimato à chancelaria grega: “Não acho que a Rússia possa substituir a solidariedade europeia”.

Atenas não tem interesse em transformar suas relações com a Rússia em um peso, mas sim em um apoio decisivo. Como consequência, até antes do vencimento da linha de crédito, no próximo dia 28 de fevereiro, os esforços do governo grego estarão concentrados nos diálogos com a troika. “Estamos em negociações importantes com nossos sócios na Europa e com quem nos emprestou. Temos obrigações para com eles”, declarou Alexis Tsipras na Nicósia, ao término de um encontro com o presidente do Chipre, Nikos Anastasiades. Assim mesmo, enfatizou que, até o momento, não existem intenções de abandonar a União Monetária por parte de seu governo. “A zona do euro sem o Chipre e sem a Grécia seria uma amputação do sudeste da Europa”, concluiu.

No entanto, considerou necessário o desmantelamento dos mecanismos estabelecidos para o controle dos empréstimos outorgados: “Acho que já é hora de substituir a troika porque a Europa precisa de um respiro. A troika foi criticada por carecer de legitimidade. Sua substituição seria um passo institucional importante para o bem da Grécia e da Europa”.

A aprovação de Jean-Claude Juncker (o presidente da Comissão Europeia) para desarticular os mecanismos da troika diante das negociações com a Grécia, assim como o apoio do presidente Barack Obama aos planos do primeiro-ministro Alexis Tsipras em matéria econômica revelam as angústias de Bruxelas e Washington com a ascensão eleitoral da esquerda (Syriza na Grécia, Podemos na Espanha etc.) e a proximidade diplomática com a Federação Russa.

Em suma, a vitória do Syriza nas eleições de 25 de janeiro sobre o capitalismo neoliberal detonou movimentos espetaculares da chancelaria grega que, aceleradamente, transformam o mapa econômico e geopolítico do continente europeu em aliança com Moscou.

*Economista da Universidade Nacional Autônoma do México

Créditos da foto: Global Panorama / Flickr

PARTIDO DE MERKEL SOFRE DERROTA PESADA EM HAMBURGO




Os sociais-democratas alemães (SPD) deverão vencer hoje as eleições regionais no seu reduto de Hamburgo e os conservadores (CDU), de Angela Merkel, poderão ter a sua pior derrota nesta cidade-estado, segundo sondagens à boca das urnas.

O SPD, do presidente da câmara Olaf Scholz, deverá vencer com 46,5% a 47% dos votos, segundo as primeiras previsões dos canais públicos ARD e ZDF.

Se este resultado se verificar, o SPD será obrigado a governar com os Verdes (11,5%/12%), perdendo a sua maioria absoluta que tinha desde 2011 no parlamento da cidade portuária alemã, a segunda maior cidade com 1,8 milhões de habitantes.

O CDU, com uma previsão de 16% dos votos (uma queda de seis pontos percentuais) sofreu uma pesada derrota, em grande parte por razões locais, apesar de o partido da chanceler Angela Merkel ainda estar no topo nas sondagens a nível nacional, com 40% das intenções de votos.

O jovem partido anti-euro AfD, com pouco mais de 5% dos votos, tem uma boa oportunidade em Hamburgo de entrar pela primeira vez num parlamento regional do Estado Oeste da Alemanha, após a estreia, em 2014, em três parlamentos regionais no Leste (Brandeburgo, Turíngia e Saxónia).

Após estes sucessos em regiões relativamente pobres e minadas pelo desemprego, uma representação no parlamento numa região próspera confirmaria que o partido 'pegou de estaca' no panorama político alemão, posicionado à direita da conservadora chanceler Angela Merkel.

O AfD, criado há apenas dois anos, está a aproveitar o descontentamento dos contribuintes alemães que acreditam ser os grandes fornecedores de dinheiro da Europa, condenados a pagar as contas dos países em crise de desenvolvimento.

Lusa, em TSF – foto Reuters

MANIFESTANTES CONCENTRAM-SE EM LISBOA PARA APOIAR A GRÉCIA




Várias centenas de pessoas marcharam hoje por Lisboa em solidariedade com a Grécia, numa manifestação com palavras de ordem contra o Governo português, o Presidente da República e a chanceler alemã e cachecóis iguais ao do ministro grego Varoufakis.

A manifestação convocada pelas redes sociais juntou mais de 500 pessoas, que partiram do Largo Camões, no Chiado, às 15:45, até ao Largo Jean Monnet, onde fica o edifício da Comissão Europeia em Lisboa.

Com várias tarjas, cartazes de apoio ao primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e bandeiras do Bloco de Esquerda proclamando "Esperança contra a austeridade", os manifestantes caminharam durante cerca de uma hora ao ritmo de tambores, subindo a rua da Misericórdia e de São Pedro de Alcântara até ao bairro do Príncipe Real e depois descendo a rua do Salitre.

Na frente de um dos grupos da manifestação, a deputada bloquista Mariana Mortágua dava o mote, de megafone na mão, ensaiando palavras de ordem gritadas a plenos pulmões contra as recentes posições do executivo português e do Presidente da República, Cavaco Silva.

"Culpas os gregos, ó Cavaco, no BPN continua o buraco"; "Sim ao Varoufakis, não à Maria Luís"; "Merkel capataz, deixa a Grécia em paz", afirmava a deputada do BE, já rouca.

Durante a manifestação, havia também várias pessoas com cachecóis bege e com riscas pretas, vermelhas e brancas, iguais ao utilizado pelo ministro das Finanças grego no último Eurogrupo.

A antiga presidente da secção portuguesa da Amnistia Internacional Maria Teresa Nogueira, também presente na iniciativa, criticou, em declarações à Lusa, o caminho seguido pela União Europeia e «a lógica de aprofundamento das desigualdades, a nível nacional e a nível europeu».

«Estou aqui a título pessoal. Temos de reagir, todos nós. Isto é o caminho para o abismo, o facto de os direitos mais fundamentais das pessoas serem postos de lado configura uma situação de conflito que explica as radicalizações [na Europa], é uma situação que tem de ser acabada», disse. Para a dirigente da Amnistia, agora coordenadora do grupo da China, «esta é uma oportunidade única» de apanhar «boleia da Grécia e tentar reverter toda a miséria» que se vive na Europa.

Na manifestação marcaram presença vários dirigentes do BE, como os deputados Luís Fazenda e Cecília Honório ou a eurodeputada Marisa Matias, o dirigente do Livre Rui Tavares ou personalidades como o realizador António Pedro Vasconcelos ou a médica Isabel do Carmo.

Lusa, em TSF - Foto Miguel A. Lopes

Portugal: ASSASSINOS


Bocas do Inferno

Mário Motta, Lisboa

Correia de Campos, ex-ministro do governo de José Sócrates, não foi o ministro da saúde que no seu pelouro zelasse primordialmente pelos interesses dos portugueses, cortes e recortes existiram no seu ministério anos antes da tomada de posse do atual governo. Isso não invalida que Campos ponha uma questão muito pertinente na entrevista concedida à TSF de que reproduzimos parcial peça a seguir. Ele pergunta: “Porquê deixar morrer doentes e construir novo terminal de contentores?”

Existem várias respostas para que as decisões fossem assim mas a que parece corresponder à realidade encontramos nas mortes causadas: vasta maioria eram pessoas reformadas, a receber pensões de reforma, pessoas acima dos 65 anos de idade. Morreram por incúria do ministro e do governo ou também por uma certa conveniência em reduzir o número de reformados e pensionistas?

É absolutamente legítimo que se coloque esta questão. Tem estado à vista de todos o desprezo votado por Passos Coelho aos mais velhos. Aos que consubstanciam, para os do governo, um peso orçamental irrecuperável. São velhos, improdutivos, doentes que dão imensas despesas… Não fazem cá falta nenhuma!

Evidentemente que nem Correia de Campos, nem os alinhados com o governo seriam capazes de aceitar que foi delineada um política para assassinar os mais velhos, os que pesam no orçamento sem perspetivas de jamais voltarem a contribuir para a sociedade. Dificilmente os portugueses aceitarão tais intenções dos governantes… e além disso não há como provar. Certamente que tal política não consta materialmente descrita como objetivo do governo de Passos-Portas-Cavaco. Nem será preciso. Basta que vejamos o recrudescer dos cortes na saúde e em todas as limitações impostas para sabermos que a perspetiva era acontecer o que aconteceu e ainda hoje acontece. Grande número de mais idosos que recorreram aos hospitais morreram ali à espera que os assistissem ou sob atenção médica mas… tardiamente.

Correia de Campos diz que o ministro da saúde, o governo, fizeram poupanças espantosas com os cortes, e elogia o facto. Mas diz também que se esqueceram das pessoas. Não. Não se esqueceram das pessoas. Qualquer analfabeto sabia que o resultado de tantos cortes no setor da saúde desembocaria em maiores sofrimentos para as populações e em muito mais mortes. Mortes que podiam e deviam ter sido evitadas.

Para muitos portugueses este foi um assassinato premeditado e absolutamente irresponsável e inadmissível. Paulo Macedo sabia que o resultado seria este. Nem as declarações do desprovido de coluna vertebral diretor-geral de saúde, Francisco George, referindo excesso de frio anormal para a época e blá-blá-blá, nem quaisquer outras justificações limparão da memória de imensos portugueses este assassinato coletivo. Muito menos daqueles que perderam os seus entes queridos, pais, tios e avós. A política do governo foi e é criminosa naquilo que contém de excesso irracional de limitações e cortes no setor da saúde. Para os criminosos que causam a morte das vítimas só existe uma palavra para os definir: assassinos.

Segue-se a peça da TSF que no original contém um vídeo da entrevista. (MM / PG)

Correia de Campos: “Porquê deixar morrer doentes e construir novo terminal de contentores?”

Em entrevista à TSF, o socialista Correia de Campos questiona as opções do Governo em matéria de saúde. Apesar de elogiar o trabalho de Paulo Macedo na contenção da despesa, o antigo ministro da Saúde afirma que, pelo caminho, o ministro esqueceu-se das pessoas.

Questionado sobre se as escolhas do Governo, em tempos de grande contenção orçamental, não são compreensíveis e racionais, o antigo ministro socialista responde com uma pergunta: «porque é que o governo há de escolher entre deixar morrer doentes que podem sobreviver, e gastar dinheiro a fazer um terminal portuário na outra margem, com custos que ninguém conhece, e cuja análise custo-benefício está longe de ser conhecida? Porque é que isso há de ser uma prioridade?»

Correia de Campos, catedrático reformado da Escola Nacional de Saúde Pública, olha para as últimas semanas de polémicas e casos na área da saúde, e afirma que «tudo isto era previsível, embora não fosse visível», concluindo que os problemas nas urgências, por exemplo, são resultado direto de quase quatro anos de grande contenção orçamental no Ministério da Saúde.

Entre 2008 e 2014, afirma o antigo ministro, a despesa em saúde caiu cerca de 1,2 mil milhões de euros, o que é «aparentemente a parte positiva» do trabalho do atual ministro, mas «por baixo está a parte negativa, estão as pessoas», diz Correia de Campos.

Europa

Correia de Campos comenta as declarações de Passos Coelho e Cavaco Silva sobre a Grécia, e afirma que Portugal tem assumido posições «quase fundamentalistas», com acusações implícitas de que «os gregos são uns preguiçosos, e não cumpriram», enquanto nós cumprimos.

O antigo eurodeputado socialista, entre 2009 e 2014, afirma que Portugal tem, «ao mais alto nível», uma «visão empedernida» sobre a política europeia. Ainda assim, Correia de Campos acredita que «o primeiro-ministro já percebeu que não pode continuar a ser o menino bonito da senhora professora (Merkel)».

O antigo ministro socialista critica o que classifica como a «visão cultural» da crise grega, assumida pelo governo e pela presidência da república, de que «tudo isto é culpa de quem gastou, e não de quem aproveitou a moeda única para ampliar as suas vendas para a classe média grega e portuguesa».

Paulo Tavares – TSF

AUSTERIDADE “NÃO RESULTA, QUER EM PORTUGAL QUER NA GRÉCIA” – Pacheco Pereira




Para Pacheco Pereira, a austeridade “não resulta”, seja na Grécia seja em Portugal. E é por essa razão que hoje, num artigo de opinião no Público, o historiador surge a criticar Cavaco Silva e Passos Coelho, a quem acusa de “esnobar” dos gregos.

Numa semana em que Passos Coelho e Cavaco Silva criticaram o novo governo grego pela sua iniciativa em renegociar as condições de assistência, Pacheco Pereira, histórico do PSD e um dos subscritores da carta aberta a Passos Coelho, crítica a postura do primeiro-ministro e do Presidente da República, num artigo de opinião assinado no Público.

Falando dos cortes impostos pela austeridade, que acabaram com a “escassa e débil classe média que se formara depois do 25 de Abril” em Portugal, e que na Grécia descreve como uma “dura, penosa, cega, punitiva austeridade”, Pacheco Pereira considera que Passos Coelho e Cavaco Silva não querem aceitar o mais evidente.

“O que nem Cavaco nem Passos dizem, é aquilo que é evidente: [a política de austeridade] não resultou, nem resulta, nem resultará”, escreve o historiador nas páginas do Público deste sábado, acrescentando que “é uma receita errada quer em Portugal, quer na Grécia”.

Numa altura em que, em Bruxelas, os gregos tentam renegociar as suas condições de assistência com os restantes parceiros europeus, Pacheco Pereira destaca o que descreve como “haver hoje em Atenas um governo rebelde”, que contrariou as políticas que falharam do anterior governo, da Nova Democracia.

“Se os resultados deixaram a Grécia com a gigantesca dívida que tem”, realça Pacheco Pereira, “a culpa é de quem? Do Syriza?”, questiona o social-democrata, que considera ainda que Cavaco e Passos “podem hoje esnobar da Grécia” mas que, ao fazê-lo, “enfileiram no pior que existe hoje já política europeia: a perversão dos objetivos da União [Europeia], transformada num instrumento da política económica e financeira da Alemanha”, pode ler-se.

Notícias ao Minuto

Portugal: PCP ACUSA PS DE QUERER O “PODER ABSOLUTO”




O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, frisou hoje que aquele partido não está disponível para se juntar nas próximas legislativas ao PS que, acusa, tem uma "ambição de poder absoluto".

"Quão perigoso e inaceitável seria que em nome do mal menor este partido - partido da verdade, coerência, que esteve na primeira fila da luta com trabalhadores e população - abdicasse da defesa dos interesses do povo português e da soberania nacional (...) a troco de qualquer coisa, nem que fosse este ou aquele lugar no governo", afirmou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista, que falava durante o debate intitulado "Não ao declínio nacional -- soluções para o país", que hoje decorreu em Gaia, garantiu mesmo que o PCP "está em condições de assumir todas as responsabilidades que o povo" quiser atribuir, mas "não o PS" que "vem reclamar os votos da esquerda".

"Estamos disponíveis para participar no governo, para governar em nome dos interesses nacionais e não para a política de direita", assinalou o secretário-geral para quem o PS de António Costa não está à procura de uma "genuína convergência para romper com a política de direita", mas luta pela "sua ambição pelo poder absoluto".

Jerónimo de Sousa criticou ainda as políticas do PS que, disse, opta por não se comprometer quanto à "necessidade de renegociação da dívida" e que, quando conseguiu maioria absoluta no governo de José Sócrates, "livremente assumiu a política de direita".

Para o líder do PCP, as próximas legislativas serão "uma batalha difícil", mas desvalorizou o "aparecimento de novos movimentos e partidos" com os quais os portugueses não devem "ficar impressionados" uma vez que tais desenvolvimentos "já existem há muitas décadas".

Lusa, em Notícias ao Minuto

PUTIN IRÁ DIVULGAR PROVAS DO ENVOLVIMENTO DOS EUA NO 11 DE SETEMBRO




A Rússia está preparando a divulgação de evidências do envolvimento do governo dos EUA e os serviços de inteligência nos atentados de 11 de setembro. A lista de provas inclui imagens de satélite.

O material publicado pode provar a cumplicidade do governo dos EUA nos ataques de 11 de setembro e a bem sucedida manipulação da opinião pública. O ataque foi planejado pelo governo dos EUA, mas usando seu proxy, de modo que um ataque aos Estados Unidos e ao povo dos Estados Unidos parecesse um ato de agressão do terrorismo internacional.

O motivo para a farsa e o assassinato de seus próprios cidadãos serviu aos interesses dos EUA no petróleo e nas empresas estatais do Oriente Médio.

A prova será tão convincente que totalmente desmascara a história oficial do 11 de setembro que foi divulgada pelo governo dos EUA.

A Rússia demonstra que a América não é estranha para usar false flag terrorismo contra os seus cidadãos, a fim de conseguir um pretexto para uma intervenção militar em um país estrangeiro. No caso do "11 de Setembro", as provas serão conclusivas imagens de satélite.

Se for bem sucedido, as consequências da tática de Putin exporia políticas terroristas secretas do governo os EUA. A credibilidade do governo será prejudicada e deve provocar protestos de massa nas cidades que levariam a um levante, de acordo com analistas americanos.

E, como os Estados Unidos vai parecer na arena política mundial? A validade da posição dos Estados Unidos como um líder na luta contra o terrorismo internacional será totalmente prejudicada dando imediatamente vantagem para estados párias e terroristas islâmicos.

O desenvolvimento real da situação poderia ser muito pior, alertam os especialistas.

Participe também da discussão no Fórum Anti-NOM.

[VIDEO] 11 de Setembro: Uma Teoria da Conspiração (em cinco minutos)

Nova Ordem Mundial

Fontes:
Pravda: EUA temem publicação russa de fotos de satélite da tragédia do 11/9 (em russo) 

Veterans Today: Pravda: Putin Threatens to Release Satellite Evidence of 9/11

O OBJETIVO DOS EUA É FRAGMENTAR A RÚSSIA - opinião




O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, opina que Estados Unidos tentam envolver a Rússia no conflito ucraniano para alcançar a mudança de poder na Rússia.

“Para os EUA a Ucrânia em si não representa interesse, o seu alvo é enfraquecer as nossas posições”, declarou Patrushev.

“Os norte-americanos tentam envolver a Rússia num conflito militar internacional, por meio dos acontecimentos na Ucrânia tentam mudar o poder e enfim fragmentar o nosso país”, disse Patrushev na entrevista publicada no site do jornal russo Rossiyskaya Gazeta.

As autoridades da Ucrânia têm repetidamente apelado aos Estados Unidos e outros países para que lhes forneçam armas. A adjunta do presidente dos EUA para a Segurança Nacional, Susan Rice, disse em 6 de fevereiro que os Estados Unidos estão considerando a possibilidade de conceder assistência militar direta à Ucrânia. Ela acrescentou que o assunto está pendente.

Rice também chamou o fornecimento de armas à Ucrânia de um passo importante, que os Estados Unidos querem tomar junto com os seus parceiros. Moscou adverte Washington de que o fornecimento de armas à Ucrânia só irá levar a uma escalada do conflito.

A maioria dos políticos europeus se pronuncia contra o fornecimento de armas à Ucrânia. Antes, o chefe da chancelaria alemã, Frank-Walter Steinmeier, declarou que o fornecimento de armas para sair do conflito ucraniano é uma via contraprodutiva que apresenta grandes riscos.

Sputnik / Sergei Guneeve

RÚSSIA SALVOU EUA DE UMA GUERRA DESNECESSÁRIA - opinião




Segundo um politólogo norte-americamo, a coisa mais importante, no que se refere à Ucrânia, é que nós conseguimos evitar o confronto militar entre Moscou e Washington, a que os Estados Unidos poderiam chegar como resultado de suas "políticas malucas".

Este fato é mais um ponto à favor de Vladimir Putin, opina cientista político dos EUA, Eric Margolis.

Vladimir Putin conseguiu pela segunda vez para salvar Barack Obama do confronto extremamente perigoso entre a Rússia eo Ocidente em conexão ao conflito entre as autoridades de Kiev e as autoproclamadas Repúblicas no leste da Ucrânia, escreveu o cientista político e jornalista Eric Margolis.

A primeira vez que os esforços do presidente da Rússia, conseguiram evitar um conflito de grande escala entre Moscou eo Ocidente, foi a crise na Síria. No tempo que a administração do presidente norte-americano Barack Obama estava acusando o regime de Bashar Assad de usar armas químicas contra rebeldes e estava indo para aplicar uma série de ataques aéreos contra a Síria, a Rússia apoiou a posição do presidente sírio e deu ao Conselho de Segurança da ONU as suas provas do uso de armas de destruição em massa por oposição.

Como observa Margolis, como resultado de uma investigação realizada pela comissão da ONU, constatou-se que as armas de destruição em massa foram usadas pelos rebeldes e uma nova escalada do conflito foi evitado.

De acordo com o jornalista, a situação repetiu-se novamente, desta vez na Ucrânia – com a ajuda dos Acordos de Minsk Moscou conseguiu evitar a provável colisão entre duas potências nucleares, mas o plano imprudente dos EUA de armar a Ucrânia e enviar pessoal militar ameaça anular os esforços de paz. Além disso, o campo dos Nacionalistas Ucranianos no governo de Kiev, apoiado pelos norte-americanos, não concorda em aceitar "o plano de Putin".

Sputnik/ Mikhail Voskresenskiy

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