O
novo governador provincial de Luanda, general Higino Carneiro, criou um posto
de comando urbano para combater o problema do lixo na capital angolana,
situação que o próprio admitiu ameaçar a declaração de "calamidade
pública".
"Vimos
imagens que a todos tocam. A continuar assim, seremos obrigados a declarar
calamidade pública. Temos que evitar isso, por causa de aspetos
epidemiológicos, que podem provocar desaires na sociedade", disse Higino
Carneiro, que na quinta-feira realizou a sua primeira visita de campo, nas
novas funções.
O
posto de comando urbano, a funcionar na sede do Governo Provincial de Luanda,
integrará responsáveis das administrações municipais e atores voluntários
públicos e privados, visando juntar sinergias no combate ao fenómeno na
capital, que conta com 6,5 milhões de habitantes.
Sublinhando
que são poucos os recursos para a recolha de resíduos sólidos, Higino Carneiro
apelou ao envolvimento de cidadãos voluntários e empresas públicas e privadas.
"Este
exercício vai levar-nos a que a breve trecho possamos resolver o problema dos
resíduos sólidos passivos, que resultam de períodos anteriores que não foram
removidos", frisou o governador da capital angolana.
Para
gizar estratégias de resolução do problema, Higino Carneiro salientou que está
ser elaborado um guia que vai definir prioridades na capital do país sobre a
recolha de lixo.
A
província de Luanda vê-se a braços desde 2015 com o problema da recolha de
resíduos sólidos, em consequência da diminuição de verbas para o efeito,
causando várias críticas dos cidadãos.
As
elevadas quantidades de lixo nas ruas da cidade, com destaque para os
arredores, constitui igualmente preocupação para as autoridades sanitárias, que
receiam o aumento de doenças, aliado ao período de chuvas em curso.
NME
// PJA - Lusa
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