Quatro
em cada 10 raparigas adolescentes angolanas, entre os 12 e 17 anos, são casadas
ou a viver em união de facto, fenómeno que afeta sobretudo as zonas rurais das
províncias da Lunda Sul, Moxico, Huambo, Bié e Malange.
Os
dados foram hoje avançados pela ministra da Família e Promoção da Mulher,
Filomena Delgado, no seu discurso de abertura da mesa redonda promovida pelo
Ministério da Educação, sobre "Educação Sexual Abrangente e Saúde
Reprodutiva para Adolescentes e Jovens".
A
governante angolana frisou que um terço das raparigas, dos 12 aos 14 anos, vive
com um parceiro dez anos mais velho, tornando-as vulneráveis aos riscos e
consequências dos casamentos e gravidezes precoces, bem como ao abandono
escolar.
Filomena
Delgado realçou ainda que, em Angola, a gravidez contribui para cerca de 7,5%
do abandono ou não ingresso escolar, verificando-se também que 3% dos casos de
gravidez ocorrem entre os 12 e os 14 anos e 7% entre os 15 e 17 anos.
Em
2015, os ministérios da Família e Promoção da Mulher, da Educação e da
Juventude e Desportos lançaram a campanha contra a gravidez e casamento
precoces, com vista à promoção dos direitos das adolescentes e das jovens,
igualdade de oportunidades com os rapazes.
NME
// VM - Lusa
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