Paulo
Jorge Agostinho, enviado da agência Lusa
São
Tomé, 17 jul (Lusa) - O Presidente da República são-tomense e recandidato a um
segundo mandato, Manuel Pinto da Costa, criticou hoje as inaugurações feitas
pelo Governo no dia de reflexão, acusando-o de estar a favorecer um candidato.
"A
imprensa nacional foi de uma parcialidade criticável em toda esta
campanha", favorecendo a candidatura de Evaristo Carvalho, apoiado pela
Ação Democrática Independente (ADI), partido que suporta e executivo de Patrice
Trovoada.
Na
campanha, "a imprensa nacional (estatal) dava prioridade ao candidato
apoiado pelo partido do governo. Assistimos inclusivamente a ações levadas a
cabo pelo próprio governo: inaugurações inclusivamente feitas ontem, no
sábado", acusou o candidato, instantes depois de ter votado na mesa 2, da
localidade de Pantufo.
Para
Pinto da Costa, trata-se de um "flagrante desrespeito" pela lei.
Durante
a campanha, Pinto da Costa registou um grande "entusiasmo, sobretudo da
parte da juventude", mas agora espera que, após o ato eleitoral, os
partidos se unam pelo país.
"Sem
estabilidade, sem paz, sem entendimento entre as diversas forças políticas do
meu país não é possível nós encontrarmos a consensualidade suficiente para
elaborar planos de desenvolvimento", afirmou.
O
Presidente da República criticou também a prática de compra de votos no país,
conhecida localmente como o ?banho'.
"Temos
de, uma vez para sempre, acabar com o 'banho'. O 'banho' leva as pessoas a
pensar que só com ele é que irão votar", disse, acrescentando ser
necesário "arranjar forma de resolver a questão".
"Gostaria
de apelar à população e a todo o eleitorado que viesse exercer o seu direito de
voto. Se não vier (votar) acabará por ter um presidente que não é do seu
gosto", disse ainda o recandidato a um novo mandato.
Além
de Pinto da Costa e Evaristo Carvalho, concorrem nas eleições a economista
Maria das Neves, o professor Manuel do Rosário e o economista Helder Barros.
PJA
// NS - Lusa
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