O
golpe do Estado Profundo está em andamento
Paul
Craig Roberts
Precisamos
entender, e também o presidente Trump, que a farsa da "guerra ao
terror" foi utilizada para transformar agências de inteligência, tais como
a NSA e CIA, e agências de investigação criminal, tal como o FBI, em agência de
polícia secreta tipo Gestapo. Trump é agora ameaçado por estas agências, porque
ele rejeita a agenda neoconservadora da hegemonia mundial estado-unidense que
suporta o gigantesco orçamento anual de militar/segurança.
Nossas agências de polícia secreta estão ocupadas no trabalho de plantar entre os media presstitutos a noção de que Trump está comprometido por "conexões russas" e é uma ameaça à segurança dos EUA. O plano é defender essa tese nos media, como foi feito contra o presidente Nixon, e expulsar Trump do gabinete. Enfrentar abertamente um presidente recém-eleito é um acto de audácia extraordinária que implica enorme confiança, senão desespero, da parte da agência de polícia estatal.
Aqui pode-se ver a CNN a cooperar abertamente com a CIA a lidar com especulação selvagem e irresponsável de que Trump está sob influência russa como se isso fosse um facto estabelecido. www.informationclearinghouse.info/46476.htm
Nossas agências de polícia secreta estão ocupadas no trabalho de plantar entre os media presstitutos a noção de que Trump está comprometido por "conexões russas" e é uma ameaça à segurança dos EUA. O plano é defender essa tese nos media, como foi feito contra o presidente Nixon, e expulsar Trump do gabinete. Enfrentar abertamente um presidente recém-eleito é um acto de audácia extraordinária que implica enorme confiança, senão desespero, da parte da agência de polícia estatal.
Aqui pode-se ver a CNN a cooperar abertamente com a CIA a lidar com especulação selvagem e irresponsável de que Trump está sob influência russa como se isso fosse um facto estabelecido. www.informationclearinghouse.info/46476.htm
A "prova" fornecida pela CNN e a CIA é uma "reportagem" do New York Times que, com pouco dúvida, foi plantada no NYT pela CIA.
Torna-se óbvio que a CNN e a CIA encaram o povo americano como tão crédulo a ponto de ser completamente estúpido.
Glenn Greenwald explica a Amy Goodman que a CIA persegue Trump, porque a sua política anunciada de reduzir as perigosas tensões com a Rússia entra em conflito com a necessidade do complexo militar/segurança de um grande inimigo:
"O
Estado Profundo, embora não haja definição precisa ou científica, refere-se
geralmente a agências em Washington que são facções permanentes de poder. Elas
permanecem no poder e exercem-no enquanto presidentes que são eleitos vão e
vêem. Elas tipicamente exercem seu poder em segredo, no escuro, e assim
raramente são sujeitas à responsabilização democrática, se é que são sujeitas
de todo. São agências como a CIA, a NSA e a outras, que essencialmente são
concebidas para disseminar desinformação, engano e propaganda – e têm um longo
historial não só de fazer isso como também de cometer os piores crimes de
guerra, atrocidades e esquadrões da morte. Não se trata apenas de pessoas como
Bill Kristol, mas muitos do Partido Democrata estão a confiar nisso, a tentar
fortalecê-las, a encorajá-las para que exerçam um poder separado e aparte – de
facto, em oposição – a responsáveis políticos aos quais elas supostamente
deveriam subordinar-se.
"E isto não é apenas acerca da Rússia. Se remontar toda a campanha, o que
se viu foram os principais membros da comunidade de inteligência, incluindo
Mike Morell, que estava a actuar como chefe da CIA sob o presidente Obama, e
Michael Hayden, que dirigia tanto a CIA como a NSA sob George W. Bush, foram
apoiantes sem rodeios de Hillary Clinton. De facto, durante a campanha Michael
Morell publicou no New York Times, e Michael Hayden no Washington
Post, louvações a Hillary Clinton e a dizer que Donald Trump se tornara um
recruta da Rússia. A CIA e a comunidade de inteligência apoiavam Clinton
veementemente e opuseram-se a Trump desde o início. E a razão para isto era
gostarem mais das políticas de Hillary Clinton do que das de Donald Trump. Uma
das principais prioridades da CIA durante os últimos cinco anos tem sido uma
guerra por procuração na Síria, destinada a alcançar uma mudança de regime e o
derrube de Assad. Hillary Clinton não era apenas favorável a isso, ela
criticava Obama por não lhe permitir ir mais além e queria impor uma zona de
interdição de voo (no fly) na Síria e confrontar os russos. Donald Trump
adoptou a visão exactamente oposta. Ele disse que não nos deveríamos importar
com quem dirigisse a Síria, deveríamos permitir aos russos, e mesmo ajudar os
russos, a matarem o ISIS e a al-Qaeda a Síria. Assim, a agenda de Trump era
completamente oposta àquilo que a CIA queria. A da Clinton era exactamente o
que a CIA desejava e assim estavam a por trás dela. Por isso tentaram minar
Trump durante muitos meses ao longo da campanha eleitoral. E agora que ele
venceu, não estão apenas a miná-lo com fugas, mas a subvertê-lo activamente. Há
afirmações que estão a ocultar informação dele, com base no que pensam que ele
deveria ter e na confiança que possa merecer. Estão a fortalecer-se para
decretar a política.
"Agora, penso que a presidência Trump é extremamente perigosa. Você acaba
de enumerar nas suas notícias – no seu noticiário que abriu o show, muitas das
razões. Eles querem arruinar o ambiente. Querem eliminar a rede de segurança.
Querem fortalecer bilionários. Querem decretar políticas intolerantes contra
muçulmanos e imigrantes e muitos outros. E é importante resistir-lhes. E há
muitos meios realmente bons para resistir-lhes, tais como conseguir que
tribunais os restrinjam, o activismo da cidadania e, o mais importante de
todos, ter o Partido Democrata empenhado na auto-crítica a perguntar-se como
pode ser uma força política mais eficaz nos Estados Unidos depois de ter
entrado em colapso a todos os níveis. O que não é a resistência que está a
fazer agora. O que eles estão a fazer, ao invés, é tentar apossar-se da única
força pior do que Donald Trump, a qual é o estado profundo, a CIA, com suas
histórias de atrocidades, e dizer que elas devem quase empenhar-se numa espécie
de golpe suave, onde eles capturam o presidente eleito e impedem-no de executar
suas políticas. E penso que é extremamente perigosos fazer isso. Mesmo que
alguém acredite que tanto a CIA e o Estado Profundo, por um lado, e a
presidência Trump, por outro, são extremamente perigosos, como eu acredito, há
uma enorme diferença entre os dois. Esta é que Trump foi eleito
democraticamente e ele é sujeito a controles democráticos, como estes tribunais
acabam de demonstrar e como os media estão a mostrar, como os cidadãos estão a
provar. Mas, por outro lado, a CIA não foi eleita por ninguém. Eles estão pouco
sujeitos a quaisquer controles democráticos. E assim, instar que a CIA e a
comunidade de inteligência se fortaleçam a fim de minar os ramos eleitos do
governo é insânia. Esta é a receita para destruir a democracia de um dia para o
outro em nome da sua salvação. Ainda assim, é isto que muitos, não apenas
neocons, mas aliados dos neocons no Partido Democrático, estão agora a instar e
a aplaudir. E é incrivelmente distorcido e perigoso observá-los a fazer
isso". http://www.informationclearinghouse.info/46476.htm
Os
Estados Unidos estão agora na situação extraordinária de que os liberais /
progressistas / esquerda estão aliados ao Estado Profundo contra a democracia.
Os liberais / progressistas / esquerda estão a fazer lobby para o impeachment
de um presidente que não cometeu qualquer delito que o justifique. Os
neoconservadores declararam sua preferência por um golpe do estado profundo
contra a democracia. Os media consentem com uma barragem constante de mentiras,
insinuações e desinformação. O indiferente público americano assiste a tudo
placidamente.
O que pode fazer Trump? Ele pode expurgar as agências de inteligência e
terminar com a licença que lhes foi concedida por Bush e Obama para conduzir
actividades inconstitucionais. Ele pode utilizar a lei anti-trust para romper
os conglomerados de media que Clinton permitiu que se formassem. Se Bush e
Obama puderam com a sua própria autoridade sujeitar cidadãos dos EUA a detenção
indefinida sem o devido processo e se Obama podia assassinar cidadãos
estado-unidenses suspeitos sem o devido processo legal, Trump pode utilizar a
lei anti-trust para romper os conglomerados dos media que falam a uma só voz
contra ele.
Nesta
altura Trump não tem alternativa senão combater. Ele pode demolir as agências
de polícia secreta e os conglomerados presstitutos dos media, ou serão eles a
derrubá-lo. Descartar Flynn foi a pior coisa que se podia fazer. Ele
deveria ter mantido Flynn e despedido os
"denunciantes" ("leakers") que estão activamente
a utilizar desinformação contra ele. A NSA teria de saber quem são os
denunciantes. Trump deveria limpar a corrupta administração da NSA e nomear
responsáveis que identificarão os denunciantes. A seguir Trump deveria
processar os denunciantes com todo o peso da lei. Nenhum presidente pode sobreviver a agências de polícia secreta determinadas a
destruí-lo. Se os conselheiros de Trump não sabem isto, Trump precisa
desesperadamente de novos conselheiros.
O original encontra-se em http://www.paulcraigroberts.org/2017/02/18/stakes-trump-us-paul-craig-roberts/
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/
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