Abnildo Oliveira(na foto) porta
voz do partido ADI residente em
São Tomé , à saída do encontro de diálogo com o pastor da
Igreja Maná, fez declarações surpreendentes para a maioria dos são-tomenses.
O porta voz residente que lidera
o processo de diálogo abrangente da ADI, acusou os são-tomenses de serem
xenófobos. « É triste na medida em que nós, num clima de xenofobia,
insultamos outras nacionalidades, sobretudo a gabonesa. Nós, do ADI, pedimos a
todos os são-tomenses para pararem com esse clima de xenofobia e de ameaças»,
declarou Abnildo Oliveira, a saída do encontro com o pastor da Maná.
Uma declaração bombástica, tendo
em conta que os são-tomenses são tradicionalmente reconhecidos pelos seus
visitantes como sendo um povo acolhedor.
Patrice Trovoada, Presidente do
partido ADI, nasceu no Gabão, mas foi sempre bem acolhido pelo povo
são-tomense. O momento áureo do acolhimento são-tomense ao Presidente da ADI,
foi em outubro de 2014, quando vários milhares de são-tomenses, foram receber
Patrice Trovoada no aeroporto internacional, e o apelidaram de “Messias”.
A denúncia xenófoba que Abnildo
Oliveira fez contra os são-tomenses, parece não ser inocente. Pois, na sua
comunicação à nação são-tomense na tarde de quarta feira, o Presidente da
República Evaristo Carvalho, também condenou os comportamentos xenófobos, que
segundo o Chefe de Estado, marcaram os últimos acontecimentos no país. «instigando
à violência, à xenofobia e até mesmo ao ódio contra determinados cidadãos»,
referiu Evaristo Carvalho, numa das passagens da sua declaração à nação, onde
atacou os comportamentos sociais dos últimos dias.
Xenofobia entra assim no discurso
político em São Tomé
e Príncipe, país cujo povo durante toda a sua história, foi considerado como
acolhedor, e de comportamento fraterno para com o estrangeiro.
Os são-tomenses na sua maioria
desconhecem quem são os gaboneses que foram vítimas de acções xenófobas no
país. São Tomé e Príncipe não tem nenhuma comunidade de imigrantes gaboneses.
Mas o porta voz da ADI, que denuncia a xenofobia dos são-tomenses para com
gentes de nacionalidade gabonesa, lançou um alerta ao país. «É necessário dizer
que muitos dirigentes do MLSTP estiveram em Libreville. É necessário dizer que
nós, em São Tomé
e Príncipe, temos uma comunidade considerável em Libreville. Vamos
imaginar se os gaboneses começarem a enxovalhar ou a insultar ou a escorraçar
os são-tomenses em Libreville, por serem são-tomenses», advertiu Abnildo
Oliveira.
Sem nunca indicar que cidadão ou
cidadãos gaboneses foram vítimas da xenofobia são-tomense, o porta voz da ADI,
colocou uma questão preocupante. São Tomé e Príncipe não tem capacidade para
acolher os milhares de seus filhos que residem há mais de 40 anos no vizinho
Gabão.
Um caso sério, despoletado no
Diálogo abrangente da ADI com o pastor da Maná. Mas antes de denunciar a
xenofobia são-tomense, o porta voz da ADI, falava do seu chefe. Patrice
Trovoada o Presidente da ADI. «É preciso todos termos a consciência de que o
político mais odiado nos últimos tempos, em São Tomé e Príncipe, é Patrice Trovoada e o político
mais ameaçado em São Tomé
e Príncipe, nos últimos tempos é Patrice Trovoada, e o político mais rejeitado
é Patrice Trovoada», pontuou Abnildo Oliveira.
Abel Veiga | Téla
Nón
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