quinta-feira, 12 de maio de 2022

Angola | MEMORANDO DA INFÂMIA

Tribuna de Angola | opinião

A oposição desleal da UNITA-ACJ e seus associados têm de se decidir. Ou querem concorrer nas eleições ou não querem, e abdicam de participar no processo eleitoral.

O que não pode fazer é estar com “um pé dentro e outro fora”. Diz que participam, mas estão sempre a contestar o processo, que está a ser realizado no mais estrito cumprimento da Constituição e da Lei

Exemplo deste oportunismo desleal é o infame memorando intitulado MEMORANDO SOBRE O PROCESSO ELEITORAL DE 2022 de 6 de Maio de 2022 e aparentemente elaborado pela UNITA, CASA-CE, PRS, FNLA e BD.

Como esta oposição nos tem vindo a habituar, o Memorando é um conjunto confuso de coisas que nada têm a ver com nada, acompanhadas de mentiras e equívocos legais.

O primeiro grande e grave equívoco é o ataque ao poder judicial. A oposição não respeita a independência dos juízes, nem sequer percebe como funcionam os tribunais. Para eles, os juízes só servem para obedecer a Adalberto. Se não fazem isso, são logo contestados. Assim, não é possível ter uma magistratura independente. Se a oposição não respeita o poder judicial, o que resta?

Mais à frente referem a greve dos médicos. Mas o que tem a greve dos médicos a ver com as eleições? Ou será que é “gato escondido com rabo de fora”? Descobre-se que a greve dos médicos está a ser manipulada pela oposição com objectivos inconfessáveis.

Depois, é um rol de queixumes e queixas sem qualquer fundamento nem prova. Repetições de factos sem qualquer ligação.

Percebe-se o jogo da oposição desleal. Não estão nas eleições para ganhar e concorrer lealmente, estão nas eleições apenas para a contestação e querem obter vitórias na secretaria. Não vão conseguir.

No meio disto tudo têm a “lata” de invocar a FPU. A FPU não existe, não tem qualquer base legal, é um arranjo de marketing.

Aí sim, estamos a entrar na mais perfeita ilegalidade. Uma coligação que não existe, está a querer baralhar os eleitores e criar a maior das confusões.

É melhor que as autoridades tomem uma posição sobre a FPU, mais cedo do que tarde.

A FPU é ilegal, ninguém a autorizou, não existe sequer nenhum processo de constituição. É uma provocação à ordem constitucional. Possivelmente, para dizerem que foi proibida, quando o facto é que não foi pedida a sua legalização, nem será, porque tal implicaria o fim da UNITA. Estamos num jogo muito perigoso desta oposição. É preciso estar atento aos truques.

Leia em Tribuna de Angola

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