segunda-feira, 31 de julho de 2023

Quando “designadamente” é intrujice de Costa e milhões para a JMJ são abençoados

Governo de Costa e autarcas esbanjam milhões de euros para receber o Papa e fazer a festarola de propaganda no engano da fé cristã e/ou de outras religiões que se “encostam” ao espectáculo de venda da banha da cobra, assobiando para o lado distraidamente e felizes por suas capacidades de se empenharem em ignorarem que milhões de portugueses estão na penúria sem casas, sem abrigo, sem alimentação adequada, sem trato nem respeito da vivência com a dignidade e justiças que supostamente julgavam alcançar pós 25 de Abril de 1974, assim como quando escutam as promessas de políticos intrujões que lhes mentem durante as campanhas eleitorais para serem eleitos e apossarem-se da governação com maiorias (ou não) que mais se assemelham a ditaduras. 

Não, não há respeito nem contenção em gastos de uns quantos megalómanos que ocupam os poderes. Isso está há vista e no sentir na pele a pobreza e tantas vezes a fome e outras necessidades básicas. Atualmente é o sonegador da democracia e justiça  António Costa que está de serviço. Outro igual ou muito semelhante o virá substituir quando com loas eleitorais e circunstanciais vier governar “democraticamente” o país. Tem sido sempre assim, por isso a bagunça lusa é cada vez maior no que toca ao respeito, dignidade, saúde, educação, justiça, distribuição justa da riqueza, etc. que são devidas ao povo português sempre enganado, prejudicado e mal-pago…

De certeza que poderíamos preencher imensas laudas a referir a triste realidade do quotidiano dos milhões de portugueses pobretanas e miseráveis apesar de os senhores nos poderes esbanjarem milhões a seu bel-prazer e manias doentias de grandezas irreais, mas não o faremos. Este é o Expresso Curto que vem a seguir para deleite dos que se deleitarem ao lê-lo e até visitarem outros temas no Expresso…

Para último deixamos uma palavra que vai dar muito que falar: "designadamente". Palavra que para o PR Marcelo significa "porta entreaberta" na negociação do governo de Costa com os professores vítimas de tratos de polé – como os restantes portugueses. Tal palavra “designadamente” é mais uma chica-espertice da secção cerebral de intrujice do senhor António Costa e de seus apaniguados ministros e de outros iluminados das ilhargas que são farinha do mesmo saco. Quem duvidar deste vaticínio terá a oportunidade de desfrutar do espectáculo que aí vem, das greves e muito maior luta dos professores, dos médicos e outros profissionais daquele setor da saúde. E de muitos mais. Dir-se-á que não há verbas… O costume.

Não há verbas? Nem com os anunciados e prometidos retornos financeiros da JMJ?

Há milhões para tudo e para todos que caiam nas boas graças dos governos. Diz-se desde há muito que a política é uma porca… Não vemos exactamente isso assim. No que acreditamos com provas é que alguns políticos (demasiados) são uns porcos de mentes, de procedimentos e de personalidades intelectualmente desonestas…

Basta. Vamos ao Curto do Expresso. A seguir. Vá ler.

Boa semana. Mas como? Pois. Não sabemos como, queridos plebeus e queridas plebeias neste fartote de trato indigno. Asqueroso.

MM | PG

Palavra do senhor

Pedro Candeias, editor-executivo | Expresso (curto)

Bom dia,

A ideia original era a seguinte: Marcelo Rebelo de Sousa em Vila Viçosa para receber a candidatura da localidade a Património Mundial da UNESCO das mãos do presidente da câmara. Só que, convenhamos, um domingo nunca é um domingo qualquer quando o Marcelo está por perto - de uma assentada só, caíram-nos no colo duas notícias e ainda um par de considerações sobre o país.

A primeira cacha do Presidente da República: o problemático diploma dos seis anos, seis meses e 23 dias que separa professores do Governo irá ser provavelmente promulgado porque António Costa deixou “uma porta entreaberta” com o advérbio “designadamente”. Isto acontece dias depois do chumbo presidencial perante a intransigência governamental em repor os anos em atraso. Marcelo, que aprendeu a “não dizer nunca”, porque há dias em que “Cristo desce à terra”, viu satisfeita a sua vontade: Costa não fecha a hipótese de negociações futuras noutras legislaturas. O Presidente previdente previu que viriam críticas e os sindicatos já se manifestaram “dececionados” com a cedência de Marcelo.

E o exclusivo do Presidente da República: em reação à entrevista do secretário de Estado das Finanças, em que este assumiu que o processo da venda da TAP só será concluído nos primeiros meses de 2024, Marcelo garantiu que até já tinha sido abordado por “alguém” que estava a “trabalhar numa candidatura” para comprar a transportadora. O empreendedor terá confessado que o projeto envolvia portugueses e estrangeiros. Quem era? Não disse e ninguém ficou a saber.

Agora, as considerações.

Depois da manchete do Expresso e da notícia do Público, ambas a denunciar uma quantidade pouco saudável de adjudicações diretas nos contratos para a Jornada Mundial da Juventude, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu os procedimentos da seguinte maneira: foram uma “forma expedita de pôr a JMJ de pé” num país que tinha atravessado “a pandemia” e uma mudança na liderança da CM Lisboa. Uma polémica varrida para debaixo do tapete da fé.

Por falar nisso, o PR comentou a intervenção do artista Bordalo II que estendeu uma “passadeira da vergonha” no altar do Tejo para criticar os gastos públicos com este evento religioso. Para Marcelo, aquela foi “uma crítica com humor”. “Uns gostam, outros não”, sentenciou.

Palavra do senhor.

OUTRAS NOTÍCIAS

A semana santa. Oficialmente, a Jornada Mundial da Juventude arranca na terça-feira e depois seguem-se dias de receções ao Papa, eventos, encontros, homilias, comunhão, mas também se espera confusão, trânsito, contestação e estradas cortadas. Já há vários milhares de jovens de vários pontos do globo espalhados por Portugal, as televisões e os jornais encontrarão sempre pontos de reportagem e histórias para contar e números para contabilizar. O Expresso não será obviamente exceção: a JMJ será acompanhada por um conjunto de jornalistas nos lugares onde tudo acontece. Um deles é a Eunice Lourenço.

Pouco independentes. Um estudo da Pordata sobre os jovens portuguesesentre os 15 e os 24 anos conclui o seguinte: 95% deles vive com os pais (em 2004, eram 86%) e 60% tem um vínculo de trabalho precário. Os especialistas apontam o aumento do preço das casas e os baixos salários como para justificar os resultados.

Será agora? Está marcada para esta segunda-feira (14h) a leitura da decisão instrutória do Caso BES que fora adiada há 20 dias pelo juiz encarregue de a fazer por não estar concluída. Se nada mudar entretanto, saberemos se Ricardo Salgado irá ou não a julgamento no âmbito deste processo.

Zero a zero. Em Espanha, Feijóo escreveu uma carta a Sanchez a pedir uma “reunião” para resolver o impasse político que se vive no país as últimas eleições. Os termos da missiva foram plasmados na X (ex-Twitter); Sanchez disse que aceitaria conversar, mas noutra altura. As contas espanholas não estão fáceis: o PP não tem apoio parlamentar que chegue para formar Governo e o PSOE necessita que os independentistas da Catalunha votem a seu favor.

Guerra na Ucrânia. Zelensky desafiou Putin no seu terreno: “Gradualmente, a guerra está a voltar ao território da Rússia, aos seus centros simbólicos e bases militares, e este é um processo inevitável, natural e absolutamente justo”. No domingo, os russos anunciaram ter abatido três drones em Moscovo. Por outro lado, o “The Wall Street Journal” escreveu sobre a possibilidade de realizar-se uma cimeira pela paz na Arábia Saudita, com a presença da Ucrânia e de outras nações - que não a Rússia. Está tudo aqui.

Pré-época. O Sporting bateu o Villarreal, com Gyökeres em bom plano, o Benfica perdeu com o Feyenoord e somou a segunda derrota consecutiva, e o FC Porto empatou com o Rayo Vallecano e a Tribuna fez-lhe uma pergunta.

FRASES

“Temos de estar preparados para a melhor versão dos EUA”, Francisco Neto, selecionador nacional a propósito do jogo decisivo com as norte-americanas no Mundial Feminino

“Em termos práticos não vai mudar coisíssima nenhuma. Quem sai derrotada é a escola pública” Marques Mendes a criticar a “alteração cosmética” ao diploma dos professores que Marcelo irá promulgar

O QUE ANDO A LER

“Os Últimos Dias de Roger Federer e outros finais”, de Geoff Dyer (ed. Quetzal)

Ainda que o título seja especialmente apelativo para os fãs do melhor tenista de todos os tempos - admitem-se outras opiniões sobre Roger Federer, mas não serão valorizadas neste Expresso Curto -, o livro de Geoff Dyer é mais sobre “os outros finais” do que sobre o antigo atleta de Basileia.

Dyer, um adepto do ténis em particular e do desporto em geral, mas também do cinema, da música rock/pop/clássica, literatura e poesia, escreve sobre os últimos momentos de vários ícones, encadeando acontecimentos com as suas reflexões e a sua relação com os objetos de estudo. Um livro livre.

OS NOSSOS PODCASTS

Para que serve esta jornada? Que Igreja está Francisco a construir? Começa amanhã a Jornada Mundial da Juventude, mas já estão no país milhares de peregrinos. O evento pretende tão só celebrar a juventude ou ir além disso, modernizando a Igreja e dando voz às inquietações dos jovens católicos? Aos que não são católicos pede-se que tenham a paciência de um santo para suportar os constrangimentos causados pela presença do Papa Francisco e um acréscimo de um milhão de visitantes durante toda a semana.

As ondas de choque das eleições em EspanhaA ideia, que parecia relativamente clara, de que o PP ganhava as eleições em Espanha e que formaria governo com a extrema-direita do VOX, caiu por terra. As sondagens falharam redondamente e parece, neste momento, reinar uma aparente ingovernabilidade no país vizinho. Por cá, criaram-se muitas dúvidas quanto ao que poderia ser a inevitabilidade lusitana: a aliança entre PSD e CHEGA. André Ventura foi apanhado em contramão, sendo que se preparava, na sede do VOX, em Espanha, para um resultado diferente e que lhe permitiria antecipar uma espécie de advento em Portugal. Não aconteceu.

Márcia Breia: “Quando se é velho está-se mais inutilizado mas não se pode mandar gente para o lixo” Numa autêntica viagem ao seu percurso pessoal e profissional, Márcia Breia refere que “a felicidade não deve escolher idade” e que talvez seja o seu otimismo incontornável a nortear as decisões que foi tomando na vida. Ensinou umas asneiras a Ruy de Carvalho na novela Nazaré, momentos que lhe rasgam um sorriso ao recordar. Mas hoje vive “cheia de medo”. De todos os amigos que fez, começam a partir aqueles mais próximos da sua idade: “Começo a pensar que um dia destes chega a minha altura, mas não me apetecia”. Fala sobre a velhice e o peso que isso acarreta nos próprios e nos outros. “O fim é uma incógnita dolorosa, mas podia bem não o ser”.

Por hoje é tudo. Acompanhe-nos sempre no Expresso, na Blitz, na Tribuna.

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