O Presidente afirmou que o envio da carta é feito porque António Costa "tem a sensação" de que a Comissão está disponível para "estudar o problema" e que se for assim "pode ser uma boa notícia para Portugal".
Marcelo Rebelo de Sousa voltou hoje a discordar das medidas do Executivo de Costa no que toca à habitação mas afirmou que a carta enviada à Comissão Europeia pode trazer "boas notícias".
"A carta enviada à Comissão
Europeia trata de um problema muito específico dentro da habitação. As minhas
dúvidas eram globais e dizem-se numa palavra: aquilo que foi apresentado, no
momento em que foi apresentado, com o que falta ainda regulamentar e pôr de pé,
é suficiente para produzir efeitos no prazo de tempo pretendido? Eu acho que
não", afirmou este sábado Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas
"O Governo acha que sim: espero que o Governo tenha razão", asseverou, dizendo que a questão da Comissão Europeia é diferente.
"Atendendo à conjuntura vivida, há um problema que diz respeito às rendas e trata-se de sensibilizar a Comissão para dar um tratamento que parece justo àquilo que é a possibilidade de o Governo ter flexibilidade no tratamento quanto a dinheiros que possam ser utilizados no domínio da habitação", afirmou, dando o caso de a inflação subir mais.
O Presidente disse ainda que o envio da carta é feito porque António Costa "tem a sensação" de que a Comissão está disponível para "estudar o problema" e que se for assim "pode ser uma boa notícia para Portugal".
Recorde-se que a ministra da Habitação disse esta sexta-feira que a carta que o Governo fez chegar à Comissão Europeia sinaliza a habitação como uma prioridade que é "transversal a toda a Europa", numa listagem que visa definir "os grandes desafios comuns".
Segundo disse aos jornalistas
Marina Gonçalves, no Entroncamento (Santarém), à margem de uma visita às obras
de reabilitação urbana num bairro de habitação pública, "a carta que o
primeiro-ministro enviou [para a Comissão Europeia] é enviada todos os anos
[desde 2022] para definir aquelas que são as prioridades ao nível
europeu".
A ministra frisou ainda que "o problema de acesso à habitação e o aumento
dos custos é um problema transversal a toda a Europa".
Marta Amorim | Notícias ao Minuto
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