terça-feira, 7 de novembro de 2023

Portugal | ANTÓNIO COSTA DEMITE-SE DEVIDO A CORRUPÇÃO E CONTAS INCERTAS?

António Costa, depois de ir a Belém apresentar a demissão  ao presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chegou há momentos a casa de São Bento. À chegada foi apupado por populares junto à porta de acesso à residência oficial do PM.

Dentro de alguns minutos fará a sua última comunicação ao país na qualidade de PM com maioria, apresentando a sua demissão...

Via Região Sul salientamos o essencial do anúncio da demissão de Costa reportando as suas palavras numa breve conferência de imprensa televisionada. 

Fica certo que o governo de Costa caiu e que Portugal vai para novas eleições após a dissolução do Parlamento, os esclarecimentos cabem ao presidente da República nas palavras que declarará amanhã, dia em que receberá os partidos políticos para consulta sob o tema. Na quinta-feira reunir-se-á o Conselho de Estado (na sua maioria composta pela Brigada do Reumático).

António Costa demitiu-se por lhe terem comunicado que está a ser investigado criminalmente sem ainda o esclarecerem sobre as suspeitas e/ou indícios do crime que lhe cabem.

O que disse António Costa aos jornalistas na residência oficial do Primeiro-Ministro, a seguir.

António Costa: “Obviamente, apresentei a minha demissão”

José Mateus Moreno | Região Sul | Imagem: António Costa (Foto: Euronews)

Primeiro-ministro demissionário considera que o exercício do cargo não é compatível com a existência de suspeitas, segundo noticia a Euronews.

António Costa apresentou a demissão.

O primeiro-ministro demissionário considera que o exercício do cargo não é compatível com a existência de qualquer suspeita. O pedido de demissão ainda precisa de ser aceite pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Em declaração aos portugueses, António Costa disse que não lhe pesava qualquer atividade ilícita ou censurável na consciência e mostrou-se disponível para colaborar com a justiça. Disse também que não conhecia o motivo da investigação.

António Costa está a ser investigado devido às concessões de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas) e de um projeto de central de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines.

Em causa poderão estar factos suscetíveis de constituir crimes de prevaricação, de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência, segundo notícia a Euronews.

António Costa, que liderava o governo desde 2015, já anunciou que não se iria recandidatar.

Chefe de gabinete de António Costa detido e ministros arguidos após buscas da PSP em São Bento

A residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e vários ministérios foram alvo de buscas na manhã desta terça-feira. Esta operação, de acordo coma notícia veiculada pela Euronews, foi levada a cabo pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e a PSP. 

O chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, o empresário  e amigo de Costa, Diogo Lacerda Machado, o presidente da câmara, Nuno Mascarenhas, Afonso Salema, CEO do Start Campus de Sines e Rui Oliveira Neves, Diretor Jurídico e de Sustentabilidade do Start Campus de Sinesforam detidos na operção policial desta manhã. 

Outros ministros também deverão ser constituídos arguidos como João Galamba, Duarte Cordeiro (ministro do Ambiente) e João Pedro Matos Fernandes (ex-ministro do Ambiente) deverão ser constituídos arguidos neste processo, segundo a notícia avançada pela Euronews.

As diligências foram confirmadas pela assessoria de imprensa do chefe do executivo, António Costa, que acrescentava, em comunicado, que não se pronunciam "sobre a ação da justiça".

Em janeiro, a Procuradora Geral da República tinha já confirmado que estava a decorrer uma investigação.

"Não, não me vou recandidatar ao cargo de primeiro-ministro"

De acordo com a notícia veiculada pela SIC Notícias, entretanto António Costa manter-se-à em funções

A garantia de que não se vai recandidatar foi deixada por António Costa nas perguntas aos jornalistas, assegurando que se manterá em funções até chegar “quem me vai substituir”.

Questionado sobre se o Presidente da República tentou demovê-lo da sua decisão, António Costa garantiu que “não questionou as minhas razões e compreendeu-as de imediato".

Quanto ao que o Presidente Marcelo vai fazer, isso caberá ao próprio, esclareceu.

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