Manifestantes pedem "trabalho, igualdade, ambiente, escola pública" e o "aumento real dos salários" nos cartazes no desfile até ao Rossio. PS e BE apontam o dedo ao Chega, enquanto a Associação 25 Abril critica os "saudosistas da ditadura".
Na Avenida da Liberdade, em Lisboa, milhares de pessoas participam na tarde desta terça-feira no tradicional desfile popular do 25 de Abril.
Cerca de uma hora antes do início do desfile, marcado para as 15:00, a zona do Marquês de Pombal já estava ocupada por cidadãos, identificados com partidos políticos e anónimos, com cravos vermelhos, apitos, megafones, tambores e faixas com palavras de ordem.
Ao longo do percurso havia já também largas dezenas de populares, aproveitando a sombra, e a aguardar também a passagem do cortejo para entrar no desfile.
Pede-se "trabalho, igualdade, ambiente, escola pública" e o "aumento real dos salários" no muitos cartazes empunhados por pessoas que se vão movimentando ao logo da avenida, antes mesmo do início oficial do desfile.
Cidadãos anónimos, cravo ao peito ou nas mãos, também traziam apitos e cartazes, onde se lia "Liberdade de expressão",
"A liberdade conquista-se todos os dias", "Orgulhosamente livre", "Há alturas em que e preciso desobedecer", referem outras mensagens.
Entre os manifestantes, a pouco mais de meia hora para do início do desfile era já bem audível o som do protesto de algumas centenas de professores a ocupar a lateral do Marquês, na rua Braamcamp, atrás de uma faixa do Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP), onde se pode ler "Só não há dinheiro para quem trabalha".