quinta-feira, 28 de abril de 2011

RAPIDINHAS DO MARTINHO – 05




MARTINHO JÚNIOR

NOTÍCIAS DUM HOSPITAL “DESCARTÁVEL”

Tem sido “normal” em Angola todo o tipo de descartáveis: estradas, pontes, construções de todo o tipo, até… hospitais.

O Hospital Geral de Luanda não chegou a fazer 5 anos, teve de fechar pois abriu fissuras e constatou-se que havia riscos de ruir: quem o concebeu não utilizou arquitecturas, engenharias e materiais ao nível da exigência dum hospital para perdurar pelo menos uns 20 anos e eis que se produziu um edifício “majestosamente descartável”…

Agora vão pegar nele e repará-lo, de acordo com as notícias correntes.

Nada se diz sobre como ficou a questão em relação à empresa construtora que entregou o edifício “chave na mão” e ainda aqui o submarino Tribunal de Contas está em evidência pela sua acústica: não se sente, não se vê, não se ouve…

O “hospital descartável” inaugurado em 2006 e fechado recentemente, terá orçado em 8 milhões de dólares, mas as reparações, mais a clínica pediátrica afinal em quanto vão orçar?

As reparações por causa das falhas de concepção quem é que as vai pagar?

Que medidas concretas foram aplicadas em relação aos empreiteiros que o entregaram de ânimo leve?

Que medidas concretas foram aplicadas à fiscalidade que foi feita à construção?

Por que razão não há suficiente informação pública sobre este tipo de casos?

Quem tem beneficiado e quer continuar a beneficiar com o segredo dos orçamentos?

Num país ainda com os mais elevados índices de mortalidade, quem anda a brincar aos hospitais?

Quem está interessado em continuar com uma “saúde mercenária ao serviço do mercado”?

Porquê?

Martinho Júnior - 25 de Abril de 2011

HOSPITAL GERAL DE LUANDA SERÁ RESTAURADO EM JUNHO


Luanda - O Hospital Geral de Luanda, encerrado desde Julho do ano passado por falta de segurança na sua estrutura física, entrará em obras de restauro em Junho do corrente ano, informou a directora provincial da Saúde, Isabel Massokolo.
  
A responsável da Sáude, que falava à Angop no último fim-de-semana, acrescentou que na mesma ocasião será inaugurado o bloco pediátrico do hospital.
  
Isabel Massokolo não revelou a empresa que assumirá as obras, mas uma fonte hospitalar garantiu que a remodelação estará a cargo da Empresa Nacional de Engenharia e Projectos.

Construído por técnicos chineses, num orçamento de oito milhões de dólares norte-americanos, a unidade possui dois pisos e ocupa uma área de 800 mil metros quadrados, num terreno de cinco hectares, e está dotado de salas de internamento, consultas externas e de especialidades, uma morgue e cozinha.
   
Na unidade sanitária funcionaram as especialidades otorrinolaringologia, dermatologia, pediatria, neurologia, oftalmologia, fisioterapia, entre outras.
   
O edifício contempla também áreas reservadas à administração, refeitório, um centro materno-infantil, maternidade, três blocos operatórios, raio X, parque de estacionamento de viaturas e uma lavandaria.
   
O Hospital Geral de Luanda, erguido no município do Kilamba Kiaxi, foi inaugurado em Fevereiro de 2006.

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