quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Timor-Leste: NOVA ZELÂNDIA REFORÇA COOPERAÇÃO, NÃO ÀS MISSÕES DA ONU

 

 
MNE neozelandês assina vários acordos de cooperação, em diversos setores
 
19 de Setembro de 2012, 09:57
 
Díli,19 set (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Nova Zelândia, Murray McCully, iniciou hoje uma visita de dois dias a Timor-Leste com a assinatura de acordos para aumentar a cooperação entre os dois países em vários setores, nomeadamente na educação.
 
"Temos com a Nova Zelândia uma excelente cooperação", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Luís Guterres, em declarações à agência Lusa, no final da assinatura do acordo.
 
"Nós valorizamos imenso o apoio da Nova Zelândia e temos excelentes laços de cooperação que queremos desenvolver mais ainda", disse, acrescentando que Timor-Leste pretende abrir embaixada naquele país em 2013.
 
Segundo José Luís Guterres, as autoridades neozelandesas estão empenhadas em formar a polícia comunitária timorense, reforçar a cooperação na educação e em "explorar oportunidades" no apoio ao setor da gestão florestal, pecuária, pescas.
 
O chefe da diplomacia timorense disse também que Timor-Leste vai apoiar a candidatura da Nova Zelândia a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU.
 
"Este é um novo capítulo nas relações entre os nossos países e reflete um novo capítulo na história do vosso país", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Nova Zelândia, no final da assinatura do acordo.
 
Segundo Murray McCully, nos próximos meses vão haver mudanças significativas no país e os vizinhos próximos de Timor-Leste têm a obrigação de apoiar as autoridades timorenses.
 
A Nova Zelândia coopera com as autoridades timorenses desde 1999 e integra a Força de Estabilização Internacional, destacada no país e liderada pela Austrália, com cerca de 100 militares, bem como a Missão Integrada da ONU (UNMIT), que termina em dezembro.
 
Durante a sua estada em Timor-Leste, que termina quinta-feira, Murray McCully terá ainda encontros com o Presidente timorense, Taur Matan Ruak, o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e o representante do secretário-geral da ONU para o país, Finn Reske-Nielsen.
 
MSE.
 
Autoridades dizem não a missões da ONU
 
20 de Setembro de 2012, 19:17
 
Díli, 20 set (Lusa) -- O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, disse hoje que as autoridades decidiram transmitir às Nações Unidas que não pretendem mais missões da organização no país, mas querem estabelecer uma relação inovadora de cooperação.
 
"Nós, na carta que escrevemos, dizemos que não a missões, nem políticas, nem de paz, nós gostaríamos de estabelecer com as Nações Unidas umas relações inovadoras de cooperação", afirmou à agência Lusa o primeiro-ministro timorense.
 
Xanana Gusmão falava à Lusa no final de uma reunião na Presidência, entre as autoridades timorenses e o representante do secretário-geral da ONU no país, Finn Reske-Nielsen.
 
No encontro, o governo entregou ao representante do secretário-geral da ONU uma carta, onde o Estado timorense agradece a ajuda dada pela organização a Timor-Leste e é explicada a visão das autoridades sobre o futuro das relações entre as Nações Unidas e o país.
 
Atualmente, a ONU tem no país uma missão de manutenção de paz, a Missão Integrada da ONU para Timor-Leste, cujo mandato termina a 31 de dezembro.
 
Sobre a "relação inovadora" que Timor-Leste pretende ter com a ONU, Xanana Gusmão explicou que passa pela existência de um "enviado especial" que se deslocasse regularmente ao país.
 
"Um enviado especial (...) que tivesse uma ligação direta com o secretário-geral para abordarmos problemas de coordenação e avanços. Este teria um mandato de dois anos para depois fecharmos tudo o que ficou pendente", disse.
 
Segundo Xanana Gusmão, Timor-Leste não quer mais ser assunto da agenda do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
 
"Fechamos já o capítulo de insegurança, de tudo isso, [e passámos] para um novo capítulo de desenvolvimento", disse, acrescentando que o país precisa de ajuda para fortalecer as instituições do Estado e para o desenvolvimento.
 
MSE.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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