ND – ARA – Lusa,
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Lisboa, 05 nov
(Lusa) - O antigo governante Freitas do Amaral afirmou hoje que, "com esta
receita", Portugal vai enfrentar "um segundo, um terceiro, um quarto
e um quinto" resgates, alertando que o país está "a seguir a Grécia
com um ano de atraso".
O fundador do CDS
considera que, "com esta receita que a 'troika' (União Europeia e Fundo
Monetário Internacional) impõe, é claro que tem de haver cortes na despesa e é
claro que tem de haver aumentos da receita", uma política que "vai
conduzir a um caminho cada vez mais fundo" e que implicará "um
segundo, um terceiro, um quarto e um quinto" resgates financeiros.
Para Diogo Freitas
do Amaral, que falava esta noite numa conferência organizada em Lisboa pelo
eurodeputado centrista António Ribeiro e Castro, Portugal está "a seguir o
caminho da Grécia com um ano de atraso".
"A Grécia está
à beira do terceiro [resgate] e nós estamos à beira do segundo", afirmou,
acrescentando que "esta receita está errada e, enquanto não for
modificada, vai ser sempre pior".
Diogo Freitas do
Amaral considerou ainda que "o sistema político português está
bloqueado", porque "o Governo não é capaz de retificar um único erro,
não é capaz de negociar com voz grossa com a 'troika' e com as potências que
estão por trás da 'troika', o Presidente da República entende que não deve
intervir, o Parlamento não tem capacidade para destituir o Governo e o CDS foi
entalado e não pôde demarcar-se do PSD. como chegou a desejar".
Ora, num contexto
de "bloqueio" do sistema político, "o único sinal de esperança
em Democracia, quando um Governo governa mal, é [convocar] eleições",
defende o antigo governante e candidato à presidência da República.
"Não digo que
devam ser feitas agora. Agora temos de discutir e votar o Orçamento",
explicou, considerando que "a partir de janeiro, no momento em que o
Presidente da República, as forças políticas e o Conselho de Estado entenderem
que é mais oportuno para o país", essa questão deve ser considerada.
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