domingo, 28 de abril de 2013

Primeira exportação de gás natural angolano ainda sem data e dependente de testes




EL – GC - Lusa

Luanda, 27 abr (Lusa) - A primeira exportação de gás natural angolano continua sem data marcada e dependente dos testes de processamento em curso, noticiou hoje o Jornal de Angola.

Segundo o diário estatal angolano, que cita o diretor do Desenvolvimento do Projeto Angola LNG, Modesto Laurentino Silva, os resultados dos testes de processamento que decorrem na fábrica, localizada no município do Soyo, província do Zaire, estão a condicionar o primeiro carregamento de gás natural liquefeito.

O jornal não avança mais detalhes.

A primeira exportação de gás natural tem sofrido sucessivos adiamentos.

O projeto constitui o maior investimento feito após a independência em Angola, no valor global de oito mil milhões de euros.

Em janeiro de 2012, em comunicado de imprensa, a Sonangol anunciou que o projeto Angola LNG devia começar a produzir gás até ao final do primeiro trimestre e que os equipamentos já se encontravam na fase de testes.

Cerca de três meses depois, a nova data foi avançada pelo ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, que remeteu a primeira exportação para finais de junho.

Botelho de Vasconcelos disse então que o teste do primeiro carregamento seria efetuado em maio.

Os planos iniciais de exportação do gás natural angolano apontavam para o mercado norte-americano, mas as recentes descobertas deste combustível nos Estados Unidos obrigaram Angola a redirecionar o mercado de exportação, tendo optado pelo asiático, dada a competitiva diferença de preços.

No caso dos Estados Unidos, cada unidade BTU (British Termal Unit) seria vendida a dois dólares, enquanto no mercado europeu os valores já subiriam para os seis a oito dólares, mas o mercado asiático, designadamente o Japão, permitirão vender cada BTU acima dos 13 dólares.

Lançado em 2007 para aproveitar o gás natural resultante da exploração petrolífera, evitando a sua queima, o projeto Angola LNG reúne a Chevron (36,4 por cento), Sonangol (22,8 por cento), BP Exploration (13,6 por cento), ExxonMobil (13,6 por cento), e Total (13,6 por cento) e representa um investimento de 10 mil milhões de dólares (cerca de 8 mil milhões de euros).

O projeto Angola LNG deverá garantir a entrada de Angola no Fórum de Países Exportadores de Gás (GECF), que tem apenas cinco membros africanos, nomeadamente Argélia, Egito, Guiné Equatorial, Líbia e Nigéria.

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