EL – GC - Lusa
Luanda, 27 abr
(Lusa) - A primeira exportação de gás natural angolano continua sem data
marcada e dependente dos testes de processamento em curso, noticiou hoje o
Jornal de Angola.
Segundo o diário
estatal angolano, que cita o diretor do Desenvolvimento do Projeto Angola LNG,
Modesto Laurentino Silva, os resultados dos testes de processamento que
decorrem na fábrica, localizada no município do Soyo, província do Zaire, estão
a condicionar o primeiro carregamento de gás natural liquefeito.
O jornal não avança
mais detalhes.
A primeira
exportação de gás natural tem sofrido sucessivos adiamentos.
O projeto constitui
o maior investimento feito após a independência em Angola, no valor global de
oito mil milhões de euros.
Em janeiro de 2012,
em comunicado de imprensa, a Sonangol anunciou que o projeto Angola LNG devia
começar a produzir gás até ao final do primeiro trimestre e que os equipamentos
já se encontravam na fase de testes.
Cerca de três meses
depois, a nova data foi avançada pelo ministro dos Petróleos, Botelho de
Vasconcelos, que remeteu a primeira exportação para finais de junho.
Botelho de
Vasconcelos disse então que o teste do primeiro carregamento seria efetuado em
maio.
Os planos iniciais
de exportação do gás natural angolano apontavam para o mercado norte-americano,
mas as recentes descobertas deste combustível nos Estados Unidos obrigaram
Angola a redirecionar o mercado de exportação, tendo optado pelo asiático, dada
a competitiva diferença de preços.
No caso dos Estados
Unidos, cada unidade BTU (British Termal Unit) seria vendida a dois dólares,
enquanto no mercado europeu os valores já subiriam para os seis a oito dólares,
mas o mercado asiático, designadamente o Japão, permitirão vender cada BTU
acima dos 13 dólares.
Lançado em 2007
para aproveitar o gás natural resultante da exploração petrolífera, evitando a
sua queima, o projeto Angola LNG reúne a Chevron (36,4 por cento), Sonangol
(22,8 por cento), BP Exploration (13,6 por cento), ExxonMobil (13,6 por cento),
e Total (13,6 por cento) e representa um investimento de 10 mil milhões de
dólares (cerca de 8 mil milhões de euros).
O projeto Angola
LNG deverá garantir a entrada de Angola no Fórum de Países Exportadores de Gás
(GECF), que tem apenas cinco membros africanos, nomeadamente Argélia, Egito,
Guiné Equatorial, Líbia e Nigéria.
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