Luís Claro – jornal
i
BE vê no novo
partido mais um factor de divisão da esquerda
A criação de um
novo partido não foi bem recebida pela esquerda. A coordenadora do BE, Catarina
Martins, defendeu que, nesta altura, não faz sentido discutir o aparecimento de
mais uma força partidária. "No BE discutimos projectos de sociedade,
discutimos a construção de maiorias sociais para a alternativa. Estar agora a
discutir outras coisas não nos parece que faça sentido", defendeu Catarina
Martins, um dia depois de Rui Tavares, que há quatro anos concorreu às eleições
europeias nas listas do BE, ter anunciado que vai fazer um partido chamado
LIVRE.
Questionada sobre
se o novo partido poderá captar votos ao BE, Catarina Martins foi evasiva na
resposta: "A política faz- -se por propostas, faz-se por projectos de
sociedade, não se faz por uma ideia de concorrência, isso não tem
sentido."
João Semedo já
tinha reagido com desagrado à ideia de criar mais um partido de esquerda. Em
Novembro, quando Rui Tavares admitiu em entrevista ao i criar uma nova força
política, Semedo defendeu que "qualquer solução desse tipo, só vem
dividir, não vem ajudar a juntar forças". "Não creio que seja esse o
caminho. A esquerda tem é de se entender", disse João Semedo.
A ideia não mereceu
grandes comentários ao líder do PCP. "Mais ao meio ou mais ao lado, eu não
sei. Enfim, não quero comentar. Tal como não comentei o surgimento de vários
partidos", disse Jerónimo de Sousa na cidade de Évora.
Mais crítico foi o
deputado comunista Miguel Tiago que, no Facebook, preferiu encarar com humor o
aparecimento de mais uma força política em Portugal. "O BE viu-se LIVRE do
Rui Tavares. Mas os portugueses não têm a mesma sorte", escreveu o
deputado comunista. com Lusa
Leia mais em jornal
i
Sem comentários:
Enviar um comentário