O deputado
comunista Jorge Machado disse, esta quinta-feira, que o novo modelo de cortes
nas pensões em estudo pelo Governo vai fazer com que sejam os reformados a
pagar erros da política económica, sendo, por isso, inaceitável.
"O Governo
prepara-se, relativamente ao valor das reformas, para fazer o mesmo que fez
relativamente à idade da reforma, isto é, pôr a inflação e o PIB [Produto
Interno Bruto] a determinar uma redução da reforma", afirmou Jorge Machado
em declarações à Lusa.
Segundo o deputado
comunista, este caminho tem por objetivo "pôr os reformados a pagar pelas
asneiras do Governo relativamente à política económica".
Uma fonte do
Ministério das Finanças avançou, na quarta-feira, que o Governo está a avaliar a possibilidade de aplicar a CES de forma permanente,
devendo o impacto da medida ser quantificado no Documento de Estratégia
Orçamental em abril.
Esta possibilidade
de tornar a CES definitiva está a ser avaliada pelo grupo de trabalho nomeado
pelo Governo no início do ano e que deverá apresentar ao executivo cenários
para "traçar pistas para uma reforma global do sistema de segurança
social".
De acordo com a
mesma fonte, o grupo de especialistas está "a tentar criar um 'mix' de
políticas que permita que essa evolução [da eventual aplicação definitiva da
CES] seja vista como um ajustamento, que possa variar de acordo com
determinados indicadores", embora o indicador a aplicar "tenha de ser
estudado".
Jornal de Notícias –
foto Eduardo Negrão/Global Imagens
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