Mário Motta, Lisboa
Cavaco visita o
grande irmão chinês e enche a boca com a pseudo saída limpa de Portugal perante
a troika, que alegadamente se vai embora de Lisboa este mês. O que que Cavaco
omite é que os portugueses estão a sobreviver muito pior agora do que antes e
que também ele tem responsabilidades no sorvedouro que representa enquanto
político no desempenho de funções que somam duas décadas – primeiro-ministro e
presidente da República. A começar, atualmente, por gastar mais como PR que o
rei de Espanha e outros em países europeus a desempenhar cargos similares. Para
ele, Cavaco, a crise não existe. Nem existem esfomeados, nem portugueses
sem-casa ou com casa mas sem a mínima possibilidade financeira de consumirem
bens básicos como o gás (para cozinhar), a eletricidade (propriedade atual do
grande irmão chinês – EDP), ou até mesmo o bem precioso que é a água. A comida
é igualmente um bem escasso, raro ou inexistente. Portugal está a voltar ao
tempo salazarista sob a presidência de Cavaco Silva. Uma sardinha tem de bastar
para três e assim é dividida. E vá lá, já não é mau – pensam os pobres de espírito
como Cavaco. Pior são os milhares que nem uma sardinha têm para dividir e comer
sendo então obrigados a despir a sua dignidade e recorrer à sopa dos pobres nas
implementadas cantinas sociais que a caridadezinha governativa não se
envergonha de elogiar – que já está a ser um negócio macabro para alguns
“benfeitores”, além de uma obsessão do ministro Mota, do CDS, que ocupa a pseudo
segurança social.
E por lá anda
Cavaco (com vasta comitiva) na China e nas loas. Na boa-vai-ela. Pago pelos
portugueses espoliados e famintos. Talvez angariando negócios e “negócios” na
fartura do grande irmão chinês onde o trabalho infantil e outras injustiças são comuns. Flagrantes e inadmissíveis violações dos Direitos Humanos - razoado de preceitos básicos que são
coisa que não é para cumprir. Faltar a estes direitos também será a ambição de Cavaco e do seu governo (pela prática):
proporcionar aos trabalhadores algo semelhante ao esclavagismo com as vantagens
a correr como rio caudaloso e célere para as contas bancárias dos amigões (e
não amigões) grandes empresários, banqueiros, doutores da mula-ruça e outros
que tais do seu séquito.
E o grande irmão
chinês, ao ver os definhados trabalhadores portugueses, lá virá com uns quantos
dólares ou euros investir e fazer crescer a China até à Europa, mais
precisamente Portugal. Um país semelhante à Porcalhota*, onde uma elite
resfastelada na ganância, na avareza e na mentira, se refere a uma pseudo "saída
limpa" e num “Portugal que está melhor”. Melhor para as elites, isso sim. Os
saques têm sido constantes, à medida das imposições sacrificiais do governo de
Cavaco Silva chefiado por Passos Coelho e Portas. O resto é ficção para enganar
português e pôr-lhe os olhos em bico, ao agrado e semelhança do grande irmão
chinês.
Pôr mais na escrita
sobre este escalavrado político nem merece mais uma linha. A impregnação do seu
salazarismo leva-nos ao vómito se se abusar ao escrever ou verbalizar demasiado
o nome de Cavaco Silva – o PR só de alguns, de muito poucos.
Vá, senhores da China, venham lá explorar o trabalho dos portugueses com salários de miséria e fome de criar bicho. Correspondendo à vontade dos vendilhões do país que agora vos visitam com toda a pompa e circunstância. Despudoradamente.
*Porcalhota –
aglomerado imundo e descrito por alguns autores portugueses em romances da era
queirosiana. Localidade real que era terreola situada nos arredores de Lisboa,
entre a Venda Nova e a Amadora. Imperava a miséria, a imundice a pobreza
imposta como na atualidade. Enquanto uma elite desumana, avara e gananciosa se
resfatelava na abundância, na boa-vida e na boa-vai-ela.
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