quarta-feira, 28 de maio de 2014

Portugal disponível para colaborar nas negociações entre Frelimo e Renamo




O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, afirmou hoje que Portugal está disponível para colaborar nas negociações entre a Frelimo e a Renamo, Em Moçambique, "se as duas partes acharem conveniente".

Lisboa, 27 mai (Lusa) - O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, afirmou hoje que Portugal está disponível para colaborar nas negociações entre a Frelimo e a Renamo, Em Moçambique, "se as duas partes acharem conveniente".

Falando na comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros, o governante disse que o Governo português tem esperança de que as negociações entre a Frelimo, partido no Governo, e a Renamo, principal partido da oposição, "vão chegar a bom termo".

"Manifestámos a nossa disponibilidade para que, se eventualmente ambas as partes quisessem, pudéssemos dar alguma ajuda, como outros países darão. Não estamos particularmente interessados em participar, apenas nos interessa o serviço. Se as duas partes acharem conveniente, participaremos", afirmou Rui Machete.

Nos últimos meses, conflitos armados entre o exército moçambicano e homens da Renamo fizeram reaparecer o espectro de um regresso à guerra civil, que destruiu o país entre 1976 e 1992. Atualmente, as duas partes encontram-se em conversações.

Durante a audição, o deputado do PS Paulo Pisco questionou o ministro sobre se já estão normalizadas as relações entre Portugal e Angola, depois de o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, ter anunciado o fim da parceria estratégica com Lisboa, em outubro do ano passado, levando à suspensão da primeira cimeira bilateral, prevista para o início deste ano.

"Recebi um convite para visitar Angola e naturalmente ser recebido pelo senhor Presidente da República Angolana", indicou Rui Machete, acrescentando que falta apenas definir a data da deslocação.

Quanto aos encontros entre os dois governos, o ministro respondeu que "as coisas estão a andar".

"Se as reuniões vão ser rotuladas de uma maneira ou de outra é um problema menor, desde que as matérias e as pessoas tenham a competência jurídica e técnica adequadas para a resolução dos problemas".

JH // ARA - Lusa

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