O líder dos
protestos antigovernamentais que durante oito meses tiveram lugar em
Banguecoque e noutras partes da Tailândia, Suthep Thaugsuban, foi acusado hoje
dos crimes de homicídio e tentativa de homicídio por causa de manifestações em
2010.
Em causa está o
papel desempenhado por Thaugsuban durante as manifestações dos "camisas
vermelhas" em 2010, quando era vice primeiro-ministro.
Depois de abandonar
o Governo em 2011 e, já na oposição, o parlamento e o Partido Democrata em
dezembro de 2013, Thaugsugan assumiu-se como o maior líder dos protestos
antigovernamentais que culminaram no golpe de Estado de 22 de maio deste ano.
Até hoje, Suthep
Thaugsugan não tinha comparecido em tribunal por alegar que estava demasiado
ocupado com os protestos, mas desta vez apresentou-se escoltado por soldados
perante o juiz, que lhe concedeu liberdade após pagamento de fiança, noticia a EFE,
citando o Bangkok Post.
O acusado terá que
regressar ao tribunal no dia 28 de julho para o início do julgamento.
Em 2010, os
protestos dos "camisas vermelhas" para derrubar o Governo integrado
por Thaugsugan tiveram lugar no centro de Banguecoque e duraram mais de dois
meses, resultando em 92 mortos (entre os quais um jornalista italiano) e cerca
de 1.800 feridos.
O então
primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, também do Partido Democrata, enfrenta as
mesmas acusações que Suthep Thaugsugan, mas o seu processo avança com maior
rapidez, já que Vejjajiva sempre demonstrou maior colaboração com a justiça.
Sobre Thaugsugan
recaem ainda dois mandados de detenção, um por destruição de propriedade
pública, emitido a 28 de novembro de 2013, e outro por sedição, emitido a 02 de
dezembro de 2013.
Os protestos
acabaram com o golpe de Estado de 22 de maio, liderado pelo chefe do Exército,
Prayuth Chan-ocha.
O rei da Tailândia,
Bhumibol Adulyadej, reconheceu hoje a intervenção militar e deu autoridade a
Chan-ocha para dirigir o país.
Lusa, em Notícias
ao Minuto
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