Diário
de Notícias, ontem
O
candidato à liderança do PS, António Costa, defendeu hoje que os portugueses
esperam que o partido tenha capacidade para vir a travar o retrocesso social
que o Governo tem vindo a implementar no país.
"O
que os portugueses pedem ao PS é que seja capaz de travar a ação deste Governo,
de por um ponto final na trajetória de retrocesso social que tem estado a ser
implementada no país. É um processo de empobrecimento coletivo; de destruição
de empresas, emprego e da agricultura; de enfraquecimento dos direitos de quem
trabalha e perda de direitos de quem está a trabalhar ou está reformado",
alegou.
Na
sua intervenção de 30 minutos numa sessão com militantes e simpatizantes, que
decorreu ao fim do dia em Mangualde, António Costa sublinhou que o PS tem de
contribuir para que o país recupere "uma lógica de solidariedade".
"Todos
nós queremos o melhor para os nossos filhos, mas é absolutamente inaceitável
que o Governo nos queira colocar a ter de optar entre o futuro dos nossos
filhos e o presente dos nossos pais, que com tanto sacrifício nos criaram e
contribuíram para o desenvolvimento do país", acrescentou.
O
dirigente socialista realçou que os portugueses pretendem que o PS constitua um
governo que devolva o orgulho e a dignidade ao país, batendo-se na Europa pela
defesa dos interesses nacionais.
Defendeu
ainda que é preciso combater a crise atacando as suas causas, propondo para tal
a construção uma agenda concreta, que possa servir de base aos compromissos
políticos, concertação social e mobilização da sociedade ao longo da próxima
década.
A
agenda que propõe assenta em quatro pilares: reforço da coesão social; aposta
na modernização do tecido empresarial e da administração; investimento na
cultura, ciência e educação; e aposta na valorização dos recursos nacionais.
"Proponho
uma nova agenda que supere a asfixia do curto prazo, a lógica das vistas
curtas. Se nos fixarmos num objetivo para uma década e nos comprometermos
durante este anos a trabalhar afincadamente as causas profundas do nosso
atraso, daqui por 10 anos poderemos dizer que valeu a pena e que olhamos o
futuro com nova esperança", concluiu.
CMM
// PGF - Luis Pardal / Global Imagens
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