segunda-feira, 30 de junho de 2014

António Costa: "Portugueses pedem ao PS para travar este Governo"



Diário de Notícias, ontem

O candidato à liderança do PS, António Costa, defendeu hoje que os portugueses esperam que o partido tenha capacidade para vir a travar o retrocesso social que o Governo tem vindo a implementar no país.

"O que os portugueses pedem ao PS é que seja capaz de travar a ação deste Governo, de por um ponto final na trajetória de retrocesso social que tem estado a ser implementada no país. É um processo de empobrecimento coletivo; de destruição de empresas, emprego e da agricultura; de enfraquecimento dos direitos de quem trabalha e perda de direitos de quem está a trabalhar ou está reformado", alegou.

Na sua intervenção de 30 minutos numa sessão com militantes e simpatizantes, que decorreu ao fim do dia em Mangualde, António Costa sublinhou que o PS tem de contribuir para que o país recupere "uma lógica de solidariedade".

"Todos nós queremos o melhor para os nossos filhos, mas é absolutamente inaceitável que o Governo nos queira colocar a ter de optar entre o futuro dos nossos filhos e o presente dos nossos pais, que com tanto sacrifício nos criaram e contribuíram para o desenvolvimento do país", acrescentou.

O dirigente socialista realçou que os portugueses pretendem que o PS constitua um governo que devolva o orgulho e a dignidade ao país, batendo-se na Europa pela defesa dos interesses nacionais.

Defendeu ainda que é preciso combater a crise atacando as suas causas, propondo para tal a construção uma agenda concreta, que possa servir de base aos compromissos políticos, concertação social e mobilização da sociedade ao longo da próxima década.

A agenda que propõe assenta em quatro pilares: reforço da coesão social; aposta na modernização do tecido empresarial e da administração; investimento na cultura, ciência e educação; e aposta na valorização dos recursos nacionais.

"Proponho uma nova agenda que supere a asfixia do curto prazo, a lógica das vistas curtas. Se nos fixarmos num objetivo para uma década e nos comprometermos durante este anos a trabalhar afincadamente as causas profundas do nosso atraso, daqui por 10 anos poderemos dizer que valeu a pena e que olhamos o futuro com nova esperança", concluiu.

CMM // PGF - Luis Pardal / Global Imagens

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