Carlos
Semedo – Téla Nón, opinião (st)
Meus
Caros
Pinto
marcou a data das eleições!
O
coro de “janizaros” já se não faz ouvir!
Afinal
onde estão as derivas para a ditadura que motivaram uma alegada queixa ao TPI?
Afinal estas derivas não estarão na “massa do sangue” dos que a esgrimem
durante e enquanto nisso têm interesse e depois se escondem para “chocar”
mais ovos podres?
A
democracia que antes estava em perigo deixou de estar?
Entendo
que os erros do passado devem estar sempre presentes quando refletimos sobre o
“presente” e o “futuro”, por isso as lições da história devem sempre ser
tiradas.
A
minha posição atual sobre Pinto da Costa, como éda “lei da vida” foi mudando.
Quando
jovem licenciado por Coimbra em 1978, recusei ir para o nosso paÍs, porque
disse ao tempo ao “Ginho”, ministro da educação de Pinto da Costa que queria
falar e pensar “livremente”, o que não me seria permitido na altura.
Existiram
erros de governação, certo, erros de formação e orientação política claro,
erros e desvios de “ditadura” de partido único, concordo.
Ficou
tudo na mesma? Não! e por isso, evoluí como é fruto da análise, da reflexão e da
experimentação!
Qual
foi o primeiro dirigente africano dos países saídos do colonialismo e que
governaram em ditadura do partido único, a abrir o pais ao pluralismo e
dar caminho à democracia? Pinto da Costa, no que foi seguido pelos
caboverdeanos.
Porque
então só culpar Pinto da Costa dos desvarios e desmandos dos políticos do
pluralismo de 1991 até à data ?
Dos
desgovernos e erros de Gabi? Se ele governa com o apoio parlamentar, porque
culpar unicamente Pinto da Costa e não culpar os partidos que estão com assento
parlamentar e viabilizam a governação? E onde para a oposição do partido mais
votado? Mostrem, sem gritos ou murros, uma ação de oposição, consequente,
inteligente e credível!
E
reflitam, mesmo os que são ou foram a favor do Diálogo Nacional!! Ah e também
os que estiveram e estão contra.
Qual
o atual dirigente africano que tem a coragem de se “expor” no meio do seu
“povo” pelo menos de todos os que quiseram e puderam participar, lhes dão
microfone para as mãos para poderem falar livremente, na sua presença, sem
censura ou perseguição?
Votem
nalgum ou escolham um de todos os que governam em África!
Porém, Pinto
da Costa sentou-se numa sala repleta de gente, com as rádios a televisão e os
jornais a transmitirem em sinal aberto, e abriu os microfones, para que
falassem, refletissem e dissessem tudo o que lhes ia na alma e no pensamento.
Para
mim, este comportamento de Pinto da Costa, representa uma “segunda abertura” ao
pluralismo, desta vez “mais profunda” e maior alcance, pois se trata de total
abertura para a liberdade de expressão do pensamento pela palavra aberta ao
mundo. para a construção de política pela crítica aberta e de viva voz, sem
perseguições ou pressões.
É uma
revolução mais profunda pois irreversível, de ter posto o seu povo a falar,
agora venham dizer lhes para se calar ou algum soba ou régulo partidário que
lhes venham dizer que não podem falar!
Se
a primeira abertura ao pluripartidarismo me mostrou um Pinto da Costa mais
maduro e diferente, agora esta atitude de estar no meio do seu povo e de lhes
dar a palavra, consolidou a minha convicção de que os homens podem mudar e
querer coisas diferentes, como um “mais velho” no conceito tradicional do nosso
povo !
Só os
que não evoluem, não querem ver, como o pior cego!
Compreendo
que os que sofreram e não querem ou não podem ou não sabem perdoar, o homem e
até desconfiar da mudança,
Mas
não saber ver? Ou não querer ver?
Será que
Pinto tem mostrado que não quer o governo de Patrice?
Só porque
não dissolveu a Assembleia?
Recordam-se
do PR no seu discurso inicial e nos posteriores ter dito que preservaria a
estabilidade governativa?
Será Pinto
da Costa também o diabolizado culpado das cenas de pugilato “urros e berros” na Assembleia?
Será que
Pinto da Costa tem feito o que fizeram Trovoada e Fradique?
Bom,
escrevo para dizer que por mim estou farto, discordem, concordem, falem bem ou
mal, mostrem me que estou a “ver mal” mas vamos ser honestos e ver para além do
“clubismo” e já não se trata só de dar o benefício da dúvida, para fazermos a
mudança!
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