segunda-feira, 28 de julho de 2014

São Tomé e Príncipe: PINTO MARCOU A DATA DAS ELEIÇÕES



Carlos Semedo – Téla Nón, opinião (st)

Meus Caros

Pinto marcou a data das eleições!

O coro de “janizaros” já se não faz ouvir!

Afinal onde estão as derivas para a ditadura que motivaram uma alegada queixa ao TPI? Afinal estas derivas não estarão na “massa do sangue” dos que a esgrimem durante e enquanto nisso têm interesse e depois se escondem  para “chocar” mais ovos podres?

A democracia que antes estava em perigo deixou de estar?

Entendo que os erros do passado devem estar sempre presentes quando refletimos sobre o “presente” e o “futuro”, por isso as lições da história devem sempre ser tiradas.

A minha posição atual sobre Pinto da Costa, como éda “lei da vida” foi mudando.

Quando jovem licenciado por Coimbra em 1978, recusei ir para o nosso paÍs, porque disse ao tempo ao “Ginho”, ministro da educação de Pinto da Costa que queria falar e pensar “livremente”, o que não me seria permitido na altura.

Existiram erros de governação, certo, erros de formação e orientação política claro, erros e desvios de “ditadura” de partido único, concordo.

Ficou tudo na mesma? Não! e por isso, evoluí como é fruto da análise, da reflexão e da experimentação!

Qual foi o primeiro dirigente africano dos países saídos do colonialismo e que governaram em ditadura do partido único,  a abrir o pais ao pluralismo e dar caminho à democracia?  Pinto da Costa, no que foi seguido pelos caboverdeanos.

Porque então só culpar Pinto da Costa dos desvarios e desmandos dos políticos do pluralismo de 1991 até à data ?

Dos desgovernos e erros de Gabi? Se ele governa com o apoio parlamentar, porque culpar unicamente Pinto da Costa e não culpar os partidos que estão com assento parlamentar e viabilizam a governação? E onde para a oposição do partido mais votado? Mostrem, sem gritos ou murros, uma ação de oposição, consequente, inteligente e credível!

E reflitam, mesmo os que são ou foram a favor do Diálogo Nacional!! Ah e também os que estiveram e estão contra.

Qual o atual dirigente africano que tem a coragem de se “expor” no meio do seu “povo” pelo menos de todos os que quiseram e puderam participar, lhes dão microfone para as mãos para poderem falar livremente, na sua presença, sem censura  ou perseguição?

Votem nalgum ou escolham um de todos os que governam em África!

Porém, Pinto da Costa sentou-se numa sala repleta de gente, com as rádios a televisão e os jornais a transmitirem em sinal aberto, e abriu os microfones, para que falassem, refletissem e dissessem tudo o que lhes ia na alma e no pensamento.

Para mim, este comportamento de Pinto da Costa, representa uma “segunda abertura” ao pluralismo, desta vez “mais profunda” e maior alcance, pois se trata de total abertura para a liberdade de expressão do pensamento pela palavra aberta ao mundo. para a construção de política pela crítica aberta e de viva voz, sem perseguições ou pressões.

É uma revolução mais profunda pois irreversível, de ter posto o seu povo a falar, agora venham dizer lhes para se calar ou algum soba ou régulo partidário que lhes venham dizer que não podem falar!

Se a primeira abertura ao pluripartidarismo me mostrou um Pinto da Costa mais maduro e diferente, agora esta atitude de estar no meio do seu povo e de lhes dar a palavra, consolidou a minha convicção de que os homens podem mudar e querer coisas diferentes, como um “mais velho” no conceito tradicional do nosso povo !

Só os que não evoluem, não querem ver, como o pior cego!

Compreendo que os que sofreram e não querem ou não podem ou não sabem perdoar, o homem e até desconfiar da mudança,

Mas não saber ver? Ou não querer ver?

Será que Pinto tem mostrado que não quer o governo de Patrice?

Só porque não dissolveu a Assembleia?

Recordam-se do PR no seu discurso inicial e nos posteriores ter dito que preservaria a estabilidade governativa?

Será Pinto da Costa também o diabolizado culpado das cenas de pugilato “urros e berros” na Assembleia?

Será que Pinto da Costa tem feito o que fizeram Trovoada e Fradique?

Bom, escrevo para dizer que por mim estou farto, discordem, concordem, falem bem ou mal, mostrem me que estou a “ver mal” mas vamos ser honestos e ver para além do “clubismo” e já não se trata só de dar o benefício da dúvida, para fazermos a mudança!

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