quarta-feira, 13 de agosto de 2014

CHILE DUPLICA COMPRA DE BARRIS DE PETRÓLEO A ANGOLA




O Chile vai aumentar a compra de barris de petróleo a Angola dos atuais cinco mil para dez mil, com perspetivas de elevar a aquisição conforme as suas necessidades, noticia hoje a imprensa local.

De acordo com os jornais, Angola e o Chile assinaram um acordo comercial para a área do petróleo, rubricado pelo presidente do conselho de administração da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), Francisco de Lemos José Maria, e pelo ministro chileno da Energia, Máximo Pacheco.

O acordo foi assinado no âmbito da visita oficial e de trabalho, de 24 horas, que a Presidente do Chile, Michelle Bachelet, realizou a Angola, na terça-feira.

Segundo o governante chileno, aquele país da América Latina tem necessidades energéticas quase permanentes, tornando necessária a aquisição de petróleo para fazer face à sua reduzida produção, de quatro mil barris para uma necessidade diária de 228 mil barris.

Em declarações à imprensa, o ministro chileno da Energia disse que o seu país importa petróleo, gás e carvão.

"Nós não temos combustíveis fósseis, portanto esta visita é muito importante, já que permite aumentar a nossa relação comercial com Angola, que é um produtor importante de petróleo no mundo", disse Máximo Pacheco.

O governante chileno frisou ainda que há igualmente interesse em comprar gás natural, tipo de energia em que o Chile tem apostado nos últimos tempos.

"Estamos a tentar aumentar a presença do gás natural na nossa matriz energética, para substituir outros combustíveis, de maneira que também vamos tentar desenvolver este setor de energia e tentar comprar gás no futuro", referiu.

Por sua vez, o ministro dos Petróleos de Angola, Botelho de Vasconcelos, disse que a Sonangol forneceu petróleo ao Chile desde 2003 até 2008.

"A partir de 2009 houve um interregno, mas em 2014 foi reativada a cooperação, também a venda em mercado 'spot', mas nesta viagem tudo está mais ou menos desenvolvido. A Sonangol e a agência de petróleo [chilena] estarão disponíveis para rubricar o acordo e tornar o fornecimento regular", referiu o ministro angolano.

Relativamente ao interesse manifestado pelo Chile na compra de gás, Botelho de Vasconcelos disse que "a necessidade foi, de facto, expressa durante o acordo" assinado pelos responsáveis dos dois países.

"Mas como todos sabemos, temos necessidade de paralisar a fábrica para que possa ser reativada de forma mais controlada, no sentido de poder tratar o gás e podermos ter carregamentos de uma forma regular daqui a um ano", explicou o governante angolano, sublinhando que só a partir do próximo ano se poderá assumir novos compromissos para fornecimento de gás.

No comunicado que marcou o final da visita de Michelle Bachelet, a Presidente chilena refere que os setores energéticos, mineiro e agroindustrial, bem como a comercialização de hidrocarbonetos, foram eleitos como prioritários no âmbito de uma cooperação bilateral entre Angola e Chile, países que mantêm relações diplomáticas desde 1990.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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