O
Chile vai aumentar a compra de barris de petróleo a Angola dos atuais cinco mil
para dez mil, com perspetivas de elevar a aquisição conforme as suas
necessidades, noticia hoje a imprensa local.
De
acordo com os jornais, Angola e o Chile assinaram um acordo comercial para a
área do petróleo, rubricado pelo presidente do conselho de administração da
Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), Francisco de Lemos
José Maria, e pelo ministro chileno da Energia, Máximo Pacheco.
O
acordo foi assinado no âmbito da visita oficial e de trabalho, de 24 horas, que
a Presidente do Chile, Michelle Bachelet, realizou a Angola, na terça-feira.
Segundo
o governante chileno, aquele país da América Latina tem necessidades
energéticas quase permanentes, tornando necessária a aquisição de petróleo para
fazer face à sua reduzida produção, de quatro mil barris para uma necessidade
diária de 228 mil barris.
Em
declarações à imprensa, o ministro chileno da Energia disse que o seu país
importa petróleo, gás e carvão.
"Nós
não temos combustíveis fósseis, portanto esta visita é muito importante, já que
permite aumentar a nossa relação comercial com Angola, que é um produtor
importante de petróleo no mundo", disse Máximo Pacheco.
O
governante chileno frisou ainda que há igualmente interesse em comprar gás
natural, tipo de energia em que o Chile tem apostado nos últimos tempos.
"Estamos
a tentar aumentar a presença do gás natural na nossa matriz energética, para
substituir outros combustíveis, de maneira que também vamos tentar desenvolver
este setor de energia e tentar comprar gás no futuro", referiu.
Por
sua vez, o ministro dos Petróleos de Angola, Botelho de Vasconcelos, disse que
a Sonangol forneceu petróleo ao Chile desde 2003 até 2008.
"A
partir de 2009 houve um interregno, mas em 2014 foi reativada a cooperação,
também a venda em mercado 'spot', mas nesta viagem tudo está mais ou menos
desenvolvido. A Sonangol e a agência de petróleo [chilena] estarão disponíveis
para rubricar o acordo e tornar o fornecimento regular", referiu o
ministro angolano.
Relativamente
ao interesse manifestado pelo Chile na compra de gás, Botelho de Vasconcelos
disse que "a necessidade foi, de facto, expressa durante o acordo"
assinado pelos responsáveis dos dois países.
"Mas
como todos sabemos, temos necessidade de paralisar a fábrica para que possa ser
reativada de forma mais controlada, no sentido de poder tratar o gás e podermos
ter carregamentos de uma forma regular daqui a um ano", explicou o
governante angolano, sublinhando que só a partir do próximo ano se poderá
assumir novos compromissos para fornecimento de gás.
No
comunicado que marcou o final da visita de Michelle Bachelet, a Presidente
chilena refere que os setores energéticos, mineiro e agroindustrial, bem como a
comercialização de hidrocarbonetos, foram eleitos como prioritários no âmbito
de uma cooperação bilateral entre Angola e Chile, países que mantêm relações
diplomáticas desde 1990.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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