Porta-voz
do grupo fundamentalista assegura que demandas do povo palestino serão
mantidas. Israel lança mais ataques a Gaza, enquanto militantes islâmicos
disparam mísseis contra território israelense.
O
grupo islâmico radical palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, declarou
neste sábado (09/08) que não fará concessões a Israel. O anúncio, feito em meio
à retomada dos ataques aéreos das forças israelenses contra Gaza, aumentou a
tensão entre a comunidade internacional, que vem trabalhando para que ambos os
lados cheguem a um acordo.
"Não
vai haver volta, a resistência continua", disse o porta-voz do Hamas Fawzy
Barhum. "A intransigência do ocupador não levará a lugar algum, e nós não
faremos concessões nas demandas do nosso povo."
O
confronto entre israelenses e palestinos voltou a se acirrar depois que
mediadores fracassaram em ampliar o cessar-fogo de 72 horas que expirou na
sexta-feira. Em mais de um mês de conflito, quase 2 mil pessoas foram mortas –
cerca de 1.900, em grande parte civis, do lado palestino, e 67 do lado
israelense.
Neste
sábado, aviões de guerra de Israel realizaram 30 ataques aéreos em Gaza,
matando pelo menos cinco palestinos. Em resposta, militantes do Hamas
dispararam seis mísseis em direção a Israel. Desde o fim do cessar-fogo, na
sexta-feira, 44 foguetes foram disparados contra o território israelense. No
mesmo período, Israel afirma ter realizado cerca de 100 ataques em Gaza.
Esforço
internacional
Israel
já afirmou que não negociará um novo acordo enquanto estiver sob ataque. O
primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, ordenou que os militares
retaliassem os ataques palestinos "com força" e culpou o Hamas pelo
fim do cessar-fogo.
Mediadores
egípcios se reuniram na noite de sexta-feira com a delegação palestina para
discutir um novo acordo. O encontro com representantes israelenses está
programado para a noite de sábado. O enviado especial dos EUA para a paz no
Oriente Médio, Frank Lowenstein, também se encontra no Cairo. Segundo o governo
americano, ele está auxiliando nos esforços para conseguir um "cessar-fogo
permanente".
Tanto
os EUA como a ONU pediram que os representantes dois lados voltassem à mesa de
negociações. A Casa Branca afirmou estar "muito preocupada" com a violência
na região. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também divulgou
um comunicado, no qual pede que israelenses e palestinos "não recorram a
mais ações militares que possam agravar a já terrível situação humanitária em
Gaza".
Deutsche
Welle – Edição: Augusto Valente - RM/dpa/afp/rtr
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