quarta-feira, 13 de agosto de 2014

MORREU O RANGEL QUE REVOLUCIONOU A INFORMAÇÃO QUE TAMBÉM ESTÁ A MORRER



Mário Motta, Lisboa

Morreu Emídio Rangel. Vemos, ouvimos e lemos os elogios ao Rangel, que revolucionou a informação em Portugal, principalmente na rádio, na TSF, e que na televisão, na SIC, deu um pontapé nos figurinos fastidiosos e por vezes aberrantes que a RTP emitia sistematicamente. Dizer com toda a propriedade que faleceu o Senhor Nova Informação, o visionário, não é inapropriado. Antes pelo contrário. Talvez até seja pouco para a homenagem que ele merece.

O Rangel que revolucionou a informação em Portugal morreu. Para aumentar os desaires dos portugueses também a informação que ele revolucionou está a morrer. E ele, Rangel, antes de baquear, apercebeu-se muito bem disso. Que a informação que revolucionou também está a morrer e entregue aos poderes discricionários de verdadeiros crápulas. Uns que possuem e ordenam e outros que servilmente obedecem, julgando-se jornalistas com o direito de avacalharem e venderem as suas almas, penas e teclas ao diabo…

Por certo que um dia Rangel ressuscitará, mais que não seja sob a forma de informação que merecerá de pleno direito a definição que tem mas se vai deteriorando ao sabor da vontade dos ditos crápulas apostados na manipulação e no obscurantismo.

Atualmente nem a TSF é o que era, apesar de ainda ser a "melhorzinha". Também tu? Caso para assinalar: RIP.

Rangel morreu. Viva Rangel!

Reações à morte de Emídio Rangel

TSF

Do mundo do jornalismo e da comunicação, multiplicam-se as reações à morte de Emídio Rangel, um nome maior do jornalismo em Portugal.

«Lamento a perda de Emídio Rangel. Apesar das divergências que a partir de determinado momento tivemos e que foram públicas, quero sublinhar o papel fundamental que teve na história da rádio e da televisão privadas em Portugal, nomeadamente na construção da SIC», escreveu Francisco Pinto Balsemão, numa nota enviada às redações.

A TSF contactou também Nuno Santos, jornalista, antigo diretor de informação da RTP, que sublinha que o «o país deve bastante» a Emídio Rangel. Recorda «alguém que por natureza era contra o sistema» e para quem «a palavra impossível não existia».

Nuno Azinheira, editor da Notícias TV, destaca Rangel «como o mais visionário, o mais competente, o mais líder, o mais motivador, o mais empenhado».

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