Mário
Motta, Lisboa
Morreu Emídio Rangel. Vemos,
ouvimos e lemos os elogios ao Rangel, que revolucionou a informação em Portugal,
principalmente na rádio, na TSF, e que na televisão, na SIC, deu um pontapé nos
figurinos fastidiosos e por vezes aberrantes que a RTP emitia sistematicamente.
Dizer com toda a propriedade que faleceu o Senhor Nova Informação, o visionário,
não é inapropriado. Antes pelo contrário. Talvez até seja pouco para a homenagem que ele merece.
O
Rangel que revolucionou a informação em Portugal morreu. Para aumentar os
desaires dos portugueses também a informação que ele revolucionou está a
morrer. E ele, Rangel, antes de baquear, apercebeu-se muito bem disso. Que a
informação que revolucionou também está a morrer e entregue aos poderes
discricionários de verdadeiros crápulas. Uns que possuem e ordenam e outros que servilmente obedecem,
julgando-se jornalistas com o direito de avacalharem e venderem as suas almas,
penas e teclas ao diabo…
Por
certo que um dia Rangel ressuscitará, mais que não seja sob a forma de informação
que merecerá de pleno direito a definição que tem mas se vai deteriorando ao
sabor da vontade dos ditos crápulas apostados na manipulação e no
obscurantismo.
Atualmente nem a TSF é o que era, apesar de ainda ser a "melhorzinha". Também tu? Caso para assinalar: RIP.
Rangel
morreu. Viva Rangel!
Reações
à morte de Emídio Rangel
TSF
Do
mundo do jornalismo e da comunicação, multiplicam-se as reações à morte de
Emídio Rangel, um nome maior do jornalismo em Portugal.
«Lamento
a perda de Emídio Rangel. Apesar das divergências que a partir de determinado
momento tivemos e que foram públicas, quero sublinhar o papel fundamental que
teve na história da rádio e da televisão privadas em Portugal, nomeadamente na
construção da SIC», escreveu Francisco Pinto Balsemão, numa nota enviada às
redações.
A
TSF contactou também Nuno Santos, jornalista, antigo diretor de informação da
RTP, que sublinha que o «o país deve bastante» a Emídio Rangel. Recorda «alguém
que por natureza era contra o sistema» e para quem «a palavra impossível não
existia».
Nuno
Azinheira, editor da Notícias TV, destaca Rangel «como o mais visionário, o
mais competente, o mais líder, o mais motivador, o mais empenhado».
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