ELEIÇÕES EM MOÇAMBIQUE DECORREM COM MUITA AFLUÊNCIA E EM PAZ

Estão a decorrer hoje as eleições em Moçambique. A votação tem registado boa afluência de eleitores por todo o país. Por enquanto não são conhecidos atos de violência eleitoral, como era temido. No Página Global estamos a usar a informação veiculada pelos órgãos de comunicação social moçambicanos assim como, mais esporadicamente, algumas informações de colaboradores, em chat ou por email, que de Moçambique nos vão fornecendo informações sobre a situação nos locais onde residem. Ao longo deste dia o PG estará atento ás eleições em Moçambique e incluirá a informação que dispuser para além daquela que os órgãos de comunicação social a todos nós faculta. Dispomos já de seguida compilação de informação da Agência de Informação de Moçambique (AIM), que agradecemos. (PG)

ENCHENTES MARCAM PRIMEIRAS HORAS DE VOTAÇÃO

Beira (Moçambique), 15 Out (AIM) – Uma grande afluência dos eleitores aos postos de votação caracterizou hoje a cidade da Beira, província central de Sofala, acto também que foi marcado por algum atraso na abertura das urnas em algumas assembleias de voto.

Com efeito, logo nas primeiras horas, centenas de eleitores se aglomeravam junto aos locais onde funcionam as mesas de votação, a exemplo das escolas primárias e completas Agostinho Neto e das Palmeiras.

No caso da Escola Primaria Completa das Palmeiras, onde deverá votar o candidato à Presidência da República pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, até as 07:35 horas, a votação ainda não tina começado.

A essa hora, os membros das mesas de voto ainda continuavam envolvidos na preparação do processo, nomeadamente a colocação dos dísticos identificativos das assembleias de voto, dos cartazes referentes aos concorrentes, entre outras actividades preliminares.

Segundo o programa, Simango deverá votar neste posto cerca das 8 horas locais.

Apesar dos enchentes, o ambiente era de serenidade, mas carregado de uma grande expectativa.

Relativamente a segurança, agentes da Policia da Republica de Moçambique (PRM) estiveram posicionados no perímetro estabelecido pela legislação eleitoral.

A provincial de Sofala tem registados 926.746 que deverão votar em 1.267 mesas, 358 das quais na capital provincial, Beira.

(AIM) DT/le

CANDIDATO DA FRELIMO CONFIANTE NA VITÓRIA

Maputo, 15 Out (AIM) – O candidato presidencial pelo partido Frelimo, Filipe Nyusi, expressou um sentimento de confiança na vitória nas V eleições gerais e para as assembleias provinciais que estão a decorrer em todo o território moçambicano, para a escolha dos dirigentes para os próximos cinco anos.

Nyusi manifestou a convicção na manhã de hoje depois de exercer o direito de voto na Escola Secundária da Polana, em Maputo, onde na companhia sua esposa e dois dos seus filhos que, pela primeira vez, usufruem do direito de eleger e ser eleito.

O sucessor de Armando Guebuza chegou ao recinto quando eram cerca de oito horas para votar no escrutínio onde tem como rivais Afonso Dhlakama pela Renamo, maior partido da oposição; e Daviz Simango pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), segunda maior força política da oposição.

No final do acto, Nyusi disse aos jornalistas estar seguro da sua vitória e do seu partido nestas eleições, apontando como alicerces o trabalho aturado realizado durante os exaustivos 45 dias de campanhas que o levaram a palmilhar o país de lés a lés, assim como ofensivas semelhantes na diáspora.

Naturalmente que vamos vencer sim. Penso que tivemos um bom trabalho, e o resultado positivo que esperamos será deste candidato que estão a ouvir. Eu e o meu partido trabalhamos para isso”.

O candidato disse, por outro lado, sentir-se orgulhoso e bastante satisfeito por ter votado para o futuro do país. A votação, segundo Nyusi, constitui um momento de grande orgulho e alegria para ele, porque poderá liderar o país através da decisão saída do escrutínio.

Nyusi aproveitou a ocasião para apelar aos moçambicanos a aderirem às mesas de voto e cumprirem com o seu dever.

Quero pedir aos moçambicanos a aderir a este projecto de decisão do futuro desta nação que está, a cada dia, a torna-se exemplo do exercício da democracia”, disse Nyusi que, segundo as suas palavras, passará o dia a reflectir com a família.

Estas são as quintas eleições gerais do país e as segundas para as assembleias provinciais. Para o parlamento os partidos disputam um total de 250 assentos. Actualmente, a Frelimo possui 191 assentos, a Renamo conta com 51 assentos e o MDM apenas oito lugares.

Enquanto isso, a nível das assembleias provinciais, a Frelimo conta com 708 lugares, a Renamo tem 83 e o MDM 24 assentos, a escala nacional, de um total de 811 mandatos.

Espera-se que um total de 10.874.329 moçambicanos afluam massivamente às 17 mil mesas de votos espalhadas pelo país para cumprir com o seu direito. 

(AIM)

ELEICÕES 2014/GUEBUZA APONTA VOTACÃO COMO MOMENTO DE FESTA

Maputo, 15 Out (AIM) – O Presidente da República, Armando Guebuza, disse hoje que o país está em festa e apelou aos moçambicanos para tudo fazerem no sentido de traduzir o evento em uma verdadeira festa.

Guebuza falava na Escola Secundária Josina Machel, em Maputo, onde foi exercer o seu direito cívico de voto nas V eleições gerais e segundas para as assembleias provinciais, na história da jovem democracia moçambicana.

No final do acto, onde esteve acompanhado pela esposa, o estadista moçambicano disse que se sentia feliz por ter exercido o seu direito de votar.

“Estou muito feliz por este momento e por ter exercido meu direito”, disse o presidente que, na ocasião, sublinhou que o acto que acabava de exercer representa um momento especial na medida em que, segundo ele, “decidi os próximos tempos da minha vida”.

Guebuza foi o primeiro eleitor a votar no país e a sua esposa, Maria da Luz Guebuza, também exerceu seu direito cívico na mesma Mesa da Assembleia de Voto.

Guebuza exortou ao eleitorado afluir em massa às Assembleias de Voto com vista a gozarem do seu direito preconizado na lei.

No país inteiro, são cerca de 10 milhões de eleitores que vão as mais de 17 mil mesas das variadas assembleias de voto onde vão depositar o seu voto.

(AIM) Acácio Chirrinzane (AC)/le

ELEIÇÕES 2014/DHLAKAMA APELA AFLUÊNCIA DE TODOS

Maputo, 15 Out (AIM) – O candidato da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, apelou aos milhares de eleitores moçambicanos para afluírem às assembleias de voto, para decidirem sobre a liderança do país nos próximos cinco anos.

Dhlakama lançou o apelo hoje na Escola Secundária da Polana, em Maputo, local onde exerceu o seu direito cívico de votar às V eleições gerais, para as quais é igualmente candidato e, por sinal, pela quinta vez consecutiva.

O líder da Renamo apelou em particular aos jovens que, durante os exaustivos 45 dias de campanha eleitoral, estiveram nos variados momentos de “caça ao voto” (comícios, showmícios, porta-a-porta) para evitarem ao máximo que a votação seja um momento de violência.

“Apelo a não-violência durante a votação porque a emoção é maior sobretudo entre os jovens”, sublinhou Dhlakama, anotando que depois de exercer o direito de eleger e ser eleito, os jovens podem regressar a casa ou ao posto de trabalho para aqueles que laboram.

Os jovens que desejam ser respeitados os mecanismos estabelecidos por lei, quanto ao apuramento dos resultados preliminares, podem, segundo Dhlakama, esperar quer nas cercanias quer em casa, mas não nas filas de pessoas que aguardam a vez para o efeito.

Questionado sobre a sua preparação para aceitar ou rejeitar os resultados que sairão do escrutínio, o líder da oposição se escusou de comentar, mas disse estar confiante que o país tenha, pela primeira vez, eleições livres justas e transparentes porque as anteriores não passaram de mera “fantochada”.

As quintas eleições gerais têm o carácter particular de acontecerem numa altura em que a legislação eleitoral foi revista no quadro do diálogo político entre o governo e a Renamo, cujo aspecto de relevo consistiu na alteração da composição do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

Ao abrigo desta nova composição, os partidos políticos da oposição estão confiantes no aumento da transparência no processo de apuramento e, por conseguinte, evitada a ocorrência da fraude.

(AIM) LE/mz