Estima-se
que existam, actualmente, no país cerca de dois milhões de idosos, o que
significa perto de 5% por cento do total da população, calculada em cerca de 25
milhões de moçambicanos. A maioria desta faixa etária, que é composta
maioritariamente por mulheres, vive em condições deploráveis, com défice de
alimentação, de assistência de saúde, de segurança, de protecção social, bem
como discriminação social, entre outros aspectos.
Entretanto,
a precariedade poderá agravar, pois se estima que, nas próximas décadas, o país
deverá registar uma mudança na estrutura etária da população. É que, em pouco
mais de meio século, a população idosa deverá passar por um aumento de pouco
mais de 1 milhão de pessoas, para cerca de 9 milhões.
A
participação deste grupo etário em relação ao total da população também deve
saltar dos actuais 5%, para cerca de 12%, o que representa um acelerar
vertiginoso do ritmo desta transformação, o que poderá complicar ainda mais a
vulnerabilidade dos idosos, segundo dados divulgados pelo Instituto de Estudos
Sociais e Económicos, em 2013.
Por
exemplo, actualmente, um idoso chega a sobreviver com menos de quinhentos
meticais por mês para alimentação, ou oito meticais por dia, dinheiro alocado
pelo Governo no âmbito do subsídio social básico. Várias vezes, este valor foi
contestado por diversos segmentos da sociedade, alegadamente por ser
insuficiente para resolver os problemas mínimos de pessoas que vivem em
condição vulnerável, caso dos idosos.
Estas
preocupações e dados sobre os idosos foram apresentados, ontem, pelo Fórum da
Terceira Idade (FTI), em Maputo, que se baseou num estudo que realizou ano
passado. Para apelar ao fim da discriminação social, ontem, os idosos
reuniram-se no Centro de Manutenção Física António Repinga, dia que coincidiu
com a comemoração do dia internacional do idoso.
O
País (mz)
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