terça-feira, 28 de outubro de 2014

Moçambique: PROCESSO DE DESMILITARIZAÇÃO COMEÇA ESTA SEMANA




Peritos militares do Botswana, Zimbabwe, África do Sul, Quénia, Portugal, Estados Unidos, Itália e Reino Unido, deslocam-se às diversas províncias moçambicanas para identificar e integrar os guerrilheiros da RENAMO.

Ramos Miguel – Voz da América

Em Moçambique, arranca na próxima Quarta-feira o processo que conduzirá à desmilitarização e integração socioeconómica dos guerrilheiros da RENAMO, uma das fases mais importantes da implementação do recente acordo sobre a cessação das hostilidades militares em Moçambique.

Com efeito, peritos militares do Botswana, Zimbabwe, África do Sul, Quénia, Portugal, Estados Unidos da América, Itália e Reino Unido, deslocam-se a partir de 29 de Outubro às diversas províncias moçambicanas, para identificar e integrar os guerrilheiros da RENAMO.

O anúncio foi feito esta Segunda-feira, em Maputo, no início de mais uma ronda negocial entre o Governo de Moçambique e a RENAMO. Durante a sessão, o negociador-chefe da RENAMO, Saimon Macuaiane, disse que antes da ida ao terreno dos peritos militares, é necessário que seja aprovado o modelo da integração e enquadramento dos guerrilheiros.

"O mais importante é a aprovação do modelo de integração e enquadramento, porque mesmo que os peritos militares se desloquem agora às províncias, antes da aprovarmos esse modelo, só vão verificar se as partes estão a violar ou não o acordo e não irão trabalhar na fase subsequente deste processo", disse Macuiane.

Por seu turno, José Pacheco, chefe da delegação governamental, diz ser fundamental que a RENAMO apresente as listas dos guerrilheiros a serem desmobilizados, para a criação de condições logísticas.

Esclareceu ainda que só com essas listas é que será possível identificar e integrar os guerrilheiros da RENAMO, a partir do próximo dia 29.

Entretanto, segundo José Pacheco, estão disponíveis nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique-FADM e na polícia, 300 vagas para os guerrilheiros da RENAMO, à luz do acordo de cessar-fogo assinado a cinco de Setembro passado.

Refira-se que ainda hoje, 27, as partes iniciaram a discussão sobre a despartidarização da Função Pública

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