Movimento
Revolucionário Angolano é completamente pacífico
Voz
da América, em Angola Fala Só
O
Movimento Revolucionário Angolano quer que a oposição parlamentar seja mais
“dinâmica” e tenha um papel mais activo, disse um dos membros do Movimento
Revolucionário Angolano Pedrowski Teca.
Ao
participar no programa Angola Fala Só, o activista criticou os partidos
da oposição que segundo disse, operam “dentro dos limites impostos pela
ditadura”.
“O
parlamento não tem poderes e a oposição não tem iniciativas”, disse Pedrowski
Teca, que afirmou que o regime usa a oposição para se justificar a si mesmo.
“A
oposição é o estrume que fortalece a árvore do poder do MPLA”, rematou o
activista, que considerou haver campo para a cooperação entre a oposição
parlamentar e a extra-parlamentar, como o Movimento Revolucionário Angolano.
“Os
nossos objectivos convergem de certo modo com os da Unita”, disse Pedrowski
Teca, para quem a recusa do presidente José Eduardo dos Santos realizar
eleições autárquicas antes de 2017 é uma oportunidade para o partido do Galo
Negro assumir um papel relevante no debate.
“A
oposição deve provar que, ao contrário do que diz o presidente, é possível
realizar eleições antes de 2017 e se conseguir convencer isso então pode-se
convocar manifestações nacionais exigindo as eleições”, advogou.
O
activista do Movimento Revolucionário Angolano disse que não se pode excluir a
possibilidade das autoridades nunca permitirem a realização das eleições
autárquicas porque elas “não beneficiam o partido no poder”.
As
eleições autárquicas vão “descentralizar o poder pois é impossível
ganhar em todos os locais”.
Isso
significa que o MPLA terá que partilhar certo poder com a oposição, disse.
Pedrowski
Teca iniciou o diálogo com os ouvintes explicando que o seu movimento
nasceu de uma organização informal de jovens. Devido à falta de uma estrutura e
objectivos, surgiu o Movimento com um código de ética, quatro objectivos
concretos e uma direcção colegial.
“A
nossa luta é inteiramente pacífica e temos sempre sido pacíficos”, disse o
activista.
O
Movimento Revolucionário Angolano quer expandir para fora de Luanda, onde tem
estado activo, mas para além da “apatia”, a situação “é mais
difícil nas províncias”, disse Pedrowski Teca que recordou que manifestações
organizadas noutras cidades do país “foram mais reprimidas”.
Para
ele, "a repressão é maior noutras zonas do país".
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