sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Pedrowski Teca: "Partidos da oposição são o estrume que fortalece a árvore do MPLA"




Movimento Revolucionário Angolano é completamente pacífico

Voz da América, em Angola Fala

O Movimento Revolucionário Angolano quer que a oposição parlamentar seja mais “dinâmica” e tenha um papel mais activo, disse um dos membros do Movimento Revolucionário Angolano  Pedrowski Teca.

Ao participar no programa Angola Fala Só,  o activista criticou os partidos da oposição que segundo disse, operam “dentro dos limites impostos pela ditadura”.

“O parlamento não tem poderes e a oposição não tem iniciativas”, disse Pedrowski Teca, que afirmou que o regime usa a oposição para se justificar a si mesmo.

“A oposição é o estrume que fortalece a árvore do poder do MPLA”, rematou o activista, que considerou haver campo para a cooperação entre a oposição parlamentar e a extra-parlamentar, como o Movimento Revolucionário Angolano.

“Os nossos objectivos convergem de certo modo com os da Unita”, disse Pedrowski Teca, para quem a  recusa do presidente José Eduardo dos Santos realizar eleições autárquicas antes de 2017 é uma oportunidade para o partido do Galo Negro assumir um papel relevante no debate.

“A oposição deve provar que, ao contrário do que diz o presidente, é possível realizar eleições antes de 2017 e se conseguir convencer isso então pode-se convocar manifestações nacionais exigindo as eleições”, advogou.

O activista do Movimento Revolucionário Angolano disse que não se pode excluir a possibilidade das autoridades nunca permitirem a realização das eleições autárquicas porque elas “não beneficiam o partido no poder”.

As eleições autárquicas  vão “descentralizar o poder pois é impossível  ganhar em todos os locais”.

Isso significa que o MPLA terá que partilhar certo poder com a oposição, disse.

Pedrowski Teca iniciou o diálogo com os ouvintes explicando  que o seu movimento nasceu de uma organização informal de jovens. Devido à falta de uma estrutura e objectivos, surgiu o Movimento com um código de  ética, quatro objectivos concretos e uma direcção colegial.

“A nossa luta é inteiramente pacífica e temos sempre sido pacíficos”, disse o activista.

O Movimento Revolucionário Angolano quer expandir para fora de Luanda, onde tem estado activo,  mas para além da “apatia”,  a situação “é mais difícil nas províncias”, disse Pedrowski Teca que recordou que manifestações organizadas noutras cidades do país “foram mais reprimidas”.

Para ele, "a repressão é maior noutras zonas do país".


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