quinta-feira, 13 de novembro de 2014

JUÍZES AMEAÇADOS? TIMOR É TERRA DE PAZ QUE AMA JUÍZES E ABOMINA CORRUPTOS




Quando um Estado é fundado em alicerces em que o desprezo pela vida dos outros passa a ser opção de sobrevivência e de condição indispensável para um país se libertar e obter a independência, os reflexos, os fantasmas e métodos do passado quase nunca libertam os atores que no terreno militaram por esses objetivos. Personalidades afetadas passam muitas vezes a ver em qualquer contrariedade inimigos a abater. O desprezo pela vida dos outros mantêm-se apesar de afirmarem e quererem parecer o contrário. São existências difíceis, carregadas de traumas que podem assumir comportamentos que configuram mentalidades criminosas. 

Não é portanto de admirar que em Timor aconteçam assassinatos de opositores (major Reinado. p.ex.) e frequentemente ameaças de morte que obriguem ao silêncio, senão… Condicionamento e ignorar a infração à legalidade é o objetivo. O silêncio, a cumplicidade, através do domínio opressivo por via do temor. Assiste-se então à contaminação de um Estado que só aparentemente é de Direito. Que vive em aparente paz. Numa paz podre. Uma pseudodemocracia conduzida por mentes perigosas que merecem toda a atenção e tratamentos psiquiátricos adequados. Uma vez que já não diferenciam o certo do errado à luz dos Direitos Humanos e do Direito Internacional. 

No caso, em Timor-Leste, por esta ótica, aquele país é terra de paz que ama a justiça e juízes que a aplicam, abominando a corrupção, corruptos e associações que configuram semelhanças à máfia reportada nos filmes que vimos, produzidos e realizados com argumentos que correspondem à realidade passada nos tempos de Al Capone e mais à frente no tempo. Entretanto esses métodos evoluíram e são muito mais sofisticados e de sucesso para uns quantos, uma minoria que já perdeu a noção de que assenta em ações e critérios criminosos a que chama política, democracia, eleições, legalidade, etc. (AV/PG)

Governo timorense lamenta notícias sobre alegadas ameaças a magistrados

Díli, 13 nov (Lusa) - O ministro da Justiça de Timor-Leste, Dionísio Babo, lamentou hoje em declarações à agência Lusa as notícias sobre alegadas ameaças a magistrados timorenses.

"Lamento as notícias sobre as alegadas ameaças a magistrados de Timor-Leste. Já falei com todos eles, que desmentiram", afirmou Dionísio Babo.

Na terça-feira, a magistrada portuguesa Glória Alves disse à Lusa ter recebido um e-mail de um magistrado timorense a alertar os colegas portugueses, recentemente expulsos, de que os juízes que estão em Timor-Leste estão "em perigo de vida" e temem pela sua segurança.

O secretário de Estado da Segurança timorense, Francisco Guterres, também afirmou à agência Lusa que a comunidade está tranquila.

"O parlamento decidiu, o Governo cumpriu e agora são questões internas, mas não há nada. Eu tenho irmãos e irmãs a trabalhar no Ministério Público e nos tribunais e falo com eles diariamente e dizem-me que não há problemas", salientou o secretário de Estado.

O presidente do Conselho Superior de Magistratura de Timor-Leste, Guilhermino da Silva, disse também hoje não ter conhecimento de ameaças a juízes timorenses.

O Governo de Timor-Leste ordenou no passado dia 03 a expulsão, no prazo de 48 horas, de oito funcionários judiciais, sete portugueses e um cabo-verdiano.

No dia 24 de outubro, o parlamento timorense tinha aprovado uma resolução a suspender os contratos com funcionários judiciais internacionais "invocando motivos de força maior e a necessidade de proteger de forma intransigente o interesse nacional" e outra a determinar uma auditoria ao sistema judicial do país.

MSE // VM

Presidente do Conselho Superior de Magistratura de Timor-Leste desconhece ameaças a juízes

Díli, 13 nov (Lusa) - O presidente do Conselho Superior de Magistratura de Timor-Leste, Guilhermino da Silva, afirmou hoje à agência Lusa não ter conhecimento de ameaças a juízes timorenses.

"Não tenho conhecimento disso. Até este momento, não vimos diretamente essa ameaça", afirmou o também presidente do Tribunal de Recurso, quando questionado pela Lusa sobre ameaças a juízes timorenses.

"Não tenho conhecimento. Nós não temos conhecimento sobre se alguém foi ameaçado neste processo por causa das resoluções", insistiu o juiz timorense.

Na terça-feira, uma magistrada portuguesa disse à Lusa ter recebido um email de um magistrado timorense a alertar os colegas portugueses, recentemente expulsos, de que os juízes daquele território estão "em perigo de vida" e temem pela sua segurança.

Segundo Guilhermino da Silva, o Conselho Superior de Magistratura esteve reunido e decidiu informar o Conselho Superior de Magistratura de Portugal sobre "atitudes tomadas por alguns juízes portugueses em Lisboa".

"Nós vamos dar conhecimento disso. Vamos tomar posição, porque descredibilizou o sistema de justiça timorense", afirmou o juiz, sublinhando que está descontente com as declarações que estão a ser feitas por magistrados portugueses em Portugal sobre o caso de Timor-Leste.

O presidente do Tribunal de Recurso afirmou que o Conselho Superior de Magistratura mantém a posição já anunciada publicamente de que os juízes timorenses só obedecem à lei e à Constituição e que não aceita auditorias de outras instituições.

"Mantemos a posição que já anteriormente declarámos e agora estamos a acompanhar a situação", disse.

O Governo de Timor-Leste ordenou no dia 03 a expulsão, no prazo de 48 horas, de oito funcionários judiciais, sete portugueses e um cabo-verdiano.

No dia 24 de outubro, o parlamento timorense tinha aprovado uma resolução a determinar uma auditoria ao sistema judicial do país e a suspender os contratos com funcionários judiciais internacionais "invocando motivos de força maior e a necessidade de proteger de forma intransigente o interesse nacional".

MSE // FV

*Título PG

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