"Publiquei
artigos da autoria de agentes da CIA e outros serviços de inteligência como se
tivessem sido escritos por mim"
RT.com -
Carta Maior
O
jornalista e editor alemão Udo Ulfkotte declarou que foi forçado a publicar —
como de sua autoria — trabalho de agentes de inteligência, sob o risco de ser
demitido se não cumprisse tais ordens. Ulfkotte fez tais revelaçãos durante
entrevistas ao RT e ao Russia Insider.
“Eu
acabei publicando artigos da autoria de agentes da CIA e outros serviços de
inteligência, especialmente o serviço secreto alemão, como se tivessem sido
escritos por mim,” declarou ao Russia Insider. Ele fez comentários como esse ao
RT em uma entrevista exclusiva no começo de outubro.
“Um
dia a BND (agência de inteligência estrangeira alemã) veio a meu escritório
noFrankfurter Allgemeine em
Frankfurt. Eles queriam que eu escrevesse um artigo sobre a
Líbia e Muammar Gaddafi… Eles me deram várias informações secretas e queriam
que eu escrevesse um artigo com meu nome,” contou à RT.
“Este artigo era sobre como Gaddafi havia tentado secretamente construir uma fábrica de gás venenoso. Foi uma história impressa no mundo todo dois dias mais tarde.”
“Este artigo era sobre como Gaddafi havia tentado secretamente construir uma fábrica de gás venenoso. Foi uma história impressa no mundo todo dois dias mais tarde.”
Ulfkotte revela tudo isso e mais em seu livro ‘Jornalismo Comprado,’ onde ele menciona que se sente envergonhado pelo que fez no passado.
"Não
é certo o que fiz no passado. Manipular as pessoas, fazer propaganda. E não é
certo o que meus colegas fazem e fizeram, pois foram subornados para trair as
pessoas não somente da Alemanha, mas de toda a Europa,” declarou. “Fui
jornalista por 25 anos e fui educado para mentir, para trair, para não dizer a
verdade ao público.”
“Fui
subornado pelos americanos para não relatar exatamente a verdade… fui convidado
pelo German Marshall Fund of United States para viajar aos EUA. Eles pagaram
todas as minhas despesas e me colocaram em contato com americanos que eles
gostariam que eu conhecesse,” declarou.
“Me tornei cidadão honorário do estado de Oklahoma nos EUA somente porque escrevi a favor dos EUA. Fui apoiado pela CIA. Os ajudei em várias situações e me sinto envergonhado por tê-lo feito.”
Muitos outros jornalistas estão envolvidos na mesma prática, completou.
“A maior parte dos jornalistas que você vê em países estrangeiros, eles se dizem jornalistas e podem até ser. Mas muitos deles, como eu no passado, são chamados ‘cobertura não-oficial.’ Isso significa que trabalham para uma agência de inteligência, que a ajudam se elas pedem. Mas elas nunca dirão que te conhecem.”
Os jornalistas escolhidos para estes tipos de trabalho são de grandes grupos midiáticos. O relacionamento com o serviço secreto começa como uma amizade.
“Eles trabalham com seu ego, te fazem se sentir importante. E um dia um deles perguntará 'você poderia me fazer um favor?'”
Tradução de Roberto Brilhante
“Me tornei cidadão honorário do estado de Oklahoma nos EUA somente porque escrevi a favor dos EUA. Fui apoiado pela CIA. Os ajudei em várias situações e me sinto envergonhado por tê-lo feito.”
Muitos outros jornalistas estão envolvidos na mesma prática, completou.
“A maior parte dos jornalistas que você vê em países estrangeiros, eles se dizem jornalistas e podem até ser. Mas muitos deles, como eu no passado, são chamados ‘cobertura não-oficial.’ Isso significa que trabalham para uma agência de inteligência, que a ajudam se elas pedem. Mas elas nunca dirão que te conhecem.”
Os jornalistas escolhidos para estes tipos de trabalho são de grandes grupos midiáticos. O relacionamento com o serviço secreto começa como uma amizade.
“Eles trabalham com seu ego, te fazem se sentir importante. E um dia um deles perguntará 'você poderia me fazer um favor?'”
Tradução de Roberto Brilhante
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