Costa chegou ao congresso do Partido Socialista a saber de antemão que os
portugueses iriam estar atentos ao que ali diria e se na realidade romperia com
os hábitos do PS de se aliar à direita retinta e ressabiada, por isso mesmo
optou por aparentar uma viragem à esquerda. O seu discurso foi nesse sentido
apesar de envergonhadinho.
Houve
então os que no PS não gostaram das declarações de Costa e daquela viragem. Julgaram
que o recém-eleito dirigente máximo do partido estava a falar verdade. Mas é
claro que não estava. Costa falou com artimanha sobre a viragem à esquerda mas
o que ali disse e o que tem dito não é mais nem menos que uma viragem da treta.
O PS está de pedra e cal alinhado com os partidos da direita, o PSD e o CDS. Só que agora para cativar eleitores tem de fazer este "teatro". Aliar-se-á
a Pedros, Paulos, a Ruis e aos que vierem, desde que desse modo seja mantido o
famigerado, mal-cheiroso e de má-memória “arco da governação”. Que ninguém
duvide. Para Costa está reservado o caminho do costume no PS: falar de esquerda
e aparentemente à esquerda mas governar à direita.
Mais
uma vez temos em Portugal um novo candidato a primeiro-ministro que vai ser um mentiroso. Daqueles como Passos, Portas e Cavaco, com o lema “com papas e
bolos se enganam os tolos”. Tenham cuidado. Os bolos fazem muito mal, as papas
já enjoam e os tolos só existem quando votam sempre mais do mesmo no santo “arco
da governação” constituído por CDS, PSD e PS. É que entre eles poucas
diferenças existem. Por isso é que Portugal está arrasado e os portugueses
arrasados estão. Toca a erguer!
MM
/ PG
António
Costa: 'Esquerdização' do PS durou menos de uma semana
António
Costa chegou ao Congresso Socialista com o discurso bem ensaiado. O seu PS,
anunciou-o em Lisboa, ia virar à esquerda. Porta fechada à direita, o autarca
apostava na 'esquerdização' do partido. Volvida praticamente uma semana, travão
a fundo. No PS nem todos gostaram do atalho e o Partido Socialista volta a
apostar no ‘humanismo’, dá conta o SOL.
O
Congresso Nacional do Partido Socialista, realizado no passado fim-de-semana em
Lisboa, fechou a porta a entendimentos à direita. No seu primeiro discurso
oficial como líder eleito, António Costa apontava à esquerda e chegou a
falar-se em ‘esquerdização’. Passada uma semana, dá conta o Sol, que o epíteto
terá assustado os corredores do Rato e o partido voltou à sua matriz
‘humanista’.
“Considerar
esquerdista um discurso humanista, diz tudo sobre o radicalismo desta direita
que nos governa, que abandonou os valores humanistas que inspiraram
também a democracia cristão e outras correntes inspiradas na doutrina
social da igreja”, corrigia quarta-feira o líder rosa.
A
opinião foi emitida em circuito fechado, nas redes sociais, partilhada por um
membro do secretariado nacional, Porfírio Silva, com autorização expressa da
liderança para o fazer. “Não foi o PS que mudou. Foi a radicalização da direita
que abandonou à esquerda a representação dos valores humanos, centrados na dignidade
da pessoa humana”, continuava a declaração.
Vieira
da Silva, em declarações ao Sol, exprime a mesma ideia: “O PS está onde sempre
esteve. Não faz sentido que por defender valores de dimensão social que sempre
estiveram presentes no código genético do partido se fale numa viragem. Não há
nenhuma esquerdização”, esclarece.
Mas
as eleições do próximo ano estão já a marcar o calendário político atual. Vera
Jardim, histórico socialista, percebe a mudança de rumo, pois acredita que o PS
tem de “afirmar uma alternativa e não apenas uma alternância”, pelo que a
“esquerdização é legítima e a única viável para dar autonomia estratégica ao
PS”, que costuma ser colocado, pelo Bloco de Esquerda e PCP, no mesmo saco
ideológico onde se movimenta a maioria governativa.
“Considerar
esquerdista um discurso humanista, diz tudo sobre o radicalismo desta direita
que nos governa, que abandonou os valores humanistas que inspiraram
também a democracia cristão e outras correntes inspiradas na doutrina
social da igreja”, corrigia quarta-feira o líder rosa.
A
opinião foi emitida em circuito fechado, nas redes sociais, partilhada por um
membro do secretariado nacional, Porfírio Silva, com autorização expressa da
liderança para o fazer. “Não foi o PS que mudou. Foi a radicalização da direita
que abandonou à esquerda a representação dos valores humanos, centrados na
dignidade da pessoa humana”, continuava a declaração.
Vieira
da Silva, em declarações ao Sol, exprime a mesma ideia: “O PS está onde sempre
esteve. Não faz sentido que por defender valores de dimensão social que sempre
estiveram presentes no código genético do partido se fale numa viragem. Não há
nenhuma esquerdização”, esclarece.
Mas
as eleições do próximo ano estão já a marcar o calendário político atual. Vera
Jardim, histórico socialista, percebe a mudança de rumo, pois acredita que o PS
tem de “afirmar uma alternativa e não apenas uma alternância”, pelo que a
“esquerdização é legítima e a única viável para dar autonomia estratégica ao
PS”, que costuma ser colocado, pelo Bloco de Esquerda e PCP, no mesmo saco
ideológico onde se movimenta a maioria governativa.
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