sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Portugal: ANTÓNIO COSTA, O PS, O CONGRESSO E A VIRAGEM DA TRETA À ESQUERDA




Costa chegou ao congresso do Partido Socialista a saber de antemão que os portugueses iriam estar atentos ao que ali diria e se na realidade romperia com os hábitos do PS de se aliar à direita retinta e ressabiada, por isso mesmo optou por aparentar uma viragem à esquerda. O seu discurso foi nesse sentido apesar de envergonhadinho.

Houve então os que no PS não gostaram das declarações de Costa e daquela viragem. Julgaram que o recém-eleito dirigente máximo do partido estava a falar verdade. Mas é claro que não estava. Costa falou com artimanha sobre a viragem à esquerda mas o que ali disse e o que tem dito não é mais nem menos que uma viragem da treta. O PS está de pedra e cal alinhado com os partidos da direita, o PSD e o CDS. Só que agora para cativar eleitores tem de fazer este "teatro". Aliar-se-á a Pedros, Paulos, a Ruis e aos que vierem, desde que desse modo seja mantido o famigerado, mal-cheiroso e de má-memória “arco da governação”. Que ninguém duvide. Para Costa está reservado o caminho do costume no PS: falar de esquerda e aparentemente à esquerda mas governar à direita.

Mais uma vez temos em Portugal um novo candidato a primeiro-ministro que vai ser um mentiroso. Daqueles como Passos, Portas e Cavaco, com o lema “com papas e bolos se enganam os tolos”. Tenham cuidado. Os bolos fazem muito mal, as papas já enjoam e os tolos só existem quando votam sempre mais do mesmo no santo “arco da governação” constituído por CDS, PSD e PS. É que entre eles poucas diferenças existem. Por isso é que Portugal está arrasado e os portugueses arrasados estão. Toca a erguer!

MM / PG

António Costa: 'Esquerdização' do PS durou menos de uma semana

António Costa chegou ao Congresso Socialista com o discurso bem ensaiado. O seu PS, anunciou-o em Lisboa, ia virar à esquerda. Porta fechada à direita, o autarca apostava na 'esquerdização' do partido. Volvida praticamente uma semana, travão a fundo. No PS nem todos gostaram do atalho e o Partido Socialista volta a apostar no ‘humanismo’, dá conta o SOL.

O Congresso Nacional do Partido Socialista, realizado no passado fim-de-semana em Lisboa, fechou a porta a entendimentos à direita. No seu primeiro discurso oficial como líder eleito, António Costa apontava à esquerda e chegou a falar-se em ‘esquerdização’. Passada uma semana, dá conta o Sol, que o epíteto terá assustado os corredores do Rato e o partido voltou à sua matriz ‘humanista’.

“Considerar esquerdista um discurso humanista, diz tudo sobre o radicalismo desta direita que nos governa, que abandonou os valores humanistas que inspiraram também  a democracia cristão e outras correntes inspiradas na doutrina social da igreja”, corrigia quarta-feira o líder rosa.

A opinião foi emitida em circuito fechado, nas redes sociais, partilhada por um membro do secretariado nacional, Porfírio Silva, com autorização expressa da liderança para o fazer. “Não foi o PS que mudou. Foi a radicalização da direita que abandonou à esquerda a representação dos valores humanos, centrados na dignidade da pessoa humana”, continuava a declaração.

Vieira da Silva, em declarações ao Sol, exprime a mesma ideia: “O PS está onde sempre esteve. Não faz sentido que por defender valores de dimensão social que sempre estiveram presentes no código genético do partido se fale numa viragem. Não há nenhuma esquerdização”, esclarece.

Mas as eleições do próximo ano estão já a marcar o calendário político atual. Vera Jardim, histórico socialista, percebe a mudança de rumo, pois acredita que o PS tem de “afirmar uma alternativa e não apenas uma alternância”, pelo que a “esquerdização é legítima e a única viável para dar autonomia estratégica ao PS”, que costuma ser colocado, pelo Bloco de Esquerda e PCP, no mesmo saco ideológico onde se movimenta a maioria governativa.

“Considerar esquerdista um discurso humanista, diz tudo sobre o radicalismo desta direita que nos governa, que abandonou os valores humanistas que inspiraram também  a democracia cristão e outras correntes inspiradas na doutrina social da igreja”, corrigia quarta-feira o líder rosa.

A opinião foi emitida em circuito fechado, nas redes sociais, partilhada por um membro do secretariado nacional, Porfírio Silva, com autorização expressa da liderança para o fazer. “Não foi o PS que mudou. Foi a radicalização da direita que abandonou à esquerda a representação dos valores humanos, centrados na dignidade da pessoa humana”, continuava a declaração.

Vieira da Silva, em declarações ao Sol, exprime a mesma ideia: “O PS está onde sempre esteve. Não faz sentido que por defender valores de dimensão social que sempre estiveram presentes no código genético do partido se fale numa viragem. Não há nenhuma esquerdização”, esclarece.

Mas as eleições do próximo ano estão já a marcar o calendário político atual. Vera Jardim, histórico socialista, percebe a mudança de rumo, pois acredita que o PS tem de “afirmar uma alternativa e não apenas uma alternância”, pelo que a “esquerdização é legítima e a única viável para dar autonomia estratégica ao PS”, que costuma ser colocado, pelo Bloco de Esquerda e PCP, no mesmo saco ideológico onde se movimenta a maioria governativa.

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