segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Portugal: OS DO ARCO DA GOVERNAÇÃO DESVALORIZAM A CORRUPÇÃO


Bocas do Inferno

Mário Motta, Lisboa

Só podia ser. O título que adicionámos ao artigo do Notícias ao Minuto diz muito sobre o “clubismo” dos filiados, simpatizantes e votantes, do arco da governação (PS, PSD, CDS) que têm vindo a partilhar os poderes e a corrupção desde há quase 40 anos. Para eles a corrupção quase não existe em Portugal, apesar de às vezes não terem onde cairem mortos serão sempre PS, CDS ou PSD até morrerem. Independentemente de estarem a ser roubados pelos que idolatram e em quem votam impregnados de um “clubismo” doentio que parece não os deixar ver a realidade. Queira-se ou não são cúmplices da devastação que os três partidos vêm cometendo em quase quatro décadas de má-governação. São eles, como eleitores, os responsáveis maiores da entrega dos poderes sempre aos mesmos, aos que roubam e enriquecem num ápice. Mas os valores e esse ápice nada significa para os “clubistas”. Para eles a corrupção, o conluio e o nepotismo que transborda dos três partidos quase não existe ou nem existe de todo. Eis um drama que revela uma importante fatia do mal dos nossos sofrimentos por via da má administração e roubos que nos empurram  para a miséria.

O drama vai voltar a repetir-se nas próximas eleições em Portugal. O carneirismo está tão arreigado entre os portugueses que podemos esperar mais do mesmo nas próximas eleições se um qualquer clique não estalar na sabedoria e consciência dos eleitores. Já se aponta para uma vitória do Partido Socialista (PS). É natural. Os portugueses eleitores dos partidos do arco da governação nada aprendem com as dificuldades, o desemprego, a miséria, a fome impostas pelo regime putrefacto que tem origem nas políticas e roubos levados a cabo por aqueles três partidos governantes. Submarinos? Quais submarinos? Sobreiros? Quais sobreiros? BPN? Qual BPN? Dias Loureiro? Qual Dias Loureiro? Cavaco? Qual Cavaco? Sócrates? Qual Sócrates? E etc? Qual e etc?

Pergunte-se: Portugal está a ser habitado por demasiados masoquistas? Ou será que é por  ser gente demasiado estúpida e cobarde que não quer enfrentar a realidade e proceder às mudanças necessárias para que seja o povo quem mais ordene, como deve ser em democracia? O resultado das próximas eleições vai dar a resposta.

Entretanto, ponham os olhos na Grécia, no povo e eleitores gregos. Se por lá existem partidos alternativos para serem eleitos e governarem, também em Portugal existem. Só é preciso aos que votam tirarem a venda dos olhos e os tampões dos ouvidos. (MM / PG)

Corrupção? Saiba o que pensam os portugueses

Um estudo da Aximage para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã concluiu que os portugueses apontam a existência de níveis elevados de corrupção no país, sendo que os eleitores do PSD e do CDS são os que dão uma menor nota a este problema.

A Aximage inquiriu 607 pessoas para a realização do estudo ‘Corrupção, funcionamento das instituições e equilíbrio de poderes’. Os inquiridos foram convidados a dar uma nota ao nível de corrupção que consideram haver em Portugal – 0 significa nenhuma corrupção e 10 traduz-se em corrupção enorme.

Assim, foram os eleitores do PCP e do Bloco de Esquerda que atribuíram uma nota mais alta à corrupção, com as respostas a resultarem numa média de 8.

Menos pessimistas foram os eleitores do PS com a maioria a dar notas entre 8 e 10, resultando numa média de 7,3.

Depois seguem-se os eleitores sociais-democratas com 53,2% a dar uma nota até 7 à corrupção e com 46,8% a fazerem uma avaliação com notas superiores.

Por fim, 47% dos centristas atribuíram à corrupção notas até 7 e 53% preferiram avaliar este tema com notas de 8 a 10, resultando numa média de 7.

Notícias ao Minuto

*Título PG

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