O
ex-Presidente do Sri Lanka, derrotado pelo rival Maithipala Sirisena nas
presidenciais de 08 de janeiro, planeou "um golpe de Estado" para
permanecer no poder em caso de derrota, afirmou hoje um porta-voz do novo
Governo.
"As
pessoas pensam que a transição se fez pacificamente. Não é de todo o
caso", declarou Mangala Samaraweera à imprensa.
"A
primeira coisa que o novo gabinete vai analisar é o projeto de golpe de Estado
(fomentado) pelo presidente Rajapakse", que não vingou porque os chefes do
exército e da polícia "se recusaram a servi-lo", disse.
Mahinda
Rajapakse, 69 anos, reconheceu a derrota na eleição presidencial na manhã de 09
de janeiro, mesmo antes dos resultados definitivos e prometeu assegurar uma
transição de poder tranquila.
O
Presidente cessante, que disputava um terceiro mandato, disse apenas que se
inclinava "perante a vontade do povo".
Mas,
segundo a nova maioria, tentou obter o apoio do chefe do exército, Daya
Ratnayake, e do inspetor-geral da polícia N. K. Illangakoon, no sentido da
suspensão do processo democrático.
De
acordo com o porta-voz do Governo, este último "recusou-se veementemente a
participar num golpe de Estado" e o chefe do exército opôs-se igualmente.
"Alguns
dirigentes estrangeiros também falaram com o Presidente Rajapakse e
convenceram-no a assegurar uma transição pacífica", afirmou Mangala
Samaraweera: "Não sabemos quem são, mas sabemos que esses dirigentes se
encontraram com ele", disse.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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