segunda-feira, 11 de maio de 2015

Moçambique. FRACA QUALIDADE DE ENSINO PREOCUPA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA




Maputo, 11 Mai (AIM)  A Comissão dos Assuntos Sociais, do Género, Tecnologias e Comunicação Social (CASGTCS) da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, manifestou hoje, em Maputo, a sua disponibilidade para debater propostas com o potencial de resolver o problema da fraca qualidade do ensino no país.

A fraca qualidade de ensino é mais notável no ensino primário, com graves repercussões nos níveis subsequentes. 

Estudos conduzidos pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) e outras organizações não-governamentais apontam vários factores que concorrem para a fraca qualidade de ensino no país, tais como turmas numerosas, fraca assiduidade de alunos e professores, inexistência e ou fraco funcionamento das bibliotecas escolares no ensino secundário, fraco incentivo salarial para os professores, fraco acompanhamento dos educandos pelos encarregados de educação, entre outros.

Falando para a imprensa minutos após o encontro de trabalho com a direcção do MINEDH, a presidente da comissão parlamentar, Conceita Sortane, reconheceu o trabalho que o MINEDH tem vindo a realizar na busca de soluções para melhorar a qualidade de ensino.

Frisou que os parlamentares aguardam do MINEDH a submissão das propostas que possam concorrer para a melhoria da qualidade de ensino.

O que a Assembleia da República pode fazer neste momento é só aguardar que o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano nos traga aquilo que são as grandes preocupações. Por exemplo, eles diziam que têm como uma das preocupações o Estatuto do Professor  que não foi ainda aprovado pela Assembleia disse.

O estatuto que está a funcionar é o que foi aprovado outrora, mas que eles acham que traz lacunas, acrescentou.

Sortane disse que existem outros instrumentos associados com o funcionamento do sistema de ensino que carecem de uma apreciação da AR. 

A deputada prometeu ainda melhorar tudo aquilo que for da competência da Assembleia da Republica e que poderá a contribuir para melhorar a qualidade do ensino.

Por seu turno, o ministro da educação e desenvolvimento humano, Jorge Ferrão, arrolou alguns aspectos que considera importantes para melhorar a qualidade do ensino tais como o apetrechamento adequado das instalações escolares, revisão do material didáctico usado na formação dos docentes, incentivo salarial, assiduidade dos professores na sala de aulas, devido acompanhamento da evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação entre outros. 

Aliás, segundo Ferrão, cerca de 30 por cento ou seja 36 mil dos 120 mil professores existentes em Moçambique não tem a devida formação. 

Há que, com muita urgência, resolver o equipamento escolar e livros de formação do docente, melhoria salarial, melhor na qualificação. Enfim, são muitos factores que concorrem para o baixo rendimento nas escolas, disse.

Encontros como estes ajudam-nos a pensar e repensar no que queremos para melhorar a qualidade no país, acrescentou. 

A visita daquela comissão surge no âmbito das suas competências como fiscalizador dos órgãos do Estado. Esta é a primeira visita daquela comissão ao MINEDH.

(AIM) Acácio Chirrinzane (AC)/sg

Sem comentários:

Mais lidas da semana