sábado, 6 de junho de 2015

Portugal. Miguel Tiago. Chumbo de propostas revela "propaganda" do relatório do BES




O deputado do PCP Miguel Tiago defendeu que o chumbo das propostas do partido sobre a banca demonstrou que "a propaganda" montada em torno do relatório da comissão do BES não passou de "meras proclamações" inconsequentes.

"Toda a política e propaganda que foi montada em torno de um relatório que, supostamente, ia criar as condições para que colapsos bancários desta natureza não tornassem a repetir-se, afinal de contas, ficaram por aí, por meras proclamações sem correspondência com a realidade", afirmou Miguel Tiago aos jornalistas.

Falando no parlamento após a votação das propostas, o deputado comunista na comissão de inquérito ao BES argumentou que "algumas das propostas iam ao encontro de recomendações do relatório", um documento que o PCP votou contra, revendo-se, contudo, em algumas dessas recomendações.

Miguel Tiago destacou um projeto que se referia à "relação entre o Estado português e empresas sedeadas em paraísos fiscais, que o PCP propôs que fossem desde já travadas e que eram uma conclusão do relatório apresentado pela comissão, e que foram rejeitadas pelo PS, PSD e CDS".

O reforço da supervisão do Banco de Portugal, "para não se estar nas mãos de empresa de auditoria externa", foi também rejeitado "apesar de o relatório referir a necessidade de aprofundamento desse papel do Banco de Portugal".

Foram igualmente chumbadas as propostas para a imobilização dos bens da família Espírito Santo, do conselho superior do GES e do BES e a proposta do controlo público da banca.

"Estamos fartos que após cada comissão de inquérito ouvirmos que não voltará a acontecer. PS, PSD e CDS dizem recorrentemente que não voltará a acontecer e, uma vez após a outra, está sempre a acontecer e os portugueses com isto, nos últimos anos, já gastaram qualquer coisa como 15 mil milhões de euros", afirmou.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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