quarta-feira, 17 de junho de 2015

"Saudade" junta 12 portugueses residentes em Macau em exposição coletiva




Macau, China, 17 jun (Lusa) -- Doze artistas portugueses residentes em Macau, incluindo fotógrafos, pintores e 'designers', inauguraram hoje a exposição coletiva "Saudade", que reúne o "sentimento mais português e o mais difícil de explicar", disse à agência Lusa o curador José Drummond.

Com cerca de 40 trabalhos, a mostra está patente no casino MGM Macau até 30 de setembro.

"Foi uma ideia conjunta da AFA [associação Art for All] e da [operadora de jogo] MGM [China], que este ano tem tido um política cultural muito ligada à lusofonia", explicou o artista plástico José Drummond, ao dar o exemplo da peça da série Valquíria, da artista portuguesa Joana Vasconcelos, que continua em exposição na praça central do casino, até ao final de outubro.

A maior parte dos participantes na exposição coletiva "Saudade", incluindo o próprio José Drummond, já realizaram exibições individuais ou com locais ou chineses, mas esta mostra assume uma dimensão "algo única" por reunir exclusivamente artistas portugueses. "Felizmente não somos só 12, mas a ideia foi criar diversidade na expressão e nos materiais usados", salientou.

Outros artistas convidados são os pintores Joaquim Franco e Sofia Arez, os fotógrafos António Mil-Homens e Carmo Correia, e o 'designer' Victor Marreiros, que apresenta quatro trabalhos, incluindo um que retrata a vida do último imperador da China, Pu Yi, e outro de uma vila chinesa construída a partir de um maço de tabaco.

"É uma vila onde há de tudo: há jogo, massagens, prostituição, juventude, e há o chinês ultramarino, que regressa à terra", descreveu. Os outros dois trabalhos de Marreiros são sobre "uma menina russa que casou com um chinês" e o 25 de Abril.

Entre os 12 portugueses, está a arquiteta Marta Ferreira, que faz a sua estreia com fotografias de edifícios de zonas antigas da cidade, que abordam as "várias camadas da história a que estão associadas".

"As suas fotografias têm um lado muito curioso, porque de algum modo traduzem a sua atividade profissional. Têm uma proximidade muito grande ao campo pictórico, e ao mesmo tempo têm detalhes que nós enquanto cidadãos comuns não prestamos muita atenção", explicou Drummond.

FV // VM

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