Foi
no passado dia 3 de Agosto que a celebração dos 36 anos no poder do ditador Obiang,
da Guiné Equatorial, ocorreu. Ditador que chegou à CPLP ao colo de uns quantos
pseudo-democratas dos países que constituem a referida comunidade. Fora de
prazo trazemos aqui a notícia… E o convite para conhecer um pouco mais sobre o Obiang
sanguinário. A Wikipédia dá uma pequena ajuda.
Redação PG
Presidente
da Guiné Equatorial celebra 36 anos no poder com país na recessão
O
Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, comemora hoje 36 anos no poder,
quando o país atravessa uma recessão económica e na "lista negra" do
tráfico humano, de acordo com o departamento de Estado norte-americano.
A
Guiné Equatorial, país motor económico da Comunidade Económica e Monetária da
África Central (CEMAC) devido ao 'boom' petrolífero nos anos anteriores,
conhece desde o ano passado a primeira recessão, na sequência da diminuição dos
lucros do petróleo
Dados
de vários organismos internacionais indicam que, no corrente ano, o lucro
petrolífero vai registar uma quebra de 8,5%.
Empresas
como a Somaget, Arab Contratactor, Ecocsa, Buing, Sogea-Satom, entre outras,
que trabalham há mais de uma década na construção de infraestruturas,
despediram milhares de trabalhadores por falta de novas empreitadas.
Em
novembro passado, o Governo reuniu-se com representantes de diferentes empresas
para "renegociar calendários de pagamentos e execução de obras",
noticiou a agência espanhola EFE.
O
país, que experimentou um crescimento económico de 30% em 1996, 71,2% em 1997,
22% em 1998, 50% em 1999, 16,9% em 2000 e 65% em 2001, conheceu no ano passado
uma evolução negativa, com uma quebra de 1,8%.
A
Guiné Equatorial surge na "lista negra" do recente relatório sobre
tráfico humano do departamento de Estado dos Estados Unidos, que examinou a
situação em 188 nações e avalia o grau de cumprimento dos governos das medidas
de combate desse crime, definidas numa lei norte-americana de 2000.
Na
classificação, Malabo surge atrás da Venezuela e Belize e à frente de países
como a Rússia, Irão, Coreia do Norte, Síria, Argélia, Burundi, República
Centro-Africana, Eritreia, Gâmbia, Guiné-Bissau, Koweit, Líbia, Mauritânia,
Sudão do Sul, Tailândia, Iémen, Zimbabué, Bielorrússia, Ilhas Marshal e
Comores.
O
36.º aniversário celebra-se quando o secretário-geral do Partido Democrático da
Guiné-Equatorial (PDGE), Jerónimo Osa Osa Ecoro, afirma que "a permanência
de 36 anos do presidente fundador e chefe de Estado, Obiang Nguema Mbasogo,
permitiu viver numa estabilidade social sem igual, inédita na história do
país".
O
"número dois" do partido que Obiang, de 73 anos, fundou em 1986,
defende que "nestes 36 anos, foi instaurado um sistema democrático
inicialmente monopartidário, mas atualmente pluripartidário: na Guiné
Equatorial convivem pelo menos 13 partidos da oposição, alguns dos quais muito
críticos do sistema político vigente e do Presidente".
As
celebrações do 36.º aniversário do chamado "golpe da liberdade"
decorrem na cidade de Djibloho, na província de Wele-Nzas, parte continental do
rio Muni, e onde está prevista a realização de um desfile militar e popular.
A
Guiné Equatorial tornou-se membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP) em julho de 2014.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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